"Raios de Luz"


terça-feira, 30 de abril de 2013

Maio, mês de Maria



Estamos a iniciar o mês de Maio, o mês mais alegre e festivo do ano. Parece ousado e até exagerado dizê-lo, mas talvez não o seja tanto assim!

Em primeiro lugar, em grande parte do mês de Maio celebramos ainda a alegria do Tempo Pascal. Depois, é o mês tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora e no qual se multiplicam as orações, procissões e outras celebrações em louvor da Virgem Mãe de Deus. É também em Maio que se celebra o Dia da Mãe, no primeiro Domingo do mês, no qual lembramos aquelas mulheres que nos conhecem e nos amam desde o início da nossa vida, antes mesmo de nascermos!

Em 1965, quando o mundo vivia uma onda de libertinagem camuflada de liberdade, o Papa Paulo VI escreveu a Encíclica «Mense Maio», na qual reafirma a importância da intercessão de Nossa Senhora em favor do mundo e da Igreja, em tempo de adversidades: «O mês de Maio leva-nos assim a orarmos com maior intensidade e confiança, e porque durante ele as nossas súplicas encontram mais fácil acesso até ao coração misericordioso da Virgem Maria, aprouve aos nossos predecessores escolher este mês consagrado a Maria para incitarem o povo cristão a orações públicas, todas as vezes que o requeriam as necessidades da Igreja ou algum perigo ameaçador que pairasse sobre o mundo».

Quis o Papa, em plena década de 60, mostrar que o mês de Maio dedicado a Nossa Senhora é uma excelente oportunidade para suplicar aos Céus a intervenção desta Medianeira para atenuar os perigos que ainda hoje pairam sobre a humanidade.

Mas para o povo de Portugal, há ainda mais uma razão de festa e de alegria neste mês de Maio. É o mês que Deus escolheu para começar a transmitir uma importante mensagem para a Igreja e para o mundo, com a primeira aparição de Nossa Senhora, em Fátima! Na verdade, é quase impossível pensar no mês de Maio e não nos lembrarmos de Fátima, dos peregrinos que para lá caminham, das belas celebrações da Cova da Iria, das emoções que naquele lugar bendito não cabem no nosso íntimo e manifestam-se, muitas vezes, no transbordar de lágrimas…

Tudo isto é belo, mas a devoção a Nossa Senhora não se pode resumir a uma mera ‘lembrança’ do que aconteceu em Fátima naquele mês de Maio de 1917, nem às emoções que nos acompanham quando chegamos àquele Santuário.

Em Fátima, a nossa Mãe do Céu pediu coisas muito concretas: a recitação diária do Terço do Rosário, a devoção ao Seu Coração Imaculado e sacrifícios e penitência pela conversão dos pecadores. Em ‘troca’, Nossa Senhora promete a paz para o mundo, a salvação de muitas almas e o triunfo do Seu Imaculado Coração.

Por tudo isto, a verdadeira devoção à Virgem Mãe não se pode ficar por uma mera lembrança do que aconteceu na Cova da Iria há quase 100 anos, mas passa primeiramente por um amor íntimo, interior e puro a Nossa Senhora. Um amor filial, confiante, de súbditos, mas sobretudo de filhos que querem colaborar com a Sua Mãe no plano de salvação que Deus tem para cada um de nós.

O Papa Francisco, na homilia da Missa celebrada no dia 17 de Abril, como grande devoto de Nossa Senhora, confiou a Santa Igreja à protecção de Maria Santíssima. Segundo o Papa “Ela é a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires, ela é a protagonista da protecção, é a mãezinha (...) Digamos com fé: “Sob a Vossa protecção, Mãe, está a Igreja. Cuidai da Igreja”.

A Mensagem de Fátima é exigente, mas é preciso ‘por mãos à obra’, pois o mundo precisa das orações e testemunhos dos filhos de Maria! Por isso, que tal começar por fazer o que Nossa Senhora mais pediu, ou seja, a recitação do Terço todos os dias do ano?

Todos os anos, Nosso Senhor concede-nos este mês para estimular a devoção à Sua Santíssima Mãe. Aproveitemo-lo bem!



