"Raios de Luz"


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

«Vigiai e orai em todo o tempo»



No próximo Domingo, dia 02 de Dezembro, a Igreja inicia o novo ano litúrgico com o primeiro Domingo do Advento. Toda a liturgia destas quatro semanas que nos preparam para o Natal do Senhor é  um apelo para se viver uma expectativa vigilante, marcada pela esperança na vinda do Messias e por uma conversão contínua.

No Advento a Igreja recorda-nos que não existe possibilidade de esperança e de alegria sem voltarmos para o Senhor de todo coração, na expectativa da Sua volta. A vigilância requer luta contra o pecado; requer prontidão bem como o desapego dos prazeres e bens terrenos.

O Evangelho deste Domingo aponta-nos para o fim dos tempos, no qual Jesus há-de vir como Rei Glorioso para nos libertar do triste túmulo do pecado. Nas palavras que Jesus dirige aos discípulos deixa uma mensagem que vale a pena tomar em conta:  «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida».

Quantas vezes, nos afazeres do nosso dia-a-dia, deixamos que o nosso coração se afaste de Deus e nos conduza a uma vida desregrada marcada pelo egoísmo, pelo ódio e pela prepotência dos ‘senhores do mundo’?

No entanto, Jesus prossegue convidando os discípulos a «Vigiar e Orar». A libertação que Jesus aponta e que há-de transformar cada um não deve ser esperada de braços cruzados. É preciso “estar atento” a essa salvação que nos é oferecida como dom e saber aceitá-la.

Procuremos pois, neste tempo que se inicia, preparar convenientemente a vinda do Senhor. Não nos deixemos contagiar pelos apelos que o mundo nos faz a vivermos o tempo do Advento marcados pelo consumismo, pelo egoísmo e pela recusa de Deus.

Fixemos o olhar em João Baptista e em Nossa Senhora. João, primo de Jesus, foi o Seu percussor. Coube ao filho de Isabel e de Zacarias anunciar a vinda do Messias, convidando todos os que se abeiravam dele a renunciar à vida do erro e do pecado e a acreditar que Jesus, o filho de Maria , é verdadeiramente Filho de Deus e o Salvador dos Homens.

Que a Virgem Maria, Aquela que é modelo de fé e de mulher orante nos ensine a esperarmos vigilantes a vinda de Seu filho e a fazermos da oração uma constante da nossa vida.



Entrada: Vinde Senhor não tardeis - NCT 41
Ofertório: Onde há caridade e amor - NCT 129
Comunhão: Buscai o alimento - NCT 393
Acção de Graças: Irmãos preparai - CT 250
Fim: Excelso criador - CT 248


CT - Cantemos Todos;
NCT - Novo Cantemos Todos.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Nossa Senhora das Graças, escutai-nos!



Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe.

Contemplamo-Vos de braços abertos
derramando graças sobre os que Vo-las pedem
cheios de confiança na Vossa poderosa intercessão
inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa.

Reconhecemos, Mãe Clementíssima, a nossa indignidade por causa das nossas culpas,
mas acercamo-nos de Vossos pés para Vos pedir por todos os jovens,
especialmente aqueles que estão mais afastados da Santa Igreja,
do Vosso amantíssimo Coração e do Coração Sacratíssimo de Jesus.

Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa
esta graça que confiantes Vos solicitamos para maior glória de Deus,
engrandecimento de Vosso Nome e bem de nossas almas.
E para melhor servimos ao Vosso Divino Filho,
inspirai-nos um profundo ódio ao pecado
e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros católicos.
Amém.





sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Jesus Cristo, Rei do Universo



«O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza, a sabedoria, a honra e o louvor. Glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.»
(Ap 5, 12; 1, 6)

No próximo Domingo, a Igreja celebra a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Esta Solenidade tem cada vez mais sentido, uma vez que foi instituída para apresentar Jesus como único soberano, num mundo que se acha auto-suficiente, querendo, por isso, afastar Deus e a Sua Lei da sociedade.

