"Raios de Luz"


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Reunião de início de actividades da JMV Sobreiro

No passado Sábado, a JMV Sobreiro deu início ao novo Ano Pastoral. Após um cântico inicial, o Grupo reflectiu sobre alguns textos, excertos de dois livros de São Josemaria Escrivá sobre a pessoa de Jesus Cristo e sobre os passos para a Ele chegarmos. Este Santo propõe quatro patamares para chegar a Jesus e vivermos n’Ele: Procurá-Lo, encontrá-Lo, conhecê-Lo e amá-Lo.

Percebemos que muitas vezes procuramos Jesus, mas nem sempre o encontrámos. Ou porque não O procuramos nos sítios certos ou não O reconhecemos onde Ele está. Mas, como diz São Josemaria, o desejo de procurar e conhecer Jesus já é um passo para O estarmos a amar. E isso dá-nos ânimo!
Seguidamente, rezaram-se três Avé-Marias por algumas intenções do Grupo e em agradecimento do ano que terminou. Depois de uma oração a Nossa Senhora, na qual se pediu para que Ela nos acompanhe e nos livre dos perigos, pelo Santo Padre, pela conversão dos pecadores e pelos que não conhecem Jesus, foi entoada a antífona inicial do Hino mariano Akathistos’, em louvor à Mãe de Deus.
Foi então feita a avaliação do ano que passou, sector por sector, e surgiram novas propostas para o Sector de Formação deste novo ano. Uma vez que, no ano que terminou, as formações foram no âmbito da Fé e Doutrina, o Grupo mostrou-se interessado em ter como objectivo de formação as questões ligadas à Moral, sexualidade e a defesa da Vida Humana. Assim, o tema sugerido pelo Grupo para este Ano pastoral para as sessões de formação será: Com(o) Maria, para a Vida e pela Vida’.
Estas questões são cada vez mais pertinentes e, como jovens católicos, devemos dar testemunho e respostas concretas e firmes, com os conhecimentos que vamos adquirindo, na defesa da Vida Humana e da Moral Cristã.
Foi ainda traçado, em linhas gerais, um calendário para este novo ano e discutidas questões mais práticas ligadas ao Sector da Caridade e Sector da Liturgia. Assim, apercebemo-nos do quão importante está a ser o nosso auxílio para com os idosos do Lar e Centro de Dia do Sobreiro, ao possibilitá-los de se deslocarem à Igreja para a Missa, aos Domingos, e a nossa colaboração no acompanhamento aos mesmos em peregrinações a Fátima ou outros eventos que, de outra forma, seria difícil que pudessem participar.
Será uma actividade, entre outras, que desejamos manter e, com o esforço de todos, melhorar ainda mais!
Contamos com a poderosa intercessão de Nossa Senhora, Mãe do Autor da Vida, e com as orações de todos para que todo o nosso trabalho, durante este ano, seja para unicamente para a “maior glória de Deus, louvor da Santíssima Virgem e salvação das almas!”

«Os velhos e as crianças são o futuro de um povo!»

«Os povos que não cuidam dos seus velhos e das suas crianças não têm futuro, porque não têm nem memórias, nem promessas! Os velhos e as crianças são o futuro de um povo! Normalmente, o que se faz? Às crianças, tranquilizam-se com um caramelo, com um jogo: “Toma, vai! Faz, faz”. E aos idosos, não os deixam falar, nem dar os seus conselhos: "Elessão velhos, coitados...".

Como os discípulos, desejamos uma Igreja que vá para a frente, sem problemas. Isto pode ser uma tentação. A Igreja do funcionalismo! A Igreja organizada! Mas uma Igreja sem memória e sem promessas de um futuro! Esta Igreja não irá adiante: será a Igreja da luta pelo poder, será a Igreja do ciúme entre os baptizados e muitas outras coisas más que estão lá quando não há memória do passado e nenhuma promessa do futuro.
A vitalidade da Igreja não é dada por documentos e reuniões para fazer planos e fazer as coisas bem. Estas coisas são realmente necessárias, mas não são o sinal da presença de Deus.