Que este mês seja apenas um início na nossa caminhada na ‘Escola de Maria’,
  Mãe e Mestra dos Cristãos!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Vigília de Oração pelas Vocações e pela santificação do Clero


No passado dia 18 de Abril a JMV Sobreiro promoveu uma Vigília de Oração pelas Vocações Sacerdotais, Religiosas e Misssionárias e pela Santificação do Clero. Esta teve início pelas 21h00 do dia 18 e prolongou-se por 24 horas, até às 21h00 do dia 19.
Durante este tempo, esteve exposto o Santíssimo Sacramento na Capela da Igreja do Sobreiro para adoração e oração conjunta e individual.
A Vigília teve início com a presença do Diácono Pedro Oliveira, dos jovens da JMV e de bastantes pessoas da comunidade que encheram a capela. Após uma breve Liturgia da Palavra, foram feitas várias preces pelo Santo Padre, pelos Bispos, Padres, religiosos, leigos consagrados e pelo aumento das vocações.
A concluir este momento de oração, foram rezadas três Avé-Marias pela santificação do Clero.

Após algum tempo para oração individual, por volta das 00h30 do dia 19 foi rezada a hora litúrgica de Completas. Durante a noite, estiveram diante de Jesus Sacramentado os elementos do Grupo de Jovens, bem como alguns paroquianos que se dirigiram à capela para fazer um pouco de companhia a Jesus e rezar por esta necessidade crescente de novas vocações.

Já pela manhã, pelas 08h00, foi rezada a Hora de Laudes do Ofício Divino, seguida do Terço, meditando nos Mistérios Gozosos do Rosário. Foi muito reconfortante ver a Capela novamente quase cheia nesta hora da manhã!

Seguiu-se um período de oração individual e, ao meio-dia, foi rezado o Regina Caeli a Nossa Senhora, oração que substitui o Angelus no Tempo Pascal. Durante a tarde, foi a vez das crianças da Catequese rezarem pelas vocações a Nosso Senhor presente no Santíssimo Sacramento. Foi muito bonito ver a capela repleta de crianças a rezar por esta grande necessidade para a Igreja!

Ao final da tarde, rezou-se a oração de Vésperas ( I Vésperas do Domingo do Bom Pastor), seguidas de Terço, no qual se contemplaram os Mistérios Gloriosos, seguindo o espírito da Liturgia. Foi uma grande alegria ver a igreja do Sobreiro completamente cheia de pessoas vindas das diferentes capelas da Paróquia de Mafra.

Após algum tempo de oração individual, intercalada com cânticos eucarísticos entoados por alguns elementos do Grupo de Jovens, pelas 21h00 teve lugar a bênção e reposição do Santíssimo Sacramento, novamente na presença do Diácono Pedro, que rezou diante de Jesus Sacramentado pela fidelidade de todos os baptizados à missão de evangelização que lhes está confiada. Também se pediu novamente pela santificação de todos os sacerdotes, para que sejam fiéis à sua vocação de Pastores.

Por fim, diante da Imagem de Nossa Senhora, foi entoado o cântico Regina Caeli, entregando todo este tempo de oração e de adoração nas mãos puríssimas de Maria, Rainha dos Apóstolos e Mãe da Igreja.



sábado, 27 de abril de 2013

X Jornada Diocesana da Juventude


No passado Domingo, dia 21 de Abril, o Grupo de Jovens do Sobreiro dirigiu-se a Lisboa para participar na X Jornada Diocesana da Juventude que teve como tema «Ide e fazei discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19), que foi dado pelo Papa Emérito Bento XVI na sua Mensagem para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude.

Esta Jornada Diocesana da Juventude teve início no Externato São José das Irmãs Dominicanas - Restelo, onde fomos acolhidos e animados por jovens do CUPAV (Centro Universitário Padre António Vieira) enquanto aguardávamos a chegada de todos os participantes.

Após este primeiro momento com um pouco de diversão, iniciou-se o primeiro tema, falado pelo Pe. Miguel Almeida, sj: “Ontem – Vida de S. Francisco Xavier”, co-fundador da Companhia de Jesus, conhecido como o “Apóstolo do Oriente”, por ter exercido a sua actividade missionária especialmente na Índia e no Japão. Com este exemplo, foi-nos possível compreender as palavras do Papa Emérito Bento XVI: “(…) tomai consciência também do maravilhoso legado recebido das gerações que vos precederam: tantos cristãos nos transmitiram a fé com coragem, enfrentando obstáculos e incompreensões. (…) Ser missionário pressupõe o conhecimento deste património recebido que é a fé da Igreja: é necessário conhecer aquilo em que se crê, para podê-lo anunciar”.

