"Raios de Luz"


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

«Vai. A tua Fé te salvou»


No XXX Domingo do Tempo Comum, colocamo-nos diante de um encontro transformador: Jesus, face à súplica de um homem cego, manda-o chamar e ele, encorajado pelos que o rodeavam, vai cheio de confiança até Cristo.

A cegueira era considerada uma maldição de Deus. Mas a proximidade de Jesus dá ao cego a consciência de que a sua situação pode mudar. Recorre à fé, pois sabe no seu íntimo que sem a ajuda de Jesus, continuará envolvido pelas trevas. Por isso, deixa de pedir bens materiais e suplica: “Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim”. Este pedido não foi bem visto por alguns que o mandaram calar, mas ele, firme na fé, grita e implora ainda com mais força: “Filho de David, tem piedade de mim”!

Encorajado por outros, o cego anima-se, atira a capa fora e vai ter com Jesus. Este homem, que possuía pouco mais que aquela capa, deixa-a e, num salto cheio de determinação, vai ao encontro de Nosso Senhor e faz-Lhe outro pedido: “Mestre, que eu veja!”

“Vai. A tua fé te salvou”. E o cego recupera a visão, salvo pela fé. Assim se vê, que sem a humildade de reconhecermos que precisamos de seguir Jesus, não é possível chegar à fé que nos salva. E para chegar a esta Fé salvadora é preciso deixar tudo, como fez o pobre cego, que prescindiu do seu único bem: a capa que lhe cobria o corpo.

O mesmo Jesus de Nazaré que foi ao encontro do cego continua a chamar todos os ‘cegos na fé’ a verem a luz e a alcançarem a salvação. Ele deseja que os homens saiam das trevas do pecado, do desânimo, da descrença ou de falsas crenças, vindo ao nosso encontro constantemente. Importa não nos fecharmos ao Seu chamamento, surdos e cegos aos apelos que Ele nos faz todos dias.

E quantos ao nosso lado que permanecem ainda ‘cegos’ na Fé? Quantos ainda não descobriram esta necessidade de conhecer, acreditar e de seguir Jesus? Como conhecerão este Salvador, se ninguém O anunciar? Como reconhecerão a necessidade de salvação se não conhecem Aquele que salva e que dá a vida? É urgente que Jesus seja anunciado por nós àqueles que não O conhecem ou que não acreditam n’Ele.

Saibamos reconhecer a necessidade de termos uma fé viva e verdadeira em Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor, a fim de alcançarmos a salvação. Mas não fiquemos com esta descoberta só para nós. Partilhemos esta alegria de acreditar com os que nos rodeiam, contribuindo assim para que haja cada vez menos cegos na única Fé salvadora, que vem de Jesus e que nos é transmitida pela Igreja.

domingo, 21 de outubro de 2012

Dia Mundial das Missões

A Igreja celebra hoje, Domingo, dia 21 de Outubro, o Dia Mundial das Missões, que tal como afirma sua Santidade, o Papa Bento XVI na sua Mensagem para este dia, «Neste ano, a celebração do Dia Mundial das Missões reveste-se dum significado muito particular. A ocorrência do cinquentenário do início do Concílio Vaticano II, a abertura do Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos cujo tema é a nova evangelização concorrem para reafirmar a vontade da Igreja de se empenhar, com maior coragem e ardor, na missio ad gentes, para que o Evangelho chegue até aos últimos confins da terra.» (Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Missões 2012)

O Dia Mundial das Missões nasceu num clima muito favorável à causa missionária. No ano de 1922, quando foi eleito Papa Pio XI, o seu ardor deu um grande impulso à missão. Uns anos antes de instituir esta data, o Papa, na festa de Pentecostes de 1922, ano em que tinha sido eleito, interrompeu a sua homilia e, no meio de um silêncio impressionante, pegou no seu solidéu e fê-lo passar entre todos os bispos, presbíteros e fiéis presentes na Basílica de São Pedro, enquanto pedia a toda a Igreja ajuda para as missões.
Durante estes noventa anos em que se comemora o Dia Mundial das Missões, o anseio de anunciar Cristo, impeliu e continua a impelir, para que Jesus Cristo purifique e guie a vida da humanidade com a Sua presença.

