"Raios de Luz"


sábado, 31 de dezembro de 2011

Mãe de Deus



A Virgem Maria é venerada como "Mãe de Deus" (Theotokos) desde os começos da Igreja. Nas catacumbas romanas, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar Missa nos tempos das perseguições, há pinturas datadas do século I com essa invocação: Maria, Mãe de Deus. No entanto, a proclamação dogmática desta Verdade de Fé só ocorreu no século IV.

O título 'Mãe de Deus' é o principal e o mais importante da Virgem Maria, e dele dependem todos os demais títulos, qualidades e privilégios que Ela tem.

Foi o Papa Paulo VI que determinou a celebração desta Solenidade na quadra do Natal, precisamente no dia da Oitava, que coincide com o começo do ano civil. Com esta Solenidade, a Igreja deseja consagrar o novo ano à Santíssima Virgem, pedindo-Lhe protecção e auxílio.

Tal como em Maria, Deus recorda-nos, no início do ano, que está disposto a fazer maravilhas em nós e através de nós, se Lhe dermos mais espaço e se meditarmos melhor no nosso coração sobre os apelos que Ele nos faz.

A Mãe Imaculada "guardava todas as coisas, meditando-as no Seu coração". Também nós, nas nossas vidas, somos chamados a imitar Maria e a estar atentos ao plano que Deus tem para cada um.

A Vós, Mãe de Deus e Rainha da Paz,
confiamos o novo Ano de 2012 e toda a Juventude Mariana Vicentina!

O Centro Local do Sobreiro deseja a todos um
BOM ANO NOVO!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sagrada Família, modelo das Famílias cristãs

No primeiro Domingo depois do Natal, a Igreja celebra a festa da Sagrada Família. Ensina-nos o Catecismo da Igreja Católica: "Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada Família, José e Maria."

O Concílio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de "Ecclesia domestica", isto é, "Igreja doméstica". É no seio da família que os pais são "para os filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros mestres da fé". 

A Família de Nazaré sempre foi e sempre será o modelo para todas as famílias cristãs. Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projecto é fazer a vontade de Deus.

A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual todos devemos aprender e viver nos nossos lares:

Jesus é o filho obediente, como nos relata São Lucas, "e Ele lhes era submisso" (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o Quarto Mandamento da Lei de Deus.

Maria é a mulher submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço de Deus: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra" (Lc 1,38). A vontade d' Ela é a vontade de Deus; o plano d' Ela é o plano de Deus.

José é o pai e esposo fiel e trabalhador, homem "justo" (Mt 1, 19), homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este.

A Sagrada Família ensina aos homens de hoje que a família – segundo o plano de Deus – deve ser formada por um casal e sua descendência: um homem e uma mulher, que geram os seus filhos; Não são de Deus as "famílias alternativas" que os tempos de hoje nos querem propor. Qualquer "família" que não esteja enquadrada neste plano de Deus torna-se numa caricatura da verdadeira família.

O conceito cristão de família só se poderá reencontrar se a sociedade tiver como modelo a Sagrada Família de Nazaré e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde e amoroso. 

Sem isso, não haverá verdadeira família, nem sociedade feliz.

sábado, 17 de dezembro de 2011

"A Virgem conceberá e dará à luz um Filho"

“A Virgem conceberá.”

É em Maria que Deus cumpre a Sua promessa. Depois de profetizada no Génesis como Aquela que esmagaria a cabeça da serpente infernal, pelo Seu “SIM”, Ela tornou-se a Nova Arca da Aliança, onde o Verbo Se fez carne.

Tudo o que em Jesus há de humano, quis recebê-lo de Maria. A partir da Encarnação do Verbo Divino, proclamada no Evangelho deste IV Domingo do Advento, Maria passa a ser o lugar normal de encontro com o Senhor.

Ao saudar Maria, o Anjo trata-A como «a cheia de Graça», Aquela que nunca esteve privada da graça e que tinha recebido todos os privilégios que lhe foram concedidos em virtude de ter sido escolhida para Mãe de Deus.

Conceberás e darás à luz um Filho”. Deus propõe, através do Seu mensageiro, que aceite ser a mãe de um Filho especial. Desse filho, diz-se que Ele chamar-se-á Jesus.

À inquietação de Maria – “Como se fará isso, se não conheço homem?” - que quer permanecer toda pura e imaculada, o Anjo explica:O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra”.


Finalmente, Maria profere a frase que mudará o curso da História: “Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua palavra”.