Posteriormente, dirigimo-nos ao nosso local de almoço – Jardins de Belém. Pelo caminho, alguns de nós meditaram num Hino da Liturgia das Horas do Tempo Pascal, normalmente rezado na Hora Intermédia, que nos apela a transmitir a mensagem de Cristo Ressuscitado àqueles que não O conhecem. Este Hino podia ser encontrado numa das páginas do guião deste encontro.

O segundo tema (“Hoje – Ser discípulo e fazer discípulos”) foi abordado por quatro diferentes prelectores, tendo sido realizado no Colégio Casa Pia. Ouvimos Fernando d’Oliveira, colaborador na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima – Bairro Pe. Cruz, que nos falou um pouco da sua perspectiva e vida como voluntário e como é que promove a evangelização. Depois, ouvimos o casal Archer, casados à 28 anos e com cinco filhos, sobre como é que, mesmo com uma família numerosa, vivem a fé da Igreja e a transmitem aos outros. Por fim, foi a vez de Marcelo Rebelo de Sousa, conhecido Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, falar-nos um pouco sobre a sua vida como Católico e como é que integra e fala da fé da Igreja para o nosso País, através dos diversos meios de comunicação social.

A seguir, seguimos para a Praça do Império, onde rezamos o Terço, orientado pelas EJNS (Equipas de Jovens de Nossa Senhora), meditando nos Mistérios Gloriosos, pois “A evangelização autêntica nasce sempre da oração e é sustentada por esta: para poder falar de Deus, devemos primeiro falar com Deus” (Papa Emérito Bento XVI).

Voltamos, novamente, para o Colégio Casa Pia, onde nos reunimos com o nosso Cardeal Patriarca, D. José Policarpo. Começou por nos saudar, referindo que “o futuro da Igreja está aqui” e falou-nos um pouco da evangelização e da missão. Referiu que a missão de Jesus era evangelizar e que nós, enquanto seus discípulos – «Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21) – temos o mesmo dever, mas que para isso devemos procurar conhecer a fé da Igreja para a pudermos transmitir correctamente.

Após este momento, dirigimo-nos para o Mosteiro dos Jerónimos (Paróquia de Santa Maria de Belém), onde foi celebrada a Eucaristia, presidida pelo Cardeal Patriarca. Na homilia, salientou a necessidade de todos os Baptizados evangelizarem, superando todos os obstáculos que o mundo dos dias de hoje nos coloca. Falou-nos ainda do dia Mundial das Vocações, IV Domingo da Páscoa, em que o Evangelho nos fala da figura de Jesus, como o Bom Pastor, que guia a suas ovelhas, que «escutam a minha voz» (Jo 10, 27), referindo que se Deus tem um projecto para cada um nós, nós devemos escutá-lo e deixar os nossos planos de parte, exemplificando com a transformação de Saulo em S. Paulo, que ouviu a voz do seu Pastor.

Tendo terminado a celebração Eucarística, o encontrou acabou com um concerto animado pelo grupo Anima Christi, no Colégio Casa Pia.

No final, o Grupo de Jovens do Sobreiro voltou para casa, não esquecendo a grande mensagem desta X Jornada Diocesana da Juventude:

«Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda a criatura!
  Quem crer e for baptizado será salvo» (Mc 16, 15-16)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

"Como Eu vos amei, amai-vos uns aos outros"


No Evangelho do V Domingo do Tempo Pascal, ‘recuamos’ até à Última Ceia e Jesus mostra-nos que foi necessário ter sofrido e morrido para que a Nova e Eterna Aliança de Deus com os homens fosse estabelecida. De facto, imediatamente antes de iniciar a Sua Paixão, na Ceia com os discípulos, Jesus confirma que a Sua glorificação dar-se-á na Cruz: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, Deus também O glorificará em Si mesmo e glorificá-l’O-á sem demora».

Não é fácil compreender como pode vir a glória através da morte numa cruz, no rosto de um homem aparentemente derrotado. Mas a Cruz é a verdadeira fonte da vitória e da glória de Jesus porque na Cruz entregou toda Sua vida para abrir as portas do Céu fechadas pelo pecado de Adão e dar vida eterna aos homens.