O Santo Padre Bento XVI, afirma que a mensagem de Jesus «é sempre actual, penetra no próprio coração da história e é capaz de dar resposta às inquietações mais profundas de cada homem. Por isso a Igreja, em todos os seus componentes, deve estar ciente de que "os horizontes imensos da missão eclesial e a complexidade da situação presente requerem hoje modalidades renovadas para se poder comunicar eficazmente a Palavra de Deus"». (Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Missões 2012)

Desta forma, devemos questionar-nos sobre de que forma poderemos nós ajudar e colaborar nas Missões. Em primeiro lugar, o maior contributo é feito através da oração. É necessário que peçamos ao Senhor que suscite no coração de homens e mulheres o desejo de evangelizar e ajudar o próximo. Em segundo lugar, contribuindo da forma que nos for mais adequada, isto é, através da participação em campanhas ou na colaboração pessoal com as missões.
Nos nossos dias há uma grande necessidade de homens e mulheres que sejam capazes de dizer "sim" à vontade de Deus e de se entregarem à missão. O padroeiro da Juventude Mariana Vicentina, São Vicente de Paulo, dizia que podemos e devemos fazer missão "servindo a Cristo na pessoa do pobre, tendo Maria como Mãe e exemplo de vida".

Procuremos neste último dia da Semana de Oração pelas Missões, dedicar algum do nosso tempo à oração ou quem sabe, à colaboração física com a missão de ir e anunciar o evangelho a todas as criaturas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

«Quem quiser tornar-se grande, será servo de todos»


O Evangelho deste 29º Domingo do Tempo Comum lembra-nos, mais uma vez, que os planos de Deus são diferentes da lógica e dos planos do mundo. Jesus convida-nos a abandonar os nossos projectos pessoais de poder e de grandeza e dedicarmo-nos mais a fazer da nossa vida um serviço em favor do próximo.

São Tiago e São João aproximaram-se de Jesus e fizeram-lhe um pedido: «Concede-nos que, na Tua glória, nos sentemos um à Tua direita e outro à Tua esquerda». Os dois discípulos, com um pensamento meramente humano de grandeza, desconheciam que a glória de Jesus só se manifestará quando Ele passar pela morte na Cruz.

E nós, quantas vezes, como Tiago e João, não sabemos o que pedimos? Se quisermos estar com Jesus, um dia no Céu, teremos que escutar o que Ele respondeu aos discípulos: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado».

O cálice a que Jesus Se refere são as provações e humilhações deste mundo que Ele sofreu e que nós também, porque não somos maiores que Ele, devemos ter de sofrer. Jesus convida-nos a entregar a nossa vida, primeiro a Deus e depois aos outros, tal como Ele fez. É essa atitude que será decisiva para entrar na Sua glória. Como Cristo, só passando pela Cruz, morrendo para nós mesmos e vivendo para os outros é que mereceremos um dia a grandeza que tanto ansiamos. Não uma grandeza neste mundo, mas o tesouro do Céu.

É precisamente esta atitude de cristãos que nos distingue dos outros enquanto caminhamos nesta vida: Não desejar os poderes e as honras do mundo, mas fazer da nossa vida um serviço contínuo a Deus, cumprindo com a Sua vontade, e aos irmãos. Por isso Jesus diz-nos:

«Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: Quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos”.

Como cristãos, temos o dever de dar um testemunho de serviço no nosso espaço familiar, escolar, laborar, social ou pessoal. Como poderemos nós querer mais ser servidos em vez de servir, se toda a vida de Nosso Senhor, a quem dizemos seguir, foi uma permanente e total entrega a Deus Pai e de serviço aos outros? Jesus aponta mesmo o Seu exemplo: «O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».