O sinal da presença de Deus é este: Nas praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas; levando cada um, na mão, o seu cajado, por causa da sua muita idade. E as ruas da cidade encher-se-ão de meninos e meninas, que nelas brincarão’. [Zacarias 8, 4-5]
Os jogos lembram-nos da alegria. E a alegria vem do Senhor. E essas pessoas de idade, sentadas calmamente com a vara na mão, lembram-nos a paz. Paz e alegria: É este o ar da Igreja!»

domingo, 29 de setembro de 2013

São Miguel, defendei-nos no combate

O dia 29 de Setembro é o dia litúrgico de São Miguel, São Gabriel e São Rafael, Arcanjos. Este ano, por ser ao Domingo, a sua celebração dá lugar à Missa do XXVI Domingo do Tempo Comum, mas não podemos deixar de nos lembrar destes Anjos tão poderosos e importantes para a Igreja Triunfante e para a Igreja que ainda peregrina na Terra, especialmente São Miguel.

São Miguel, cujo nome significa ‘Quem como Deus?’ é o príncipe dos Arcanjos. A Tradição da Igreja, inspirada nas Escrituras, mostra-nos que São Miguel combate por nós na luta contra o Demónio. Foi este Arcanjo que expulsou Lúcifer do Paraíso, quando este último se revoltou contra Deus, como podemos ler no Livro do Apocalipse (Ap. 12,7).

Dizem os Padres da Igreja que existem duas realidades que fazem tremer o Demónio: São Miguel e a Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

Na verdade, muitos Papas ao longo do tempo confirmaram este importante papel de São Miguel na luta contra o Mal. O Papa Leão XIII, no final do século XIX teve mesmo uma visão, facto que o levou a escrever pelo próprio punho uma oração para ser rezada por todos os sacerdotes no final da Santa Missa, para que São Miguel combatesse os espíritos malignos que tudo fazem para que as pessoas caiam no pecado.

Recentemente, no dia em que publicou a sua primeira Encíclica 'A Luz da Fé’, o Papa Francisco inaugurou e abençoou no Vaticano uma imagem de São Miguel, na presença do saudoso Santo Padre Bento XVI, consagrando a Santa Sé e a Igreja à protecção deste Arcanjo e à intercessão de São José. Nesse momento, o Papa afirmou:

«Miguel luta para restabelecer a justiça divina; defende o povo de Deus dos seus inimigos e, sobretudo, do Inimigo por excelência, o Diabo. E São Miguel vence porque é Deus que age nele. O mal é vencido, o acusador é desmascarado e a sua cabeça esmagada, porque a salvação foi realizada de uma vez por todas pelo sangue de Cristo. Embora o Diabo sempre tente arranhar o rosto do Arcanjo e o rosto do homem, Deus é mais forte».

Neste dia, será bom que nos lembrássemos de rezar a oração que o Papa Leão XIII escreveu a pedir a protecção do Arcanjo São Miguel nas tentações do Maligno:

São Miguel Arcanjo,
defendei-nos no combate;
sede o nosso escudo contra as maldades
e ciladas do Demónio.
Subjugue-o Deus,
instantemente vos pedimos.

E Vós, Príncipe da Milícia Celeste,
pelo poder Divino,
precipitai no Inferno Satanás
e os espíritos malignos
que andam pelo mundo
para perder as almas.

Assim seja.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Domingo XXVI do Tempo Comum

A Liturgia do próximo Domingo, o XXVI do Tempo Comum, representa mais uma etapa do “caminho de Jerusalém”, que nos deve ajudar a meditar sobre este nosso caminho no mundo até à Jerusalém Celeste. A história do rico e do pobre Lázaro trata-se de uma catequese em que se aborda o problema da relação entre o homem e os bens deste mundo.


A parábola narrada por Jesus no Evangelho mostra-nos um rico que vive luxuosamente e que celebra grandes festas e um pobre de nome Lázaro, que tem fome, vive miseravelmente e está doente, cheio de feridas que eram lambidas por cães. No entanto, a morte dos dois inverte totalmente a situação. O pobre Lázaro, levado por Anjos, vai para junto de Abraão, para o lugar dos justos, enquanto o rico vai para um lugar de fogo e tormentos.  

Jesus ensina, com esta parábola, que não somos donos dos bens que Deus colocou nas nossas mãos, ainda que os tenhamos adquirido de forma legítima: somos apenas administradores, encarregados de partilhar com os irmãos aquilo que pertence a todos. Esquecer isto é viver de forma egoísta e, por isso, estar destinado ao fogo e aos tormentos.

Na segunda parte da parábola, Nosso Senhor apresenta o caminho seguro para aprender e assumir a atitude correcta em relação aos bens: O rico ignorou e desprezou o que a Palavra de Deus determinava - ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’ - e isso é que decidiu a sua sorte, uma vez que ele não quis escutar as interpelações da Lei de Deus e não se deixou transformar pelo convite que Deus nos vai fazendo para cumprirmos os Seus preceitos.

