"Raios de Luz"


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Solenidade da Santíssima Trindade


Celebramos no próximo Domingo a Solenidade da Santíssima Trindade na qual celebramos e lembramos este dogma de Fé que afirma que Deus é um só, constituído por três pessoas distintas. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo são um só Deus, sendo iguais em todas as coisas porque têm uma só substância e portanto uma só e a mesma divindade.

Neste Domingo, veneramos este mistério que para a Igreja é um dever indispensável, uma vez que a Santíssima Trindade é o princípio de onde procedemos e o fim para o qual havemos de voltar. A primeira graça que nos foi conferida no Baptismo, veio-nos em nome da Santíssima Trindade e a glória que nos está preparada no Céu provém do amor que brota desta união Trinitária.

Numa palavra, como refere Santo Afonso Maria Ligório, a Santíssima Trindade é o nosso tudo. Todos os bens que já recebemos na nossa vida e os bens futuros que nos estão preparados, quer na ordem natural, quer na ordem da graça e da glória nos vêm através da Santíssima Trindade.

Com esta solenidade somos convidados a contemplar o mistério de um Deus que é amor e que,  através  do  plano  de  salvação do  Pai, que se tornou uma realidade viva e concreta na pessoa de Jesus Cristo, é continuado pela acção do Espírito Santo na Igreja que ajuda os crentes e os conduz para o amor divino que brota desta relação filial e trinitária. 

A celebração da Santíssima Trindade não deve ser apenas a tentativa de entender este dogma de Fé, mas sim de uma contemplação de um Deus que é amor.

Santo Agostinho teve a graça de perceber o quão grande e inexplicável é o Mistério da Santíssima Trindade. Um dia, passeando à beira do mar e querendo aprofundar este mistério, encontrou uma criança que estava entretida a encher uma pequena concha e a despejá-la num pequeno buraco que tinha feito na areia. O Bispo de Hipona pergunta então à criança o que ela queria fazer com isto, ao que a criança diz que queria meter naquele buraco toda a água do mar.

Apressadamente Santo Agostinho diz à criança que era impossível meter toda a água do mar naquele pequeno buraco. "Mais fácil será meter toda a água do mar neste buraco do que tu perceberes o mistério da Santíssima Trindade", responde a criança. Tratava-se de um anjo que tomara a forma de criança para advertir o santo de que o mistério da Santíssima Trindade era incompreensível por parte de todas as criaturas.

Impossível de compreender na totalidade a complexidade de tão grande dogma de Fé e de Amor, veneremos e adoremos a Santíssima Trindade, objecto da nossa fé e um dia da nossa eterna Salvação dizendo:

«Ó Deus, que concedestes aos Vossos servos o dom de conhecer na confissão verdadeira da Fé a Glória da Santíssima Trindade, e adorar a Sua Unidade no poder da Majestade; nós Vos rogamos que com a firmeza da mesma fé, possamos vencer todas as adversidades».



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