Cristo entregou-se por cada um de nós. Como poderemos nós não estar dispostos a entregar a nossa vida por Seu amor e por amor dos que nos rodeiam?

Durante a próxima semana, meditemos neste amor que Jesus teve pela humanidade, a ponto de Se fazer homem, de sofrer, de Se humilhar e de morrer por nós. E depois, perguntemo-nos se temos correspondido verdadeiramente a este amor, seguindo o Seu exemplo de humildade e de abandono à vontade do Pai.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Recitação do Terço - 14 de Outubro

No passado Domingo, dia 14 de Outubro, a JMV Sobreiro, juntamente com a comunidade, celebrou a última aparição de Nossa Senhora em Fátima, com a recitação do Terço do Rosário na Igreja do Sobreiro.

Sendo o dia 13 de Outubro um dia de grande peregrinação a Fátima, uma vez que nesta data se assinala o fim das aparições da Santíssima Virgem na Cova da Iria, o Grupo de Jovens quis dar um ênfase especial a este dia. Assim, antes da recitação do Terço, foi encenada a última aparição de Nossa Senhora, tendo sido narrado também o Milagre do Sol.

Este momento de oração contou com a presença do Padre João Vergamota, responsável pelos jovens da Vigararia de Mafra, que fez uma notável e apelativa introdução, na qual disse que o Terço “é a melhor oração para louvar Nossa Senhora. Ao rezar o Terço estamos a responder expressamente ao apelo de Nossa Senhora, que mandou rezar o Terço todos os dias”.

Depois, desfez alguns “medos” infundados de se pensar que rezar o Terço todos os dias é dar mais destaque a Maria que a Jesus: “Não devemos ter medo de louvar em demasia a Virgem Santíssima, pois quanto mais honrarmos a Mãe, mais louvamos o Filho. Qual é o filho que não gosta de ouvir elogios à sua mãe? Jesus certamente sorri, por cada Avé-Maria que rezamos a Nossa Senhora.”

Enquanto cada Mistério era enunciado e meditado, os elementos do Grupo encenavam esse episódio relativo à vida de Jesus e da Virgem Maria, voltando para os seus lugares durante a recitação de cada dezena, rezada pelo Padre João.




Os cânticos, todos eles marianos, foram entoados pelo Grupo de Jovens, que contou também com a ajuda do seu assessor e sua esposa, ajudando assim a louvar com mais vozes e com mais entusiasmo a Mãe do Céu.

No quinto Mistério, no qual se meditou na Coroação de Nossa Senhora no Céu, o Padre e os acólitos ajoelharam-se em frente da imagem de Nossa Senhora de Fátima e assim ficou toda a comunidade em oração até ao final do Terço.

No final, foi rezada uma oração a Nossa Senhora, louvando-A pela Fé que teve durante toda a Sua vida terrena, nos momentos de alegria e de tristeza, confiando-Lhe também o Ano da Fé que se iniciou no passado dia 11 de Outubro.

Depois da bênção e do cântico final - Avé de Fátima - os jovens juntaram-se ao seu assessor e ao Padre João, com os quais tirou uma fotografia de Grupo aos pés da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, como filhos que se juntam em família, em redor da Mãe.



sábado, 13 de outubro de 2012

O apelo de Fátima: «Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor»


A Mensagem de Fátima não é difícil de compreender. Os pedidos de Nossa Senhora foram de oração, reparação, arrependimento, aceitação do sacrifício e desistir do pecado.


A Virgem Santa Maria explicou aos Pastorinhos a importância de se sacrificarem pelos pecadores bem como da oração em reparação pelas ofensas cometidas contra Deus. 

Os três pequenos videntes perceberam desde logo que Deus estava “horrivelmente ofendido pelos pecados dos homens”. Tal como em 1917, Nosso Senhor continua, nos dias de hoje, a ser constantemente ofendido. Mas Ele não desiste de nós e deseja que a humanidade abandone o pecado  e faça reparação pelos seus crimes através de orações e sacrifícios.