Queremos melhor exemplo do imenso amor que Deus no tem? Quantas vezes pensamos que Deus nos abandona ou não quer saber de nós? Pensando no que Jesus fez na Cruz, por amor aos homens, por amor a cada um de nós, temos a resposta. Deus ama-nos tanto que nos deu o Seu Filho e aceitou o Seu sacrifício para que um dia possamos estar com Ele no Céu!

Não é por acaso que, no final do Evangelho deste Domingo, Jesus dá aos discípulos o Mandamento Novo, o Mandamento do Amor. Este mandamento evoca imediatamente a ideia da Aliança, a nova e definitiva Aliança levada a cumprimento por Jesus, precisamente quando morre na Cruz.

«Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros». Com este Mandamento, Jesus quer que os seus discípulos, pelo seu testemunho de caridade uns para com os outros, sejam neste mundo o espelho do amor de Deus manifestado na Cruz.

«Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros». É com o amor de Jesus que nos devemos amar uns aos outros, tal como Ele nos amou, no sentido mais profundo e verdadeiro do verbo amar, que é o sentido da ‘entrega’. Amar os outros como Jesus nos amou é entregar a nossa própria vida uns pelos outros.

Nesta semana, pensemos seriamente na maneira como amamos o nosso próximo. Amamos os outros levados por meros sentimentos humanos, por paixões ou só para fazer aquela ‘caridade’ que não passa de humanitarismo? Ou conseguimos perceber o valor daqueles que nos rodeiam e tentamos amá-los profundamente com o mesmo Amor com que Jesus nos ama, ao ponto de ter entregado a Sua vida?

Tentemos melhorar aqueles que aspectos que, na nossa relação com os outros, nos impedem de sermos verdadeiramente espelhos do Amor de Deus que se manifestou plenamente na Cruz.



Proposta de cânticos para a Missa:

Entrada - Cantai ao Senhor (NCT 211)
Ofertório - Espero em Deus (OC 97)
Comunhão - Se cumprirdes os Meus mandamentos (CEC II 37)
Acção de Graças - Se vos amardes (NCT 274)
Final - Abri de par em par (OC 25)


CEC - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. II
NCT - Novo Cantemos Todos
OC -  Orar Cantando

domingo, 21 de abril de 2013

Jornada Diocesana da Juventude - Lisboa

Está a decorrer, durante o dia de hoje, a Jornada Diocesana da Juventude em Lisboa. A JMV Sobreiro está presente no encontro que reúne jovens de toda a diocese em redor do seu Pastor, o Cardeal Patriarca de Lisboa.

Siga a transmissão através do blog da JMV Sobreiro. De seguida será celebrada Missa no Mosteiro dos Jerónimos.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Jesus, o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas


Neste IV Domingo da Páscoa, habitualmente chamado de ‘Domingo do Bom Pastor’, Jesus fala-nos da segurança em que estão as suas ovelhas, ou seja, aqueles que O seguem e que ouvem a Sua voz, as Suas palavras.
«Eu conheço as Minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer e ninguém as arrebatará da Minha mão». Como são consoladoras as palavras de Jesus, neste Domingo! Na verdade, nós, que queremos ser as ovelhas do rebanho do Senhor, não temos lugar mais seguro do que as mãos de Nosso Senhor.
Mas às vezes, em vez de sermos as ovelhas que procuram abrigo, segurança e consolo em Jesus, o nosso Bom Pastor, comportamo-nos como ovelhas tresmalhadas, preferindo dar ouvidos aos falsos pastores que,  aparentemente nos prometem paz, segurança e felicidade. Nesses momentos, parecemos esquecer que sem Jesus, tudo isso é ilusório. Sem Jesus não pode haver paz verdadeira, pois Ele é o Príncipe da Paz. Sem Jesus, a felicidade é mundana, breve, passageira, feita de momentos. Sem o Bom Pastor, toda a segurança é apenas aparente, pois só Ele nos pode livrar dos lobos que surgem a cada instante para nos desviar do caminho de Deus.
Por isso Jesus afirma: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me». A aflição do Bom Pastor ver uma só ovelha que se perde e segue o caminho errado é tão grande, que Ele não poupa esforços para a encontrar e para a fazer voltar ao Seu rebanho. Ele conhece-nos primeiro, por isso sabe de que maneira nos há-de chamar a regressar ao bom caminho.
Seria bom que, de cada vez que seguimos outros pastores, nos lembrássemos destas palavras tão reconfortantes de Jesus: «Eu conheço as Minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer e ninguém as arrebatará da Minha mão».
Que a lembrança desta consoladora promessa de amor e fidelidade feita por Nosso Senhor nos ajude sempre a caminhar guiados pelo cajado do Bom Pastor, principalmente nos momentos em que os lobos nos cercam e nos apresentam falsas alternativas para os caminhos da vida.