Sendo o reinado de Nosso Senhor, um reinado universal, os homens não podem dissociar-se do que este Rei Santíssimo propõe para o género humano. O Papa Leão XIII, na Encíclica Annum Sacrum, explica: «O Seu império não abrange tão só as nações católicas ou os cristãos batizados, que juridicamente pertencem à Igreja (…) estende-se igualmente e sem excepções aos homens todos, mesmo alheios à fé cristã, de modo que o império de Cristo Jesus abarca, em todo rigor da verdade, o género humano inteiro».

Hoje ouve-se muito falar em laicidade, que nos é apresentada como uma coisa boa, por si mesma. No entanto, o que se tenta aplicar em muitos países ocidentais é um laicismo anti-cristão. O Papa Pio XI, em 1925, na Encíclia Quas Primas, já falava contra a tentativa de retirar Deus da sociedade e impedir que Jesus reine no mundo: «Nos estados modernos, negou-se à Igreja o direito de doutrinar o género humano, de legislar e reger os povos em ordem à eterna bem-aventurança. Sujeitaram-na, em seguida, à autoridade civil, entregando-a, por assim dizer, ao capricho de príncipes e governos».

E não é a isto que assistimos nos dias de hoje? Os governos das nações julgam poder dispensar o próprio Deus e elaboram leis esquecendo consciente e voluntariamente Nosso Senhor.

A Solenidade de Cristo-Rei vem despertar a nossa consciência de cristãos, súbditos fiéis de um Rei de Amor, de Paz e de Verdade. Lemos no Evangelho deste Domingo um excerto do diálogo entre Jesus e Pilatos. Nosso Senhor afirma-se o Rei da Verdade: «É como dizes: Sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a Minha voz».

Jesus é um Rei que recebeu todo o poder no Céu e na terra e governa sendo manso e humilde de coração, dando a sua vida para a redenção de muitos. E nós desejamos ardentemente esse reinado. É necessário que Cristo reine em primeiro lugar na nossa inteligência, mediante o conhecimento da Sua doutrina e das verdades que Ele revelou á Igreja. É necessário que Ele reine na nossa vontade, moldando-a à vontade divina, no nosso coração e no nosso corpo, Templo do Espírito Santo.

Seremos assim, neste mundo esquecido de Nosso Senhor, as testemunhas verdadeiras de que só a Lei de Deus é proveitosa para o género humano. Seremos as sementes do Reino de Cristo, mostrando à sociedade que só em Jesus, Rei do Universo, o mundo pode ter a paz e a prosperidade tão desejadas.



Entrada: Cristo vence, Cristo reina -  CT 386
Ofertório: Jesus Cristo, ontem e hoje - CEC I 72-73
Comunhão: Eu sou o Pão Vivo - NCT 263
Acção de Graças: Aleluia! Glória a Deus - Pe. Fernandes da Silva
Fim: Cristo ontem, Cristo hoje - Hino do Jubileu do Ano 2000


CEC I - Cânticos de Entrada e de Comunhão (I Volume);
CT - Cantemos Todos;
NCT - Novo Cantemos Todos.



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Semana de Oração pelos Seminários


 Estamos a viver, até ao próximo Domingo, dia 18 de Novembro, a Semana dos Seminários, com o tema "Sacerdote: irmão na Fé e servidor da Fé dos irmãos".

Esta semana é propícia para rezarmos de um modo mais intenso por aqueles que se preparam para serem “um outro Cristo”, ao serviço do Pai e dos irmãos. Também é um tempo favorável para pedir que surjam muitos e bons operários na Messe do Senhor.

Neste Ano da Fé, é ainda mais importante reconhecer a necessidade de pedir por aqueles que nos guiam nesta mesma Fé da Igreja. Na sua Mensagem para a Semana dos Seminários, D. Virgílio Antunes, Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios,  afirma que  «o Padre é, de facto, e é chamado homem de fé. No meio de todas as suas actividades, a fé, assumida e testemunhada, há-de sobressair como o fogo que alimenta toda a sua vida».