 Já naquele tempo, no início do século XX, se começava a perder o sentido do pecado. A ideologia ateísta ganhava cada vez mais força e a Igreja sofria graves perseguições por ser considerada "inimiga do progresso e da liberdade". Ao mesmo tempo, a I Mundial fazia milhões de vítimas. Neste contexto, veio o pedido de Nossa Senhora, na última aparição em Fátima, a 13 de Outubro de 1917: "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido!”

Este pedido da Mãe do Céu impressionou de tal maneira os Pastorinhos, que passavam tardes e por vezes noites inteiras a rezar pela conversão dos pecadores e em reparação das ofensas cometidas contra Deus e contra o Imaculado Coração de Maria.

Uma noite, o pai do Francisco ouviu-o soluçar e encontrou-o de joelhos no quarto a rezar. Perguntou-lhe porque chorava, ao que ele respondeu: “Pensava em Jesus que está tão triste por causa dos pecados que se cometem contra Ele”. O Beato Francisco Marto vivia movido pelo único desejo de “consolar e dar alegria a Jesus”.

A Jacinta tinha uma grande pena e um grande amor pelos pecadores, desejando ardentemente a sua salvação. Antes do irmão partir para o Céu, disse-lhe: “Dá muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores”.

Nestas duas vidas, apesar de breves, espelha-se grande parte da Mensagem de Fátima: Rezar pela conversão dos pecadores e em reparação dos pecados cometidos contra Deus.

E que mensagem é esta, senão a do Evangelho?

Jesus apela continuamente à conversão: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 15) e convida a aceitarmos os sacrifícios e sofrimentos:  “Se alguém quiser seguir-Me tome a sua cruz e siga-Me” ((Lc, 9, 23);

São Paulo também exorta a oferecermo-nos a Deus em sacrifício e a não nos iludirmos com as coisas deste mundo: “Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com o mundo. (Rm 12, 1-2)

A mensagem da Santíssima Virgem em Fátima é tão actual hoje como o era no início do século passado. Aliás, é muito mais actual! Se a ideia de pecado começava a perder o sentido em 1917, na sociedade de hoje parece não mais existir consciência do que é ou não pecado! E as ofensas a Deus multiplicam-se, pois o mundo continua surdo à voz de Maria Santíssima.

“Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”. Temos feito caso das palavras de Nossa Senhora? Temos feito tudo para consolar Nosso Senhor, como o Francisco e em desejar a salvação dos pecadores como a Jacinta?

Aproveitemos este dia para meditarmos no pedido urgente e triste da nossa Mãe do Céu. Ofereçamos hoje o Terço a Nossa Senhora por aqueles que não conhecem Deus, pelos que não acreditam n’Ele e pelos que não O amam.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

«Quem poderá então salvar-se?»

Neste Domingo, o XXVIII do tempo comum, Jesus encontra um homem rico que lhe pergunta o que deve fazer para alcançar a vida eterna. Nosso Senhor faz-lhe-lhe então um convite radical: Vender tudo o que tem, dar esse dinheiro aos pobres e segui-Lo, para conseguir um ‘tesouro no Céu’, ou seja, a vida eterna.

Mas perante tal exigência e por causa da sua riqueza, o homem vai-se embora, triste e de semblante pesado, pois era muito rico e não estava disposto a desfazer-se dos seus bens materiais para seguir Jesus. Certamente pensou que Cristo estava a ser demasiado exigente...

Jesus aproveita este episódio para deixar uma lição aos discípulos. Diz-lhes que será difícil aos que estão apegados às riquezas e às coisas deste mundo entrar no Céu. Diz mesmo que "é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha que um rico entrar no Reino de Deus!" (Mc 10, 17-25)

Os discípulos questionam-se: ‘Quem poderá então salvar-se?’. Mas Jesus reaviva a esperança da salvação, dizendo: ‘Aos homens é impossível, mas não a Deus’.