Proposta de cânticos para a  Missa:
Entrada - Somos a Igreja de Cristo (NCT 752)
Ofertório - Aceita Senhor (Pe. Teodoro)
Comunhão - Eu Sou o Bom Pastor (CEC, Vol. I, p.141)
Acção de Graças - A messe é grande (OC 14)
Final - Jesus Cristo, ontem e hoje (CEC, Vol. I, p.66)
CEC - Cânticos de Entrada e Comunhão
NCT - Novo Cantemos Todos
OC -  Orar Cantando

Oração pelas Vocações





A JMV Sobreiro inicia hoje a Vigília de Oração pelas Vocações e Santificação do Clero, como tal, aproveitamos para publicar a oração que nos acompanhará ao longo destas 24 horas:

Deus Pai, fonte da vida,
que pelo Vosso Filho, Jesus Cristo,
nos destes o Espirito de confiança e de amor:

enviai operários para a Vossa Igreja;
dai vitalidade de fé
a cada família, paróquia e diocese,
onde despontem numerosas vocações sacerdotais e religiosas
e os baptizados vivam generosamente o Evangelho,

iluminai com a santidade da Vossa palavra
os pastores e os consagrados;
animai os jovens nos seminários e nas casas de formação;

renovai a esperança na Santa Igreja
e continuai a chamar muitos
para que nunca faltem testemunhas autênticas,
transfiguradas no encontro convosco,
e anunciadoras da Vossa alegria à comunidade cristã e aos irmãos.

Tudo isto Vos pedimos,
por intercessão da Virgem Maria,
Mãe da Igreja e nossa Mãe.

Ámen.

Conferência sobre a Santa Missa

No dia 18 de Abril realizou-se em Lisboa uma conferência sobre a Santa Missa, na igreja de São João de Deus, no seguimento de um ciclo de conferências “Verdades da Fé em Conversa”, promovido pelas Equipas de Jovens de Nossa Senhora (EJNS) e a JMV Sobreiro não deixou de estar presente.

O conferencista foi o Pe. Hugo Santos, capelão da Universidade Católica de Lisboa, que começou por explicar que desde sempre o Homem tenta relacionar-se com a divindade, tendo percebido ao longo do tempo que os cultos antigos (pagãos e de panteísmo) não eram cultos de adoração ao verdadeiro Deus.
«Em determinado momento da História– diz o Pe. Hugo - Deus escolhe um povo, o povo de Israel, para fazer passar a Sua mensagem até à Encarnação do Seu Filho».

Para fazer perceber o significado mais profundo da Missa, o Pe. Hugo centrou o seu discurso na palavra “entrega”. De facto, «desde a entrega das ofertas de Abel e Caim, passando pela entrega de Isaac por Abraão, todos estes elementos de entrega no Antigo Testamento estão presentes na Missa, que é a entrega completa de Jesus a Deus, para salvação do mundo. Depois do sacrifício de Jesus na Cruz, já não são cordeiros animais que são imolados em expiação dos pecados do povo, mas o próprio Filho de Deus, o Cordeiro de Deus que Se entrega em cada Missa».
Em seguida o Pe. Hugo questionou: Que importância damos nós a esta entrega de Jesus, que importância damos à Missa? Somos como Caim, que escolhe o que há-de dar a Deus? Ou como Abel, que entrega a primeira coisa que tem?
De facto, «a Missa deve ser o centro de toda a nossa vida. Se faltámos à Missa ao Domingo, foi porque colocamos outra coisa acima de Deus. Ir à Missa adorar a Deus e reconhecer o que Ele fez e continua a fazer por nós, é o cumprimento do Primeiro Mandamento da Lei de Deus».
 
Falando depois um pouco de Liturgia, o conferencista deu o exemplo do Rei David, que queria construir um templo segundo as suas inspirações, mas foi o seu filho Salomão que acabou por construí-lo, assim como alguns rituais, segundo as inspirações que o próprio Deus lhe ditara.

