"Raios de Luz"


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

São Tomás de Aquino, doutor da Igreja


Neste dia lembramos uma das maiores figuras da Igreja: São Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: "Quem é Deus?".

Desde o início do Ano Pastoral que a JMV Sobreiro se tem dedicado a formar-se na doutrina e Fé da Igreja, utilizando como referência a obra de São Tomás. Desta forma, consideramos que não podíamos deixar passar em branco a Memória Litúrgica deste Doutor da Igreja. 

São inúmeros os textos, comentários e ensinamentos que São Tomás deixou escritos. De entre eles, a nosso ver, pode destacar-se a Suma Teológica e o Sermão sobre o Credo.

Como tal, deixamos aqui uma leitura da Liturgia das Horas deste dia que é da autoria de São Tomás. Já utilizámos partes deste bonito comentário no entanto, nunca é de mais reler e aprender com ele.

Aprendamos com São Tomás de Aquino a servir a Deus e a anunciar aos outros as maravilhas do Senhor.

São Tomás, rogai por nós!




A cruz, exemplo de todas as virtudes
(Collatio 6 super Credo in Deum - Sec. XIII)

«Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para remédio contra o pecado e para exemplo do que devemos fazer.

Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo encontramos remédio contra todos os males em que incorremos por causa dos nossos pecados.

Mas não é menor a utilidade que tem como exemplo. Na verdade, a paixão de Cristo é suficiente para orientar toda a nossa vida. Quem quiser viver em perfeição, basta que despreze o que Cristo desprezou na cruz e deseje o que Ele desejou. Nenhum exemplo de virtude está ausente da cruz.

Se queres um exemplo de caridade: Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos seus amigos. Assim fez Cristo na cruz. (...)

Se procuras um exemplo de paciência, encontras na cruz o mais excelente. (...). Ora Cristo suportou na cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque sofrendo não ameaçava; e como ovelha levada ao matadouro, não abriu a boca. (...)

Se queres um exemplo de humildade, olha para o crucifixo: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.

Se procuras um exemplo de obediência, segue Aquele que Se fez obediente ao Pai até à morte: assim como pela desobediência de um só, isto é, Adão, muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um só muitos serão justificados.

Se queres um exemplo de desprezo pelas honras da terra, segue Aquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, no qual se encontram todos os tesouros de sabedoria e de ciência e que na cruz está despojado dos seus vestidos, escarnecido, cuspido, espancado, coroado de espinhos e dessedentado com fel e vinagre.
Não te preocupes com trajes e riquezas, porque repartiram entre si as minhas vestes; nem com as honras, porque troçaram de Mim e Me bateram; nem com as dignidades, porque teceram uma coroa de espinhos e puseram-Ma sobre a cabeça; nem com os prazeres, porque para a minha sede Me deram vinagre.»


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

"O Espírito do Senhor está sobre Mim"


No Evangelho do III Domingo do Tempo Comum, São Lucas relata-nos um acontecimento do início da vida pública de Jesus. O Filho de Deus encontrava-se no templo, num sábado e foi convidado para proclamar a Palavra de Deus.

O texto que foi apresentado a Jesus é de Isaías (Is 61,1-2). Esse texto apresenta o profeta anónimo que, em Jerusalém, consola os exilados, como um “ungido de Deus”, que possui o Espírito de Deus e cuja missão consiste em gritar a “boa notícia” de que a libertação chegou ao coração e à vida de todos os prisioneiros do sofrimento, da opressão, da injustiça. A passagem da escritura que Jesus leu remonta ao tempo em que o povo hebreu esteve exilado na Babilónia, 

No evangelho, o que é mais significativo, é a “actualização” que Jesus faz desta profecia: Ele apresenta-Se como o “profeta” que Deus ungiu com o Seu Espírito, a fim de concretizar essa missão libertadora. Jesus, após a proclamação da Palavra diz "cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da escritura que acabais de ouvir". De facto, a acção de Jesus na terra tem como base o projecto de libertação e salvação dos homens que se encontram prisioneiros do pecado e do egoísmo.

Há quinze dias meditávamos sobre este mistério: o Pai, o Senhor, ungiu Jesus com o Espírito Santo como Messias de Israel. E qual a Sua missão? “consagrou-me com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”.

Para que experimentemos Jesus como o libertador, é necessário que nós mesmos descubramos que somos pobres e pequenos. Só quando tomamos consciência da nossa pequenez é que percebemos que, em Jesus, Deus veio a nós, Deus deu-se a nós, Deus estendeu-nos as mãos, abriu-nos os braços e aconchegou-nos no coração.

Olhemos para Jesus, aquele que foi ungido por Deus e procuremos na Sua vida a forma de moldar a nossa. Jesus foi enviado para anunciar o Evangelho do Reino. Será que nós, nas nossas vidas damos testemunho coerente com o Evangelho do Reino? Peçamos à Virgem Maria, o modelo fiel de obediência e observância à Palavra de Deus, que nos dê a força e coragem necessárias para testemunhar com as nossas vidas em quem acreditamos.