A Virgem concebeu então o Filho de Deus no Seu seio puríssimo, permanecendo virgem antes, durante e após o parto. Sem este Fiat, este consentimento de Maria - “Sim, faça-se” - com a consequente Encarnação do Verbo de Deus no Seu seio, a Redenção do género humano não seria possível.

Os homens de hoje têm duas dificuldades principais para aceitar este mistério: porque um mistério permanece sempre como tal, difícil ou impossível de compreender; e porque, com os olhos impuros, só descobrem o valor da carne.

Neste IV Domingo de Advento, que precede o Natal de Jesus, o relato do Mistério da Encarnação mostra como é possível fazer Jesus nascer no mundo: através de um “sim” incondicional aos projectos de Deus. É preciso que, através do nosso “sim” de cada instante, da nossa disponibilidade e entrega a Deus e aos outros, façamos do nosso coração uma manjedoura acolhedora para Jesus nascer.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mãe do Príncipe da Paz


Hoje é dia 13 de Dezembro, dia Mariano e, por isso, rezamos o Terço a Nossa Senhora pedindo, por Sua intercessão a Paz de Cristo para a Igreja e pelo mundo.

"O Filho Eterno do Pai tomou por Maria a nossa mesma carne e, através d'Ela, tornou-se "filho de David e filho de Abraão" (Mt 1,1). Maria é, portanto, Sua verdadeira Mãe: Theotókos, Mãe de Deus!

Se Jesus é a Vida, Maria é a Mãe da Vida. Se Jesus é a Esperança, Maria é a Mãe da Esperança. Se Jesus é a Paz, Maria é a Mãe da Paz, Mãe do Príncipe da Paz.

Não existe paz sem justiça, não existe justiça sem perdão. Que esta verdade se imprima no coração de todos. A família humana poderá assim encontrar a paz verdadeira, que brota do encontro entre a justiça e a misericórdia."

Nossa Senhora, Mãe do Príncipe da Paz, rogai por nós!


domingo, 11 de dezembro de 2011

"Ele não era a Luz..."

A missão de João é “dar testemunho da luz”. A “luz” representa a realidade que vem de Deus e com a qual Deus Se propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de felicidade total. João não actua por sua própria iniciativa, mas em resposta à escolha divina e para concretizar uma missão que Deus lhe confiou.

Por outro lado, embora enviado por Deus, João não é a luz – isto é, ele não tem a capacidade de eliminar as trevas que escurecem a vida dos homens, porque não tem a capacidade de dar vida aos homens. João é apenas “a testemunha” que tem a missão de preparar os homens para acolher Esse que vai chegar é que será a Luz e a Vida.

A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a endireitar “o caminho do Senhor”. É um convite a deixar as trevas e a nascer para a luz. Aceitar este convite implica abandonar todo o pecado: a mentira, os comportamentos egoístas, as atitudes injustas, os gestos de violência, os preconceitos, a discriminação injusta, o comodismo, a auto-suficiência, tudo o que suja a nossa vida, que nos torna escravos e que nos impede de chegar à verdadeira felicidade, que é Deus.

Quando nos instalamos no nosso comodismo, no nosso bem-estar, na nossa auto-suficiência, fechamos as portas a Deus, que é a Luz, e permanecemos a viver nas trevas. Desta forma, não reconheceremos Jesus quando Ele vier ao nosso encontro e não O deixaremos entrar na nossa vida.

A Liturgia deste III Domingo do Advento convida-nos assim a abrir o coração ao desafio que Deus nos faz de abandonarmos as trevas e deixarmos que esta Luz nos ilumine e guie os nossos passos.

Fonte (Adaptado)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Uma voz clama do deserto:


João falava forte. Ele era a voz. Apareceu no deserto a proclamar um baptismo de penitência para remissão dos pecados. De acordo com a catequese judaica, o Messias só chegaria quando o Povo de Israel realizasse um caminho de purificação e de conversão, de forma a tornar-se um Povo santo.

O estilo de vida de João constitui uma interpelação pelo menos tão forte como as suas palavras. O convite à Penitência e conversão proposto pelo Precursor deve ser entendido como um convite à mudança radical de vida, de comportamento e de mentalidade. O tempo do Advento é tempo favorável para responder a este apelo de mudança que nos propõe o Evangelho deste II Domingo do Advento: “Preparai os caminhos do Senhor”.

Converter o coração e mudar de vida é preparar o caminho para a vinda de Jesus. Como nos situamos face a este convite de conversão, quando estamos habituados a um estilo de vida que contradiz, claramente, este apelo do Evangelho?

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