«A Liturgia não é nossa, não é obra nem propriedade do homem. A Missa é uma resposta ao querer de Deus, na qual o Seu Filho Se oferece, para poder pagar a dívida dos nossos pecados que nós, como homens, não conseguimos pagar» - conclui o Pe. Hugo.
Mas quando e como se iniciou esta entrega de Cristo, que se actualiza nos nossos altares todos os dias?

«Na Cruz. O Sacrifício de Cristo na Cruz foi a primeira Missa, foi a entrega de Jesus pela Humanidade para nos salvar do pecado e libertar da dívida que contraímos com Deus, sempre que pecamos. Esta Missa, esta entrega, foi antecipada um dia antes, na Última Ceia, na qual Jesus deu o Seu Corpo, a Sua carne e o Seu sangue aos amigos mais próximos, em antecipação ao sacrifício que, horas depois, iria oferecer na Cruz em nosso favor».

Neste contexto, foi explicado pelo Pe. Hugo que se deve estar e participar na Missa da mesma maneira e com a mesma postura com que Nossa Senhora, as Santas Mulheres e São João estiveram aos pés da Cruz no Monte Calvário.
«A forma como nos comportamos na Missa reflecte o nosso discernimento e maturidade acerca do que ela é verdadeiramente. Os cânticos, a atitude, a forma de vestir na Missa… Devem reflectir aquilo em que acreditamos, devem ser o espelho de como vivemos a nossa Fé. Devemos estar com devoção, recolhidos, imitar o silêncio aceitador de Maria e não como assistentes de um espectáculo, acompanhantes de outros ou ‘ficar para ver o que se está a passar’, como meros curiosos».
Quase a terminar, o Pe. Hugo falou da Presença verdadeira e real de Jesus Cristo nas aparências do pão e do vinho. Ainda que os nossos olhos continuem a ver um pedaço de pão e um líquido que parece vinho, sabemos pela Fé que está ali verdadeira e realmente presente Jesus Cristo, a Sua carne, o Seu sangue, a Sua alma e divindade, tão real e verdadeiro como está no Céu.
«Como é possível que nos atrevamos a aproximar do próprio Deus e o comunguemos? Nenhum de nós, por nós mesmos, tem o direito à comunhão. Recebemo-la porque é um dom de Deus e porque foi Ele que quis ficar sempre connosco».
Por fim, o Pe. Hugo fez uma pequena abordagem à importância de recebermos Jesus apenas quando estamos em estado de graça, ou seja, confessados e livres de pecados mortais. É o mínimo que Jesus exige de nós: «Que limpemos e arrumemos a casa antes de Ele entrar».
Dignas de registo são as palavras finais do Padre Hugo, que mostram a importância de aprofundar em nós esta devoção ao Santíssimo Sacramento, a este Jesus que se dá todo por Amor:
«Jesus não se importa de estar sozinho em todos os sacrários de todas a igrejas do mundo, esperando que cada um O encontre e esteja com Ele sempre que queira e precise, nem que seja para dizer apenas, como muitos Santos: ‘Senhor, estás aí e eu estou aqui’!».
E  quão simples e bonita é esta profissão de Fé!
NOTA: A imagem de Jesus crucificado pertence ao retábulo do
Altar da Igreja do Santuário do Bom Jesus,  em Braga,
representando o Sacrifício de Jesus no Monte Calvário.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Um testemunho vocacional


«A minha vocação é a melhor de todas! E posso dizer isto com toda a convicção, sem correr o risco de ser pretensioso, vaidoso ou orgulhoso. A minha vocação é a melhor de todas! E é-a de facto porque foi aquela que Deus escolheu para mim. E é tanto assim que, mesmo que eu ainda não saiba qual a minha vocação, sei que a posso procurar, não em mim, ser finito e mesquinho, mas em Deus, que se entregou por nós na Cruz e que, por isso, nos ama de tal modo que quer mais o nosso bem que nós próprios.

A vocação é caminho. É uma estrada que só se percorre a dois: eu e Nosso Senhor. Por isso, naquilo que tem sido a minha caminhada vocacional, tanto mais se tem tornado claro o rumo a seguir, quanto mais séria e próxima se torna a relação com Deus.

A caminhada vocacional é, também na relação com Jesus, um conhecimento paulatino de nós mesmos, porque só na medida em que vamos conhecendo o Homem, como disse Pilatos (cf. Jo 19, 5), é que nos conhecemos como homens. Relativamente a isto, há uma frase que, ao longo da minha caminhada, se foi adensando e revelando um rumo a seguir: “Ninguém pode fazer dom de si se não tiver domínio de si.”