Neste sentido, «as vocações sacerdotais dependem de muitos factores, mas o testemunho de fé dos sacerdotes é, sem dúvida, um dos mais relevantes», continua D. Virgílio na mesma mensagem.

A crise de Fé que assola a Igreja é também consequência da falta de vocações, em “número e em qualidade”. Não nos contentemos em pedir apenas muitos padres, mas sim que Deus nos conceda muitos, bons e santos sacerdotes! Só o padre que se configura plenamente com o Sumo e Eterno Sacerdote, que é Jesus Cristo, é capaz de se oferecer inteiramente a Deus, em favor do povo que lhe é confiado.

E de que maneira o sacerdote actua em favor do Povo de Deus?

Nosso Senhor quis perpetuar no tempo o Seu oferecimento na Cruz, para que todos beneficiassem da Redenção. A renovação do sacrifício de Cristo-Sacerdote faz-se todos os dias no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, pelas mãos do Padre que, “in persona Christi”, na pessoa de Cristo, oferece o Corpo Santíssimo do Filho ao Pai. A Missa é, portanto, o centro da vida e do ministério do sacerdote.

Tanto na Cruz como no Altar acontece o mesmo sacrifício. Tanto num lugar como noutro, Nossa Senhora está presente:  Na Cruz, a dar força e alento ao Seu filho; no Altar, a sustentar o ministério do sacerdote com a Sua poderosa intercessão.

A Ela, confiamos esta semana de oração pelos seminários. N’Ela confiamos, para que interceda pela Igreja de Seu Filho, tão necessitada de homens que se entreguem totalmente a Deus, como Ele se entregou e continua a entregar totalmente a nós.

Ó Maria,
Vós sois feliz porque acreditastes,
primeira na Fé em Cristo,
a imagem e a figura da Igreja crente.
Rogai a Deus por nós,
para que sejamos firmes na Fé,
na alegria do encontro com Cristo.

Ó Maria,
Vós sois a Mãe de Cristo Sacerdote,
a humilde Serva do Senhor,
a Mãe da Igreja crente.
Rogai a Deus pelos sacerdotes,
para que sejam servos da fé dos irmãos,
na alegria de crer e no entusiasmo de comunicar a Fé.

Ó Maria,
Vós sois a mulher do “Sim” total a Deus,
sempre disponível à vontade do Pai,
a Rainha de todas as Vocações.
Rogai a Deus pelos seminaristas,
para que reconheçam o amor de Deus,
na resposta decidida à sua vocação.
Ámen.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

«Sabei que o Filho do Homem está perto»


Ao aproximarmo-nos do fim do ano litúrgico, a Liturgia deste Domingo, o penúltimo do Tempo Comum, convida-nos a pensarmos nas últimas realidades que viveremos. Usando uma linguagem que poderíamos classificar verdadeiramente de catastrófica, Jesus quer transmitir-nos, acima de tudo, uma mensagem de esperança para os que perseverarem fiéis até ao fim.

O “fim”, seja do que for, sempre inquietou o ser humano, que não lida de forma agradável com a ideia de finitude. Mas está estabelecido que tudo o que existe no universo terá um fim. Só Deus é infinito, nunca teve princípio nem terá fim, pois ultrapassa os limites do tempo. A história humana não é excepção, uma vez que se iniciou num determinado momento e, portanto, terá o seu fim. É precisamente desse fim que Jesus nos fala, no Evangelho deste Domingo.

Se humanamente é desagradável e inquietante pensar no nosso “fim”, isso deve-se ao facto de estarmos demasiado presos a uma visão materialista e mundana da existência. Quando Jesus vier, na Sua glória, para julgar os vivos e os mortos, irá «reunir os Seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu».