O final do Evangelho é bastante elucidativo da dureza de coração daqueles que recusam e negam Deus obstinadamente, não acreditando na Sua Palavra: Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’.

Assim, podemos concluir que a Palavra de Deus – transmitida pela Igreja na Sua Doutrina - é a única que pode fazer com que o homem corrija as opções erradas, saia do seu egoísmo e aprenda a amar e a partilhar.


PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA

Entrada: Tudo quanto nos fizestes, Senhor - CEC II, pág. 123-124 [partitura]
Ofertório: Senhor, nós Vos oferecemos - Benjamim Salgado [partitura]
Comunhão: Vós sereis Meus amigos - NCT 28 [partitura]
Pós-Comunhão: Felizes os pobres - Pe. Manuel Luís [partitura]
Final: Magnificat [partitura]

CEC II - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol II
NCT - Novo Cantemos todos

São Vicente de Paulo e o seu testemunho de fé

A Igreja celebra hoje a Memória Litúrgica de São Vicente Paulo, o patrono das obras de caridade e um exemplo de entrega ao serviço dos mais necessitados que serve para nós, Juventude Mariana Vicentina, como testemunho de fé e de caridade.

A Juventude Mariana Vicentina, tem como seus dois grandes pilares a figura da Virgem Santa Maria e de São Vicente de Paulo. Este santo que a Igreja hoje recorda, referindo-se à oração do Terço e à devoção a Nossa Senhora, diz-nos:

«O Terço é uma oração muito eficaz, se a rezarmos bem. Há quatrocentos ou quinhentos anos que Deus inspirou a São Domingos a oração do Terço. Os Papas, ao notarem a importância desta oração, propagaram-na entre os cristãos, principalmente as pessoas simples... E assim se unem tantas almas santas para louvar a Deus e a Santíssima Virgem» - (Conferência as Irmãs, 8 de Dezembro de 1658)

Procuremos com exemplo de São Vicente de Paulo, pautar a nossa vida com o amor e devoção à Virgem Maria, por ele defendido e aconselhado, procurando também actuar com caridade para com os mais necessitados. Mais do que agir por solidariedade, São Vicente ensina-nos a termos compaixão dos pobres e necessitados, ou seja, a "sofrer com o irmão".


Rezemos pois: «Senhor, Deus de bondade, que enriquecestes o presbítero São Vicente de Paulo com virtudes apostólicas para se entregar ao serviço dos pobres e à formação dos pastores do vosso povo, concedei-nos que, animados pelo mesmo espírito, amemos o que ele amou e pratiquemos o que ele ensinou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen»


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bento XVI responde a matemático italiano

O Papa Bento XVI escreveu ao matemático e escritor italiano Piergiorgio Odifreddi, que em 2011 publicou a obra ‘Caro Papa, escrevo-te’, para responder a algumas das suas críticas e questões sobre Jesus, sobre a Igreja e os problemas de pedofilia.

A resposta de Bento XVI, parcialmente divulgada hoje pelo jornal italiano ‘La Reppublica’, assume uma crítica firme, mas franca, às posições de Odifreddi sobre a historicidade de Jesus e a relação entre a Teologia e o mundo científico.

Mesmo não estando actualmente a ocupar a Cátedra de Pedro, o Santo Padre dá um belíssimo e comovente testemunho de Fé, respondendo à altura da carta enviada pelo matemático:

«O que diz a respeito de Jesus não é digno do seu nível científico. Se pergunta quem é Jesus, se afinal de contas não sabemos nada sobre ele como uma figura histórica, não determinável, então eu só posso convidá-lo a ser um pouco mais competente do ponto de vista histórico. Recomendo-lhe especialmente os quatro volumes de Martin Hengel (exegeta da Faculdade de Teologia protestante de Tübingen) publicados juntamente com Maria Schwemer, que são excelentes exemplos de precisão e informações históricas. Diante disso, o que diz sobre Jesus é um discurso irresponsável que não deve repetir».

Além disto, o Sumo Pontífice que vive agora recolhido em oração, ainda demonstra a sua humildade ao justificar a sua actuação no combate à pedofilia:

«Com profunda consternação, eu procurei desmascarar estas coisas: que o poder do mal penetre até este ponto no mundo interior da fé é um sofrimento para nós. A Igreja vai fazer todos os possíveis para que tais casos não se repitam».