Proposta de Cânticos para a Missa:
Entrada: Cantai ao Senhor - NCT 211
Ofertório: Tudo o que pedirdes - OC  256
Comunhão: Formamos um só corpo-  NCT 265
Acção de Graças: Creio em ti
Fim:  A bondade do Senhor - Taizé

NCT - Novo Cantemos Todos
OC - Orar cantando


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Festa de São Sebastião no Sobreiro



Ontem, dia 20 de Janeiro, a comunidade do Sobreiro celebrou a festa litúrgica de São Sebastião, padroeiro desta terra.


Logo pela manhã os sinos e os foguetes convidavam a ir até à Igreja para a celebração da Santa Missa. Também neste dia as crianças do 5º Ano da Catequese celebraram a Festa dos Mandamentos e os do 7º Volume a Festa das Bem-Aventuranças.

Na homilia da Missa, o nosso prior - Padre Luís Barros falou de como São Sebastião, mártir dos primeiros séculos da Igreja, conseguiu ser fiel a Jesus e não teve medo das represálias que podia vir a ter, sendo por isso considerado um exemplo de fé.

Após a celebração, apesar do tempo não estar muito convidativo, o povo do Sobreiro saiu à rua em procissão levando o seu Santo Padroeiro e cantando o hino dedicado ao mártir São Sebastião.

Também os idosos do Lar e Centro de Dia do Sobreiro puderam estar presentes uma vez que a JMV Sobreiro deu início a um projecto que consiste em levar os utentes desta instituição à Missa todos os domingos.

A procissão terminou com os sinos a repique e os foguetes a estalar no ar. Por fim o Padre Luís deu a bênção final prevista para este dia no adro da igreja.

São Sebastião, rogai por nós!


Nova edição do Jornal "Raios de Luz"




Já saiu a edição de Janeiro do Jornal "Raios de Luz"

São muitas as notícias que pode encontrar nesta décima edição do Jornal. Desde a Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial da Paz, passando por acontecimentos da Vigararia de Mafra e pelo Canto das Janeiras no Sobreiro bem como actividades de carácter mais Vicentino.

Para aceder ao Jornal em versão digital, clique na imagem acima.

Boa leitura e esperamos que gostem!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pelo Baptismo tornamo-nos filhos bem-amados de Deus


No Domingo após a Solenidade da Epifania, a Igreja celebra o Baptismo do Senhor, encerrando assim o ciclo das festas em que lembramos a manifestação do Senhor.

No Evangelho, São Lucas relata como era o baptismo que João pregava. A mensagem que João proclamava estava centrada na urgência de conversão, pois, na sua opinião, estava iminente a intervenção definitiva de Deus na história para destruir o mal. 

Sem ter mancha alguma que purificar, Jesus quis submeter-se a esse rito tal como se submetera a todas as outras observâncias da lei de Moisés. O Senhor desejou ser baptizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com a Sua humildade o que para nós era uma necessidade”.

Com o Baptismo de Jesus, ficou preparado o Baptismo cristão, directamente instituído por Jesus Cristo e imposto por Ele como lei universal no dia da sua Ascensão: «Todo poder me foi dado no céu e na terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos os povos, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.»

Pelo Baptismo, cada um de nós torna-se filho bem-amado de Deus Pai, em Jesus Cristo, pelo Espírito Santo. A Trindade Santíssima vem morar no nosso coração e é-nos dada a graça e a fé, bens necessários para a salvação eterna.              

Antes de recebermos o Baptismo, todos nós nos encontrávamos com a porta do Céu fechada. Com o Baptismo, temos como que o "bilhete" para ir para junto de Deus. No entanto, não basta termos um bilhete para estarmos certos que fazemos determinada viagem. É preciso estar preparado. É preciso uma mudança de vida, tal como João Baptista proclamava.

São Leão Magno dizia: "Graças ao sacramento do Baptismo tu te converteste em templo do Espírito Santo: não te passe pela cabeça afugentar com as tuas más acções um hóspede tão nobre, nem voltar a submeter-te à servidão do demónio, porque o teu preço é o sangue de Cristo.”

Cada vez mais, vemos que os pais vão deixando para os seus filhos o "direito" de decidir se querem ou não ser baptizados. Desde sempre que a Igreja pediu aos pais que baptizassem os seus filhos o quanto antes. Não se trata de atentar contra a liberdade da criança, da mesma forma que alimentá-la, limpá-la, curá-la, quando ela própria não pode pedir esses bens não é atentar contra a sua vontade.

Todas as crianças têm o direito de receber o Baptismo. Mais do que uma festa com mais ou menos convidados, mais que um dia especial, ao Baptizar o filho, os pais estão a possibilitar-lhe o dom da fé e a salvação da alma do seu filho.