E quem serão estes eleitos? São aqueles que, durante toda a história da humanidade, acreditaram em Cristo, acolheram-No, todos os que se desprenderam das coisas do mundo e os que, no meio das catástrofes, perseguições e aflições, se mantiveram fiéis até ao fim.

Nosso Senhor foi bem claro: quem quiser segui-Lo verdadeiramente, terá muito que sofrer. Esse sofrimento será particularmente violento no final dos tempos, quando até «as forças do céu serão abaladas». Jesus não mente, não oculta o caminho duro que os que O quiserem seguir terão de fazer. Mas assegura que esses, os verdadeiros fiéis, serão reunidos na Sua presença e serão levados consigo para a Sua glória.

Deus quer tanto salvar-nos que até nos explicou, através de Jesus, os sinais de que o fim estará próximo! No entanto, «esse dia e essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai». Deus quer que perseveremos n’Ele, não condicionados a uma data, mas sim, por amor, durante a nossa vida toda.

Expectativa e preparação: eis as duas atitudes que o cristão deve ter durante toda a sua vida e que, neste Domingo, nos são lembradas de modo particular.

Vamos, nesta próxima semana, reforçar a nossa esperança em Jesus Cristo, Rei e Senhor do Tempo e da História. Peçamos-lhe que nos mantenha firmes na Fé até ao último dia, para podermos comparecer diante d’Ele e ouvir dos Seus lábios: “Vinde, benditos! Recebei em herança o Reino preparado para vós!”. Esse Reino de glória e de comunhão com Deus, é o prémio dos que vivem, sofrem e dão a vida da por amor de Jesus e da Igreja. 



Entrada: Dai a paz, Senhor - NCT 214
Ofertório: A messe é grande - OC 14
Comunhão: Tudo o que pedirdes na oração - OC 256/ CECII 52
Acção de Graças: Creio em Ti
Fim: Senhor, Tu amas o mundo - NCT 769


NCT - Novo Cantemos Todos;
OC - Orar cantando
CECII - Cânticos de Entrada e de Comunhão (II Volume)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Maria, Mãe da Confiança


“Não estou aqui, eu que sou tua Mãe? Não estás debaixo da minha protecção? Não sou a causa da tua alegria? Não estás sob o meu manto? O que mais podes querer? Que nenhuma outra coisa te perturbe”.

(Nossa Senhora, na aparição em Guadalupe – México)

Confiar significa “entregar aos cuidados ou à fidelidade de alguém”. Que fidelidade mais pura, que cuidados mais carinhosos poderemos encontrar senão os de uma mãe? Uma vez que Nossa Senhora nos foi dada como Mãe pelo próprio Jesus, como não poderemos a Ela recorrer nas nossas dificuldades e aflições? Maria é a Mãe em quem devemos confiar.

Colocar a nossa confiança na mãos da Virgem Santíssima não é duvidar da misericórdia Divina, nem tão pouco diminuir a esperança que devemos ter em Deus. Colocarmo-nos nas mãos de Maria é deixar-nos guiar por Ela, reconhecendo que é por Nossa Senhora que chegamos a Jesus. Foi Ela que trouxe Jesus ao mundo e é por Ela que Deus quer levar o mundo a Jesus.

Sempre que rezamos o Terço, na oração da Salvé-Rainha, saudamos a Virgem com os títulos de “vida, doçura, esperança nossa, salvé!”. Na verdade, a Mãe do Céu é a nossa esperança, uma vez que foi n’Ela que se iniciou a obra da salvação, assim como foi também por Ela que o Salvador apareceu no mundo.

Como não confiar em tão boa Mãe, fonte de esperança e abrigo seguro para os que n’Ela procuram refúgio! Confiar em Nossa Senhora é reconhecer nesta bondosa Mãe a “esperança para as nossas almas, salvação das criaturas, socorro dos pecadores e protecção dos fiéis”, como diz Santo Afonso Maria de Ligório no seu livro “Glórias de Maria”. Com Maria ao nosso lado, nada há a temer, nem a mais forte das tentações do Demónio.