Só quando nos conhecemos como homens, obra das mãos de Deus, só então poderemos fazer da nossa vida uma oblação, uma oferta a Deus e, em Deus, aos homens. De facto, a vocação é caminho. Caminho para a Cruz, pois é lá que todo homem cumpre a finalidade da sua existência: o dom oblativo de si mesmo.

E este caminho tanto é valido para o chamado ao ministério ordenado, pelas provações, pelo trabalho, pela abnegação de si mesmo, como para os chamados à vocação matrimonial, pela entrega ao outro, pela exigência de uma vida a dois, pela responsabilidade com os filhos, e por tudo mais. É, de facto, um caminho pedregoso, mas repleto da presença de Deus, que nos ampara e nos dá força nas adversidades. É, de facto, um caminho para ser feito a dois. Só assim vale a pena entregar a vida.

É, então, por causa das pedras do caminho e pela preguiça de caminhar que afecta a tantos que se torna tão importante rezar pelas vocações. Rezar e, particularmente, pelas vocações, é urgente. Porque tal como no tempo de Jesus, a messe é grande e os trabalhadores são poucos (Mt 9, 37). Numa Igreja em crescimento constante, urge pedir ao Senhor por homens santos e sérios que conduzam o seu povo e por gente santa e séria que queira, no quotidiano de uma vida normal, ser sal na terra e luz no mundo (Mt 5, 13-14). Acreditai quando vos digo: vale a pena rezar! Na minha história vocacional, como vou partilhando convosco, fui experimentando o poder da oração, quer a que faço, quer a que vós fazeis por mim.

Meus amigos, rezai! Eu preciso, os seminaristas precisam, a Igreja precisa, o Mundo precisa de gente que reze ao Senhor, suplicando-lhe o dom de muitas e santas vocações. Confiado na vossa oração…»




quarta-feira, 17 de abril de 2013

Semana de Oração pelas Vocações: Religiosas

Quando falamos em vocações consagradas, pensamos quase sempre num chamamento de Jesus a rapazes, para seguirem a vida sacerdotal.

Mas Nosso Senhor chama também raparigas para que, à semelhança da Virgem Mãe de Deus, estejam disponíveis para se oferecerem totalmente a Deus, servindo a Igreja e os outros com a sua entrega, testemunho, caridade e oração.

Por isso, é preciso rezar também pelas vocações consagradas femininas!
Neste pequeno vídeo, é-nos apresentado um pouco da vida de algumas mulheres que não tiveram medo de dizer, como Nossa Senhora: «Sim! Eis-me aqui, Senhor. Faça-se em mim a Tua vontade!»


terça-feira, 16 de abril de 2013

«Por quê ser Padre?»

Não, não é nenhum erro ortográfico. Os motivos que levam tantos jovens a oferecerem-se totalmente ao serviço de Deus e dos outros podem não ser descritos numa resposta que começa tipicamente com um «porque...», mas têm certamente um «por quê».

Na verdade, a vocação do Sacerdócio surge precisamente «por causa de algo, por causa de Alguém».

«Por quê ser Padre»? No vídeo seguinte, vários seminaristas respondem com o seu testemunho, mas todos concordam numa coisa. Só se pode ser Padre por uma coisa muito concreta: Por amor.

Por amor a um Deus que chama.

Por amor a um povo que precisa de pastores.

Por amor a uma Igreja que deseja levar as almas até Jesus.

Nesta semana de Oração pelas Vocações, vale a pena ouvir o testemunho de alguns seminaristas, Padres e Bispos que souberam respoder com o seu amor ao apelo amoroso de Deus que um dia lhes sussurrou, tal como Jesus aos discípulos: «Vinde, deixai tudo e segui-Me. Farei de vós pescadores de homens!»



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vigília de Oração pelas Vocações

GUIÃO PARA A VIGÍLIA


Na semana em que a Igreja reza pelas Vocações de especial consagração, a JMV Sobreiro em conjunto com toda a Paróquia de Mafra estará em Adoração ao Santíssimo Sacramento durante 24 horas, pedindo ao Senhor da Messe que mande muitos e santos operários para a Sua Messe.

Rezar pelas vocações é pedir ao Senhor que conceda à Igreja homens e mulheres capazes de estar ao serviço de Deus e dos outros, através do sacerdócio, da vida religiosa e contemplativa e da vida consagrada.