Que bom seria se todos os Pastores de almas falassem assim, de maneira clara e objectiva, quando o rebanho ou a Fé da Igreja são atacados!... Obrigado, mais uma vez, Santo Padre!

E Bento XVI deixa um remate final duro, mas muito verdadeiro, não só para este matemático, mas para todos os que fazem da razão e do humanismo a sua fonte única de entendimento da realidade:


«A sua ‘religião matemática’ não tem qualquer informação sobre o mal. Uma religião que descura estas questões fundamentais da existência humana, como a liberdade, o amor e o mal, fica vazia».


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Padre Pio explica o que é a Santa Missa

Hoje a Igreja celebra a Memória de São Pio de Pietrelcina, mais conhecido pelo Santo Padre Pio.

Este sacerdote, frade Capuchinho, que nasceu em 1887 e morreu no dia 23 de Setembro de 1968 em Itália, foi um grande místico, recebendo no seu corpo – mãos, pés e peito – os estigmas da Paixão de Jesus, que lhe causaram dores terríveis e sofrimentos físicos e espirituais indescritíveis.

Era um santo muito devoto de Nossa Senhora e do Santíssimo Sacramento. Vale a pena ler um excerto de uma entrevista que lhe foi feita e aprender com ele – cujas Missas chegavam a durar mais de 4 horas – o que realmente acontece neste Santíssimo Sacramento do Amor, no qual Jesus se oferece no Altar, tal como na Cruz, pela nossa salvação:


- Padre, como devemos estar durante a Santa Missa?
- Tal como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu São João Evangelista à Última Ceia e ao Sacrifício cruento da Cruz, no Calvário. 



- Sr. Padre, que benefícios recebemos ao assistir à Santa Missa?
- Não se podem contar. Vê-lo-ás no Céu. Quando assistires à Santa Missa, renova a tua Fé e medita na Vítima que se imola por ti à Divina Justiça.  Não te afastes do altar sem derramar lágrimas de dor e de amor a Jesus, que foi Crucificado pela tua salvação. A Virgem Dolorosa te acompanhará e será a tua doce inspiração. 


- O sr. Padre ama o Sacrifício da Missa?
- Sim, porque a Missa regenera o mundo. 


- Que glória dá a Deus a Missa?
- Uma glória infinita.         
                       

- Que devemos fazer durante a Missa?
- Encher-nos de compaixão e de amor.


- Que devo esperar encontrar na Santa Missa?
- Todo o Calvário. 


(Chora)

- Padre, durante a Missa o senhor carrega os pecados do povo?
- Não posso deixar de fazê-lo, já que é uma parte do Santo Sacrifício. 

- Sr. Padre, por que chora quase sempre que lê o Evangelho na Missa?
- A nós parece-nos que não tem importância que um Deus fale às suas criaturas e elas, em troca, O contradigam e continuamente O ofendam com a sua ingratidão e incredulidade. 

- Padre, por que o senhor chora no Ofertório?
- Queres saber o segredo? Pois bem: porque o Ofertório é o momento em que a alma se separa das coisas profanas. 



- Durante a sua Missa, Padre, o povo tão numeroso faz um pouco de barulho... Não o desconcentra nem incomoda?
- Em nada! Se estivesses no Calvário, não ouvirias gritos, blasfémias, ruídos, e ameaças? Havia um alvoroço enorme. 

- Por que sofre tanto e chora tanto na Consagração?
- Não sejas assim… Não, não quero que me perguntes isso...

- Sr. Padre, por favor, diga-me: por que treme e sofre tanto na Consagração?
- Porque nesse momento se produz realmente uma nova e admirável destruição e criação. 

- Se não lhe vem o consolo até à alma durante o Santo Sacrifício da Missa, e o senhor sofre, como Jesus, o abandono total, a nossa presença na Eucaristia não serve para nada.
- A utilidade de estarem presentes na Missa é para vós. Por acaso foi inútil a presença da Virgem Dolorosa, de São João e das piedosas mulheres aos pés de Jesus agonizante? 

- Padre, o que é a Sagrada Comunhão para os fiéis que A recebem?
É toda uma misericórdia interior e exterior, todo um abraço entre Jesus e nós.

- Quando Jesus vem, visita somente a alma?
Não. Visita o ser inteiro. 

- Que faz Jesus na Comunhão?
- Dá-se por completo à Sua pobre criatura.
   
- Diga-me, Padre, a quem se dirigiu o último olhar de Jesus agonizante?
- À sua Mãe.
    