Lembremo-nos que as primeiras palavras de Nossa Senhora, em Fátima, foram: “Não tenhais medo!”. Queremos nós outro apelo mais claro que este à confiança na Sua maternal protecção?

Recorramos muitas vezes, especialmente nos momentos mais difíceis, à intercessão daquela que o próprio Deus escolheu para ser Sua e nossa Mãe. Confiemos-lhe a nossa vida e peçamos muitas vezes a Sua protecção para enfrentar os perigos naturais, materiais e espirituais que espreitam a todo o momento.



domingo, 11 de novembro de 2012

«Francisco e Jacinta, Testemunhas Vivas da Fé»

A Basílica de Mafra acolheu toda a Vigararia no passado Sábado, dia 10 de Novembro, para uma conferência com a Irmã Ângela Coelho, Postuladora para a Causa de Canonização dos Pastorinhos de Fátima.

Depois de um pequeno momento de oração, no qual se entoou o Hino dos Pastorinhos e foi lido um excerto da homilia do Papa João Paulo II no dia da beatificação destes dois pequenos videntes, a palavra foi dada à Irmã Ângela que começou por apresentar a história de vida do Francisco e da Jacinta.

Foi um momento marcante, pois foram dados a conhecer episódios menos divulgados do quotidiano dos Pastorinhos, assim como acontecimentos extraordinários que ocorreram após a morte de ambos. A título de exemplo, foi descrito pela Irmã o facto de, na transladação dos restos mortais do Francisco para a Basílica de Fátima, um dos elementos de identificação foi um rosário de 148 contas, com as restantes fraccionadas, que se encontrava no caixão. A propósito do post-mortem da Jacinta, foi apresentada a fotografia que mostrava o rosto incorrupto desta criança, 15 anos após a sua morte.

Com bastante entusiasmo e notória alegria, a Postuladora referiu que apesar de todos os sofrimentos e dificuldades que estes dois pequenos viveram, aceitaram o desafio proposto pelo Céu - “Quereis oferecer-vos a Deus?” - com convicção, alegria e total entrega à vontade de Deus. Também nós, no nosso dia-a-dia, somos convidados a sermos anunciadores da alegria de acreditar, mesmo nos momentos mais difíceis.

Relativamente ao percurso espiritual destas duas pequenas crianças, foi desmistificada a ideia de que ‘sempre foram santos’. Na verdade, tanto a Jacinta como o Francisco, antes das aparições, tinham alguns defeitos, e um temperamento marcado por algum capricho e egocentrismo.

Nestas duas vidas resume-se grande parte da doutrina da Igreja Católica: a Entrega incondicional a Deus, o Amor a Nossa Senhora, a Devoção ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia e o Amor à Igreja e ao Santo Padre.

Por fim, foi possibilitada aos presentes a oportunidade de colocarem questões à Irmã sobre a Mensagem de Fátima e o Testemunho de Vida destes dois Pastorinhos.

Terminado este tempo de diálogo, fez-se uma oração final pedindo pela Canonização do Francisco e da Jacinta, após a qual a JMV Sobreiro agradeceu a presença da Irmã Ângela e o testemunho de fé apresentado.


Que esta Conferência leve, não só aos que nela participaram, mas a todos, a rezar aos Beatos Francisco e Jacinta, pedindo também a Deus pela Canonização destas duas testemunhas vivas de Fé.


São Martinho com os idosos do Lar do Sobreiro


Hoje, dia 11 de Novembro, o Lar e Centro de Dia do Sobreiro realizou um Magusto, para o qual convidou toda a comunidade a celebrar com os seus utentes o tradicional dia de São Martinho.