Convidamos todos a juntarem-se a nós durante estas horas de Adoração que terão início as 21:00 horas de Sexta-feira, dia 19 de Abril e terminarão ao final do dia de Sábado, pelas 21:00 horas na Igreja do Sobreiro.

Confiamos a nossa oração a Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote e a Nossa Senhora, Mãe da Igreja.


domingo, 7 de abril de 2013

JMV Sobreiro dá a cruz a beijar no Lar do Sobreiro


No primeiro Domingo desta Páscoa que estamos a celebrar, o grupo de jovens do Sobreiro dirigiu-se ao Lar e Centro de Dia com o propósito de trazer a Páscoa do Senhor àqueles que não tiveram oportunidade de participar na Eucaristia nesse dia.

O Papa Emérito Bento XVI referiu este ano, na sua Mensagem para o Dia do Mundial do Doente: “O Ano da fé, que estamos a viver, constitui uma ocasião propícia para se intensificar o serviço da caridade nas nossas comunidades eclesiais, de modo que cada um seja bom samaritano para o outro, para quem vive ao nosso lado”.

Portanto, procurando viver este espírito de caridade, no início desta Páscoa, o grupo de jovens levou aos utentes do Lar e Centro de Dia do Sobreiro um momento em que puderam recordar a Ressurreição do Senhor e a presença constante da Virgem Maria, que “perde jamais a esperança na vitória de Deus sobre o mal”, sendo que esta sua confiança em Deus “é iluminada pela Ressurreição de Cristo, que dá esperança a quem se encontra no sofrimento e renova a certeza da proximidade e consolação do Senhor”, escreve o Papa Emérito Bento XVI, na mesma mensagem.
 
Assim, foi levada a beijar a Cruz, a cada um dos idosos, relembrando a morte e paixão de Cristo, enquanto outros cantavam com alegria “Ressuscitou, Aleluia!”. Após este momento, foram rezadas três Avé Marias com todos os utentes.

Por fim, foram distribuídas algumas amêndoas pelos idosos de forma a adocicar e alegrar um pouco a vida de todos os necessitados, neste dia em que se celebra a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 Que o Senhor Morto e Ressuscitado os ampare na sua velhice
 e lhes dê força para aceitar a sua cruz.


terça-feira, 2 de abril de 2013

A Ressurreição de Jesus e a esperança do católico



Após meditarmos na última semana sobre os acontecimentos da Paixão de Jesus nos quais revimos que foi pela culpa dos nossos pecados que foi cruelmente açoitado, tristemente escarnecido como rei, coroado com uma coroa de espinhos e finalmente humilhado com a morte mais atroz que se pode imaginar, meditamos agora na Ressurreição de Jesus e na esperança que deve trazer para o cristão.

Na noite ditosa em que os cristãos alegremente celebram a ressurreição do Senhor, Jesus, saindo do sepulcro, recebe do Pai tudo aquilo que havia perdido nos dias da Sua Paixão. Levado humildemente à presença de Pilatos, como se de um pobre criminoso se tratasse, foi feito Senhor da Terra pelo Pai. Aquele que pouco antes era o Homem das Dores e marcado pelos sofrimentos, aparece dotado de nova força e de uma vida imortal.

Cada um de nós devia fazer um acto de Fé na Ressurreição do Senhor, chegando a Ele, com as nossas orações, como que para lhe beijarmos as chagas glorificadas, como diz Santo Afonso.

A Ressurreição de Jesus Cristo é penhor e a norma da nossa ressurreição, porque tal como diz São Paulo: "Se morremos com Ele, com Ele também viveremos". Devemos depositar na Ressurreição de Jesus a esperança da nossa ressurreição.

Façamos nossas as palavras de Santo Afonso: «Meu amabilíssimo Jesus, graças Vos dou que pela Vossa morte adquiristes para mim o direito á posse de tão grande bem, e hoje, pela Vossa Ressurreição, avivais a minha esperança. Sim, espero ressuscitar no Último Dia, glorioso como Vós, não tanto por meu próprio interesse, mas para estar sempre unido a Vós e Vos louvar e amar eternamente».

Procuremos viver esta Oitava da Páscoa com a alegria que viveram as mulheres quando souberam que Jesus tinha Ressuscitado, fazendo crescer em nós a esperança da nossa ressurreição dos mortos.

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