Só confiando em Deus e na Sua bondade poderemos ter acesso à Vida Eterna. Perante a pergunta dos discípulos: “Quem poderá salvar-se?”, admirados com as exigências que Cristo, é acendida neles a chama da esperança e Jesus lembra que a Deus nada é impossível, até mesmo salvar um grande pecador que converta sinceramente o seu coração.

Apenas Deus, na Sua misericórdia, pode conceder a graça da salvação a quem n’Ele confia. Jesus confirma, nesta passagem, que a salvação nunca vem dos homens e que estes não são auto-suficientes para se salvarem. É Deus que nos dá as graças necessárias para colaboramos com Ele no Seu plano de salvação.

Finalmente, Jesus afirma que, para conseguirmos a vida eterna, é necessário segui-Lo. E diz que todo aquele que abandone tudo o que tem para o seguir e que suporte sofrimentos e perseguições por Sua causa, merecerá a glória eterna do Céu.


Nesta semana, Nosso Senhor convida-nos a meditar sobre o que queremos ser neste mundo. Perguntemo-nos se temos sido cristãos por inteiro, deixando tudo o que é supérfluo para O seguir, vivendo segundo os preceitos de Deus e da Igreja e realizando a Sua vontade ou se, pelo contrário, deixamos que as nossas riquezas terrenas (materiais, afectivas ou espirituais) valham mais que a Vida Eterna para a qual Deus nos destinou.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Início do Ano da Fé


“Somos chamados a crescer na Fé e a acolher este dom de Deus. E crescemos na Fé quando temos o desejo de encontrar o caminho da salvação.” 

A Igreja Católica inicia hoje, por vontade do Santo Padre Bento XVI, um ano totalmente dedicado à Fé. Mas o que pretende o Sumo Pontífice com a proclamação deste ano? O Papa deseja, acima de tudo, que os católicos conheçam o essencial da Fé cristã para a testemunharem e transmitirem fielmente, contribuindo assim para que a mensagem de Jesus chegue a todos os povos.

É curioso que, num mundo onde as tecnologias da comunicação são cada vez mais sofisticadas, os valores do Evangelho parecem ser cada vez menos conhecidos e difundidos! Como se explica que, nos tempos passados, sem internet, sem rádio, sem livros, sem televisão ou jornais, a Fé Católica se espalhasse tão rapidamente? E hoje, que temos tudo isso, como se explica que se fale cada vez menos de Deus e que a Fé da Igreja seja cada vez menos conhecida?

O Papa afirma que isto sucede porque os cristãos sentem maior preocupação com as questões sociais, culturais e políticas do que com a própria Fé. Nos dias de hoje, é notório um afrouxamento e uma indiferença no que respeita à Fé, uma vez que “em grandes regiões do mundo, a nossa Fé corre o risco de se apagar como uma chama que já não encontra alimento. Este é o maior desafio para a Igreja hoje”. (Discurso do Papa à Congregação para a Doutrina da Fé, 27 de Janeiro de 2012)

Rezemos a Nossa Senhora, na abertura desta Ano da Fé, para que cresça em nós o desejo de conhecer cada vez mais e melhor a Fé da Igreja que professamos e que nos dê força e coragem para a testemunharmos com a vida, para glória de Seu Filho Jesus Cristo que quer ser conhecido e amado em toda a Terra, para que todos se salvem.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Recitação do Terço dia 14 de Outubro

No próximo dia 14 de Outubro a JMV Sobreiro convida toda a comunidade a reviver os acontecimentos do dia 13 de Outubro de 1917 na Cova da Iria. Há 95 anos atrás, milhares de pessoas, crentes e não crentes, rumaram até Fátima, uns para reforçar a sua fé e outros "apenas para ver".

A Virgem Mãe, sob o título de Nossa Senhora do Rosário de Fátima apelou  à Oração do Terço todos os dias através dos três pequenos Pastorinhos (Lúcia, Francisco e Jacinta). Hoje, somos convidados a rezar diante da Mãe de Deus, a Senhora da Azinheira.