A festa teve início cerca das 15:00h, mas os preparativos começaram um pouco antes, com o transporte de todos os utentes do Lar para o Salão Polivalente do Sobreiro. 
Neste transporte, esteve também envolvida a JMV Sobreiro que se disponibilizou para colaborar nesta actividade, a qual proporcionou aos mais idosos uma tarde diferente de convívio e animação.
Apesar de inicialmente alguns idosos se mostrarem pouco receptivos à ideia de sair do seu ambiente e dos lugares que diariamente ocupam no Lar e Centro de Dia, foi bonito sentir que os jovens podiam ajudar a convencê-los a sair e a ajudar na sua distracção.

Esta festa foi alegrada por um vasto grupo de acordeonistas de várias idades que apresentaram cada um dois temas que em muito animaram todos os presentes.

A iniciativa teve como objectivo principal a angariação de fundos para a aquisição de uma carrinha com plataforma elevatório para o transporte de utentes do Lar com mobilidade reduzida.

Durante a tarde, podiam ser saboreadas as tradicionais castanhas assadas, bem como filhoses, pão com chouriço, bolos e como não podia deixar de ser o saboroso caldo-verde. O ambiente era bastante familiar e via-se na cara dos mais idosos a alegria de poderem ter uma tarde de Domingo diferente, na qual não só familiares mas muitos amigos se juntaram para festejar o São Martinho e passar um agradável momento.


Para os elementos do Grupo de Jovens foi uma tarde diferente, não só pelo programa, mas principalmente pela possibilidade de, a exemplo de São Vicente de Paulo, oferecer o seu tempo ao serviço dos mais necessitados.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

«Ofereceu tudo o que tinha»


O Evangelho do próximo Domingo, o XXXII do Tempo Comum, ensina-nos que para Deus não interessam as grandes manifestações externas de amor e de fé. Para Ele, é mais agradável que, como cristãos, tenhamos uma atitude de confiança e entrega total a Jesus Cristo.

Através do exemplo da viúva, Jesus mostra-nos qual é o verdadeiro culto que Deus quer de nós: que sejamos capazes de Lhe oferecer tudo, toda a nossa vida, tudo o que somos e temos. O exemplo da viúva contrasta com o atitude anterior dos ricos, que deixavam nos cofres do templo grandes quantias de dinheiro, sendo admirados por todos. Porém, a pobre viúva não é notada por ninguém, excepto por Jesus, e dá uma quantia insignificante comparada às quantias dos ricos. Mas Jesus descobriu na pequena quantia que a viúva deposita no cofre – de valor humanamente insignificante - um verdadeiro tesouro.

Esta mulher deu tudo o que possuía, tudo o que tinha para viver. Só Deus foi capaz de reparar na sua fidelidade e generosidade. O seu amor a Deus foi superior a tudo o que tinha na vida. Por isso deu as duas pequenas moedas, aquilo que tinha para viver, confiando que Deus tomá-la-ia certamente ao Seu cuidado.

E nós? Teremos nós essa coragem, essa generosidade de oferecer a nossa vida totalmente a Deus e ao serviço da Sua Igreja? Aceitamos despojar-nos das nossas certezas, dos nossos projectos pessoais, a fim de nos entregarmos confiadamente nas Suas mãos?

Nesta semana, pensemos em como podemos ser mais abertos à vontade de Nosso Senhor, pedindo a Nossa Senhora que aumente a nossa confiança em Deus e que nos dê forças para nos entregarmos totalmente aos planos que Ele tem para nós. Aprendemos com Ela, que é o modelo perfeito de fé e de confiança nos planos divinos.


Proposta de cânticos para a Missa:

Entrada: Deus vive na Sua morada santa - NCT 217
Ofertório: Bendito sejas - NCT 251
Comunhão: O Cordeiro de Deus - CECII 121
Acção de Graças: Abri as portas a Cristo (Hino oficial ao Beato João Paulo II) - Marco Frisina
Fim: Quero cantar o Vosso nome - A.Cartageno

NCT - Novo Cantemos Todos;
CECII - Cânticos de Entrada e de Comunhão (II Volume)


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Conferência sobre os Pastorinhos de Fátima em Mafra


No próximo Sábado, dia 10 de Novembro, será realizada uma conferência na Basílica de Mafra com a Postuladora para a Canonização dos Pastorinhos Francisco e Jacinta, a Irmã Ângela Coelho Silva.