Peçamos à Santíssima Virgem que nos obtenha de Seu Filho Jesus Cristo um coração limpo e um espírito puro, para darmos testemunho verdadeiro da Fé recebida no nosso Baptismo e para sermos fiéis às promessas outrora feitas pelos nossos pais e padrinhos.

sábado, 5 de janeiro de 2013

«Viemos do oriente adorar o Rei»


No próximo Domingo, dia 06 de Janeiro a Igreja celebra a Epifania do Senhor, ou seja, a manifestação de Deus ao mundo inteiro.

No Evangelho, São Mateus relata que à chegada dos Magos vindos do Oriente, estes exclamaram: «Viemos do oriente adorar o rei». Mais do que um relato histórico, o evangelista apresenta uma profunda catequese com a referência a este acontecimento. Os Magos representam os povos de todas as línguas e nações que se põem a caminho, chamados por Deus, para adorar Jesus.

O Deus Menino nasceu numa pobre gruta, e apenas os anjos do Céu O reconhecem com o seu Senhor e O vêm adorar. Os homens, deixam-no abandonado. Apenas os pastores parte apressadamente para ver o que o anjo lhes anunciara.

Mas Jesus quer começar a comunicar a graça da Redenção e como tal começa a manifestar-se aos gentios, àqueles que menos O conheciam. Nos Reis Magos, vemos milhares de almas de toda a terra que buscam o Senhor para O adorar.

Ao chegar, adoram O Menino e oferecem-lhe presentes. Jesus acolhe-os com um sorriso amável, demonstrando assim o afecto para com todos aqueles que esperam da Sua redenção. Olhando para Nossa Senhora, os Magos vêem uma jovem silenciosa, com um semblante que reluz doçura celeste, feliz por ver que os gentios vêm adorar o Filho de Deus.

Santo Afonso Maria Ligório, nas suas meditações acerca da Epifania, deixou uma oração que pode ser de cada um de nós: «Ó amável Menino Jesus, ainda que Vos veja nessa gruta, deitado sobre a palha, tão pobre e tão desprezado, a fé ensina-me que Sois meu Deus, descido do céu para minha salvação».

Os Magos, seguindo a estrela, encontram o lugar onde estava o Salvador com Maria e José. E voltaram às suas regiões por outro caminho. Quem encontra Jesus Cristo muda de caminho. Toma um caminho novo, o caminho de Jesus Cristo.  Precisamos estar atentos, tal como os Magos, à estrela. A estrela que são todos os sinais de Deus para que encontremos o Salvador: os Sacramentos, a Palavra de Deus, o Magistério da Igreja.

Os três sábios reis do oriente seguiram a estrela. Não duvidaram, porque sua fé era sólida e firme. Aprendamos destes homens sábios a virtude da perseverança: também nós devemos perseverar na prática das boas obras, mesmo durante as mais obscuras trevas interiores. Sejamos estrelas que vão indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias Salvador.

Peçamos à Virgem Maria que nos conduza ao Seu Filho Jesus.
Os Reis Magos tiveram uma estrela. Nós temos Maria!



Entrada:  A Glória do Senhor (Levanta-te Jerusalém) - Pe. Teodoro Sousa
Ofertório: És príncipe - NCT 71
Comunhão: Nós vimos a Sua estrela - NCT 77
A. Graças: Louvai, louvai o Senhor - NCT 221
Fim: Alegrem-Se os céus e a terra - NCT 80

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

«Bem-aventurados os que promovem a paz»


Celebra-se hoje o XLVI Dia Mundial da Paz e tal como vem sendo hábito, o Santo Padre Papa Bento XVI escreveu a sua Mensagem para este dia com o  tema: "Bem-aventurados os que promovem a paz".

A mensagem abarca a diversidade do conceito de paz, a partir do ser humano: paz interior e paz exterior e foca os direitos fundamentais do Homem, em primeiro lugar a liberdade de consciência, a liberdade de expressão, a liberdade religiosa.

O Sumo Pontífice, no final da sua Mensagem diz-nos que «há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem co­mum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmos­fera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será "dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar" , de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação»

Procuremos pois, neste dia que é dedicado à Paz, sermos verdadeiros promotores desta graça que, antes de mais, é Dom de Deus para os Homens.

Bendita sois, Maria!




Como Deus prometera,
a Salvação nos veio
E o Príncipe da Paz nasceu do Vosso seio:
Bendita sois, Maria!

Gerada sem pecado, inteiramente pura,
Maravilhosa imagem da Igreja futura:
Bendita sois, Maria!

Os povos Vos esperam,
Mãe da humanidade;
Chamai-os para Cristo, a eterna claridade:
Bendita sois, Maria!




De um Hino da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus

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