A razão pela qual este momento de oração é feito dia 14 e não no dia comemorativo da Aparição prende-se com o facto de dia 13 de Outubro ser a abertura oficial do Ano da Fé a nível nacional, em Fátima.

O Santo Padre, na Oração do Angelus do passado Domingo, dia de Nossa Senhora do Rosário, disse que "Com o Rosário, deixamo-nos guiar por Maria, modelo de fé, na meditação dos mistérios de Cristo, para que a cada dia, possamos assimilar o Evangelho, de tal forma que modele toda a nossa vida”.

O Grupo de Jovens do Sobreiro preparou uma encenação da Aparição de Outubro e dos Mistérios do Rosário. Acima de tudo, esta iniciativa pretende incentivar a Comunidade do Sobreiro e todos os que a nós se quiserem juntar, a rezar o terço todos os dias, tal como Nossa Senhora pediu.

Contamos com a presença de todos!


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Uma família que reza unida, permanece unida"


No Evangelho deste XXVII Domingo do Tempo Comum, Jesus é posto à prova pelos fariseus, que Lhe perguntam se é legítimo a um homem abandonar e separar-se da sua mulher, para poderem ter um motivo para O condenar. Mas Nosso Senhor aproveita esta provação para nos apresentar o projecto ideal de Deus para o homem e para a mulher que se amam, respondendo com a passagem do Génesis que escutamos também na I Leitura da Missa: “Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne”.  

O homem e a mulher foram criados um para o outro, para se completarem, para se amarem e para constituírem família, estando totalmente receptivos para gerarem e educarem os filhos que Deus quiser enviar-lhes. 

Nos dias de hoje, cada vez se assiste a um aumento de relações passageiras, sem compromisso, sem o devido respeito pelo próprio corpo nem pelo do outro. Mesmo entre casais unidos pelo Sacramento do Matrimónio, assistimos a um aumento do número de divórcios e conflitos familiares. 

A separação de um homem e de uma mulher unidos pelo Matrimónio pode ter muitas causas, das mais válidas às mais mesquinhas, mas a maior parte delas deve-se ao facto de os valores que deviam reger a sociedade estarem constantemente a ser atacados e banalizados.

Nos meios de comunicação é frequente passarem telenovelas, filmes e programas que incitam à traição e à separação; a opinião pública tem-se esforçado por apresentar o fracasso do amor como uma realidade normal, sendo o divórcio um processo legal extremamente facilitado actualmente; há cada vez menos apoio para as famílias numerosas e os métodos contraceptivos são quase como o “terceiro elemento” do casal…

Mas, para nós, cristãos, o fracasso do amor não é uma normalidade, mas uma situação que requer ponderação, acompanhamento e, acima de tudo, oração! O Papa João Paulo II, na sua Carta Apostólica sobre a importância da oração do Rosário - Rosarium Virginis Mariae, p.41 – afirmou que “a família que reza unida, permanece unida”. 

De facto, esta prática da oração em família tem vindo a desaparecer. Quantas famílias, em tempos passados, não iam dormir sem rezar o Terço? E outras tantas que não começavam a comer sem estarem todos reunidos para a oração? Por acaso não haveria também problemas tão ou mais graves que os de hoje, em tempos de guerra, de fome, de doenças? Quantos problemas familiares se terão superado devido a essa prática?

A família cristã que permanece unida, apesar de todos os problemas, reflecte o amor de Deus por nós e é o melhor e mais belo testemunho cristão que se pode dar neste mundo que exalta o facilitismo, a saída mais fácil e o egoísmo do amor-próprio.

E se, durante a próxima semana, rezássemos o Terço em família? Não custará muito convidar os avós, os pais, os irmãos e substituir meia hora de televisão por um tempo de oração a Nossa Senhora, rezando Àquela que é a Rainha das Famílias a oração que Lhe é mais agradável!

Fica o desafio!

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