A proposta desta conferência foi feita ao Grupo de Jovens do Sobreiro pela própria Irmã, que é responsável em Portugal e em Roma, junto do Papa, pelo processo de canonização dos pequenos videntes, beatificados em Fátima pelo Papa João Paulo II no ano 2000.

Para que eles sejam declarados Santos, é necessário um novo milagre e, por isso, um dos objectivos principais desta conferência é divulgar a devoção aos Pastorinhos de Fátima, levando as pessoas a recorrer à intercessão destes dois pequeninos que viram a Santíssima Virgem em 1917.

Porque a história e a mensagem de Fátima está muito ligada à História e ao próprio destino do nosso País, será importante para todos que o Santo Padre canonize os Pastorinhos, dois meninos que deram, nas suas curtas vidas, um firme testemunho de Fé. Além disso, seria também um motivo de alegria e orgulho para o nosso povo ter mais dois Santos portugueses

Para que isso aconteça, é realmente importante rezar a estas duas crianças para que, no Céu onde já se encontram, apresentem os nossos pedidos a Jesus e a Nossa Senhora.


Toda a Vigararia está convidada a comparecer, às 21h00 do dia 10 de Novembro, na Basílica de Mafra para ouvir a Irmã Ângela e conhecer mais e melhor a Mensagem e a vida dos dois Pastorinhos de Fátima.

domingo, 4 de novembro de 2012

Nova Edição do Jornal "Raios de Luz"



O Jornal "Raios de Luz" - Edição de Novembro - já saiu! 

Desde a abertura do Ano da Fé em Roma à Peregrinação a Fátima, passando pelas várias actividades da JMV Sobreiro, há muito para ler nesta 9ª edição do nosso Jornal! 

Para aceder ao Jornal em versão digital, clique na imagem acima.

Boa leitura e esperamos que gostem!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

«Amarás a Deus de todo o coração e ao próximo como a ti mesmo»


A Liturgia deste XXXI Domingo do Tempo Comum diz-nos que o amor está no centro da vida e da experiência cristã. Assim, o caminho da Fé que vamos percorrendo nesta vida resume-se em adorar e amar a Deus acima de todas as coisas e, depois, no amar aos irmãos como a nós próprios.

Questionado por um escriba sobre qual seria o maior dos Mandamentos, Jesus cita as palavras do Livro de Deuteronómio que escutamos também na primeira Leitura da Missa: ‘O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. Mas, logo em seguida, completa este Mandamento com um outro, um Mandamento novo que nasce do amor que Jesus tem por cada um de nós: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.

Nosso Senhor apresenta, neste diálogo, a relação entre os dois maiores mandamentos que resumem toda a Lei de Deus e se complementam mutuamente: É por amarmos a Deus acima de tudo que amamos os nossos irmãos tal como nos amamos a nós mesmos e desejamos o seu bem, tal como queremos o nosso próprio bem.

A caridade para com o outro só é cristã, verdadeira e eficaz quando damos testemunho da nossa Fé e levamos o nosso próximo a Deus. É este o cúmulo da caridade cristã, pois se Deus é o melhor tesouro que nos gloriamos de possuir, que maior acto de amor podemos fazer que não seja o de levar este tesouro divino aos outros?

Por isso, assim como queremos que Deus nos acompanhe e nos leve para Si no fim da vida (o maior bem que um dia poderemos ter), devemos desejar o mesmo – como desejamos para nós próprio – para o irmão.
Amar a Deus acima de tudo e amar o próximo como a nós mesmos. Nisto se resume toda a proposta que Deus nos faz para termos uma vida plena e feliz na Terra e, depois, alcançarmos a Vida Eterna na Sua presença.

