"Raios de Luz"


terça-feira, 30 de abril de 2013

Maio, mês de Maria



Estamos a iniciar o mês de Maio, o mês mais alegre e festivo do ano. Parece ousado e até exagerado dizê-lo, mas talvez não o seja tanto assim!

Em primeiro lugar, em grande parte do mês de Maio celebramos ainda a alegria do Tempo Pascal. Depois, é o mês tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora e no qual se multiplicam as orações, procissões e outras celebrações em louvor da Virgem Mãe de Deus. É também em Maio que se celebra o Dia da Mãe, no primeiro Domingo do mês, no qual lembramos aquelas mulheres que nos conhecem e nos amam desde o início da nossa vida, antes mesmo de nascermos!

Em 1965, quando o mundo vivia uma onda de libertinagem camuflada de liberdade, o Papa Paulo VI escreveu a Encíclica «Mense Maio», na qual reafirma a importância da intercessão de Nossa Senhora em favor do mundo e da Igreja, em tempo de adversidades: «O mês de Maio leva-nos assim a orarmos com maior intensidade e confiança, e porque durante ele as nossas súplicas encontram mais fácil acesso até ao coração misericordioso da Virgem Maria, aprouve aos nossos predecessores escolher este mês consagrado a Maria para incitarem o povo cristão a orações públicas, todas as vezes que o requeriam as necessidades da Igreja ou algum perigo ameaçador que pairasse sobre o mundo».

Quis o Papa, em plena década de 60, mostrar que o mês de Maio dedicado a Nossa Senhora é uma excelente oportunidade para suplicar aos Céus a intervenção desta Medianeira para atenuar os perigos que ainda hoje pairam sobre a humanidade.

Mas para o povo de Portugal, há ainda mais uma razão de festa e de alegria neste mês de Maio. É o mês que Deus escolheu para começar a transmitir uma importante mensagem para a Igreja e para o mundo, com a primeira aparição de Nossa Senhora, em Fátima! Na verdade, é quase impossível pensar no mês de Maio e não nos lembrarmos de Fátima, dos peregrinos que para lá caminham, das belas celebrações da Cova da Iria, das emoções que naquele lugar bendito não cabem no nosso íntimo e manifestam-se, muitas vezes, no transbordar de lágrimas…

Tudo isto é belo, mas a devoção a Nossa Senhora não se pode resumir a uma mera ‘lembrança’ do que aconteceu em Fátima naquele mês de Maio de 1917, nem às emoções que nos acompanham quando chegamos àquele Santuário.

Em Fátima, a nossa Mãe do Céu pediu coisas muito concretas: a recitação diária do Terço do Rosário, a devoção ao Seu Coração Imaculado e sacrifícios e penitência pela conversão dos pecadores. Em ‘troca’, Nossa Senhora promete a paz para o mundo, a salvação de muitas almas e o triunfo do Seu Imaculado Coração.

Por tudo isto, a verdadeira devoção à Virgem Mãe não se pode ficar por uma mera lembrança do que aconteceu na Cova da Iria há quase 100 anos, mas passa primeiramente por um amor íntimo, interior e puro a Nossa Senhora. Um amor filial, confiante, de súbditos, mas sobretudo de filhos que querem colaborar com a Sua Mãe no plano de salvação que Deus tem para cada um de nós.

O Papa Francisco, na homilia da Missa celebrada no dia 17 de Abril, como grande devoto de Nossa Senhora, confiou a Santa Igreja à protecção de Maria Santíssima. Segundo o Papa “Ela é a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires, ela é a protagonista da protecção, é a mãezinha (...) Digamos com fé: “Sob a Vossa protecção, Mãe, está a Igreja. Cuidai da Igreja”.

A Mensagem de Fátima é exigente, mas é preciso ‘por mãos à obra’, pois o mundo precisa das orações e testemunhos dos filhos de Maria! Por isso, que tal começar por fazer o que Nossa Senhora mais pediu, ou seja, a recitação do Terço todos os dias do ano?

Todos os anos, Nosso Senhor concede-nos este mês para estimular a devoção à Sua Santíssima Mãe. Aproveitemo-lo bem!



Que este mês seja apenas um início na nossa caminhada na ‘Escola de Maria’,
  Mãe e Mestra dos Cristãos!

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