- A Santíssima Virgem assiste à Santa Missa?
- Julgas que a Mãe não Se interessa pelo Seu Filho?
 
- E os Anjos?
- Em multidões. Em multidões. Todo o Paraíso assiste!
 
- Sr. Padre, numa palavra final, o que é a Santa  Missa?
- Meu filho… estamos na Cruz. A Missa é uma contínua agonia.

Fonte principal (adaptado)


«A Santa Missa é o sacrifício que detém a justiça Divina, que rege toda a Igreja, que salva o mundo».

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Discurso do Papa sobre a promoção da vida humana

O Papa Francisco recebeu, esta Sexta-feira, 20 de Setembro, participantes do X Encontro da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas que debaterá o tema “Catolicismo e cuidados maternos”.
 
No seu discurso, o Papa Francisco aponta para o paradoxo que actualmente se vive, quando de um lado surgem os progressos da medicina e, de outro, o perigo de que o médico perca a sua identidade de servidor da vida. O Sumo Pontífice relembra, a propósito desta situação que “o fim último do agir médico permanece sempre a defesa e a promoção da vida.”
 
Vive-se actualmente a “cultura do descartável” com a qual se eliminam seres humanos, sobretudo se fisicamente ou socialmente mais fracos. Qual deve ser então a nossa resposta a esta atitude? Um “sim” à vida, convicto e sem hesitações. O Papa no seu discurso aos médicos afirma que “as coisas têm preços e podem ser vendidas, mas as pessoas têm dignidade, valem mais do que as coisas e não têm preço. Por isso, a atenção à vida humana na sua totalidade se tornou nos últimos tempos uma prioridade do Magistério da Igreja.”
 
No ser humano frágil, afirma o Papa, cada um de nós é convidado a reconhecer a face do Senhor, que na sua carne humana experimentou a indiferença e a solidão às quais frequentemente condenamos os mais pobres. Toda criança não nascida, mas condenada injustamente ao aborto, tem a face do Senhor, que antes mesmo de nascer, e logo recém-nascida, experimentou a rejeição do mundo. E cada idoso, mesmo se doente ou no final de seus dias, traz consigo a face de Cristo. Não podem ser descartados!”
 
O discurso terminou com um apelo do Santo Padre para os presentes: sejam testemunhas e difusores desta ‘cultura da vida’. Ser católico comporta uma maior responsabilidade, antes de tudo para consigo mesmo, pelo empenho de coerência com a vocação cristã, e depois para com a cultura contemporânea, para contribuir a reconhecer na vida humana a dimensão transcendente, o vestígio da obra criadora de Deus, desde o primeiro instante da sua concepção. Trata-se de um empenho de nova evangelização que requer, com frequência, ir contra a corrente, pagando pessoalmente. O Senhor conta com vocês para difundir o ‘evangelho da vida’."
 
Procuremos também nós, nos nossos ambientes de estudo e de trabalho, promover esta cultura de vida, tendo sempre presentes Jesus e a Virgem Maria e pedindo-Lhes sempre quês sejamos capazes de testemunhar, nas nossas vidas, com ardor e coragem o ‘evangelho da vida’.

O risco de uma má interpretação das palavras do Papa

O Papa e Padre Antonio Spadaro
Foi publicada ontem, dia 19 de Setembro, uma entrevista feita ao Papa Francisco por um padre Jesuíta e divulgada em muitos meios de comunicação social.

O Santo Padre falou sobre vários temas, uns mais polémicos que outros, merecendo grande destaque na comunicação social, mas tudo o que disse fê-lo submetido à Doutrina da Igreja. Não é a primeira vez que um Papa diz uma coisa e a imprensa transmite outra, de acordo com os desejos do mundo, como se uma entrevista fosse um acto infalível do Magistério e na qual o Papa determinaria mudanças na Doutrina da Igreja.

A entrevista pode ser lida na íntegra aqui. São palavras belas e que devem ser lidas no contexto em que foram ditas e tendo em conta o que afirma o Catecismo da Igreja Católica [CIC] – como o própria Papa refere - principalmente no que respeita:

Ao aborto: «A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona com uma pena canónica de excomunhão este delito contra a vida humana, não manifestando a Igreja, com esta pena, falta de misericórdia. Manifesta, isso sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente morto, a seus pais e a toda a sociedade.» [CIC, parágrafo 2272];

Às uniões homossexuais:  «Um homem e uma mulher, unidos em matrimónio, formam com os seus filhos uma família. Esta disposição precede todo e qualquer reconhecimento por parte da autoridade pública e impõe-se a ela. Entre os pecados gravemente contrários à castidade, devem citar-se: a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais» [CIC, parágrafo 2202 e 2396];

Ao uso de métodos contraceptivos: «A regulação dos nascimentos representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização directa ou a contracepção)». [CIC, parágrafo 2399];


Estes temas, apesar de apregoados pela imprensa como passíveis de mudança, não são possíveis de ser mudados, pois a Fé e a Doutrina da Igreja não é passível de ser alterada.