Procuremos ter nesta próxima semana a consciência destas duas dimensões: o amor total e incondicional que devemos ter a Deus e, envolvidos por esse amor puro, transmiti-lo aos irmãos por palavras e por obras.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Novembro, mês das Almas


O mês de Novembro é chamado de «mês das almas», uma vez que é tradicionalmente dedicado às Almas do Purgatório. Depois de ter celebrado a festa de Todos os Santos no dia 1, a Igreja lembra, especialmente no dia 2 de Novembro, todos os fiéis que já partiram deste mundo e que ainda não estão na glória de Deus.

Por vezes, a existência do Purgatório causa estranheza em muitos de nós. Mas a Igreja lembra-nos que a realidade deste lugar de purificação é necessária e muito proveitosa para os que lá se encontram e para quem reza por eles.

Rezar pelas almas que esperam ver-se livres das suas faltas para entrarem no Paraíso, é uma verdadeira obra de caridade, pois elas já nada podem por si mesmas. E este acto de caridade podemos e devemos tê-lo para com os nossos familiares, amigos, conhecidos e até para com pessoas anónimas que esperam uma Missa, uma esmola, uma oração que alivie os seus sofrimentos no fogo purificador do Purgatório.

Segundo nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, passam por este fogo "os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão perfeitamente purificados". Portanto, as almas que estão no Purgatório fazem parte da mesma Igreja Católica e beneficiam de modo especial da Comunhão dos Santos, pela qual a Igreja Militante (os católicos que ainda vivem na Terra) pode pedir a intercessão à Igreja Triunfante (os Santos do Céu) e pode também  aliviar as penas da Igreja Padecente (os irmãos que estão no Purgatório).

Mas será Deus tão rigoroso assim, a ponto de não tolerar nem mesmo a menor imperfeição, limpando-a com penas severas? Esta pergunta facilmente pode vir à nossa mente. Em primeiro lugar, devemos nos lembrar desta verdade: depois da nossa morte, não seremos julgados segundo nossos próprios critérios, mas segundo a Lei de Deus. Estaremos diante de um Juiz sumamente santo e perfeito e no seu Reino "não entrará nada de impuro" (Ap 21, 27).

Que faltas serão purificadas nesse lugar?  São os restos do apego exagerado à vida terrena e às criaturas, ou seja, as imperfeições, os pecados veniais, bem como a dívida dos pecados mortais já perdoados no Sacramento da Confissão. Estas imperfeições afastam-nos do Mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas.

As almas do Purgatório têm a certeza da salvação. Cabe-nos a nós, que ainda caminhamos neste mundo, ajudá-las a serem admitidas o quanto antes à presença de Deus, pedindo-Lhe que lhes dê o descanso eterno e que perdoe, pela Sua misericórdia, as faltas que as impedem de O contemplar.

Mas como podemos, concretamente, ajudar estes nossos irmãos que sofrem no Purgatório?
A oração mais útil para eles é a Santa Missa, com todos os seus méritos, que são os mesmos que Jesus obteve para nós na cruz. Mandar rezar uma Missa pela alma de um familiar ou amigo é a maneira mais eficaz de aliviar o sofrimento de uma alma.

Depois o ganho de indulgências segundo as disposições das Igreja. Muito útil para as almas são também os sacrifícios e as orações dos fiéis vivos, como  a oração do Terço, do Angelus, as jaculatórias pelos defuntos e, por fim, a esmola e o jejum.

Durante este mês de Novembro, lembremo-nos especialmente destas almas, muitas delas abandonadas, sem terem quem se lembre e reze por elas, e rezemos pelo menos uma oração ao final do dia por elas. Quando estiverem no Paraíso, não esquecerão aqueles que as ajudaram a chegar ao Céu.  E nós, que continuamos na Terra, ganharemos mais intercessores junto de Deus.


ORAÇÕES PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO

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