O Santo Padre refere na entrevista a um caso concreto de uma mulher que, não tendo um casamento feliz e uma vida nada fácil, abortou e arrependeu-se. Ora, a posição da Igreja não pode ser outra que não a de misericórdia!

Num outro ponto da entrevista, o Papa fala sobre a homossexualidade nestes termos: «Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Espírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada».

Ora, o Papa está apenas a repetir o Catecismo, no parágrafo 2358 e não a legitimar o pecado grave: «Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza».


Rezemos pelo Papa e pela Igreja que cada vez mais é incompreendida e a sua mensagem de salvação deturpada, sacrificando-se a verdade de Jesus em prol dos pensamentos e desejos mundanos!

«Nenhum servo pode servir a dois senhores»

No Evangelho do próximo Domingo, Jesus diz-nos que «nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou não gosta de um deles e estima o outro, ou se dedica a um e despreza o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».

Como cristãos, devemos servir somente a Deus, que nos garante a felicidade eterna junto d’Ele no Céu, se cumprirmos os Seus Mandamentos. E o primeiro Mandamento é, não por acaso, ‘Adorar a Deus e amá-Lo sobre todas as coisas’.

Na verdade, não podemos cultuar outros deuses, muito menos deuses materiais, como por vezes se vê o culto do dinheiro, do corpo, da fama ou do luxo. Quando damos mais importância a estas realidades materiais, pecamos gravemente por idolatria. Durante as Jornadas Mundiais da Juventude, na sua homilia na Basílica de Aparecida, o Papa Francisco alerta para este perigo: «Hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança!»

Obviamente que o primeiro e fundamental Mandamento não nos impede de lidarmos com o dinheiro e com os bens materiais. A atitude cristã face aos bens materiais e ao dinheiro é tê-los como instrumentos que estão ao nosso serviço para nos ajudarmos uns aos outros e não como um fim em si mesmos.

E a nós, o que nos move realmente? Nas nossas vidas, nas relações pessoais, ou nos ambientes profissionais, o que nos motiva a fazer cada vez mais e melhor? O amor a Deus e aos outros, o zelo pelas coisas bem feitas ou, pelo contrário, tentar um aumento de ordenado, promoções e sermos reconhecidos e elogiados?

Peçamos a Nossa Senhora, que sempre viveu desprendida das coisas deste mundo, que nos ajude a ter uma morada no Céu como a nossa maior ambição. Então, viveremos como filhos de Deus e como verdadeiros “luzeiros de esperança” para este mundo!


PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA

Entrada: Eu sou a salvação do Meu povo OC, pág. 106 [partitura]
Ofertório: Bendito sejas - NCT 251
Comunhão: O Cordeiro de Deus é o nosso Pastor - CEC II, pág. 121-122 [partitura]
Pós-Comunhão: Cantarei ao Senhor - J. Fernandes da Silva [partitura]
Final: Avé, Maria [partitura]

OC - Orar Cantando
NCT - Novo Cantemos Todos
CEC - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. II

domingo, 15 de setembro de 2013

Festa litúrgica de Nossa Senhora das Dores

A Igreja comemora a 15 de Setembro a Festa de Nossa Senhora das Dores, celebração que está intimamente relacionada com a do dia anterior, a Festa da Exaltação da Santa Cruz, pois junto da Cruz, Maria vive e sente os sofrimentos do Seu filho. As dores da Virgem, unidas aos sofrimentos de Cristo foram redentoras, indicando-nos o caminho da nossa dor.

Foi o Papa São Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico e que mudou o título da festa que outrora era chamada de Sete Dores de Maria para a Festa Litúrgica de Nossa Senhora das Dores.

Com este título nós honramos a dor de Maria na redenção. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus se torna a Mãe da Igreja, Corpo Místico nascido da Cruz.

A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou as sete dores de Nossa Senhora em episódios narrados pelo Evangelho: a profecia de Simeão; a fuga para o Egipto; a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa;  o caminho de Jesus para o Calvário; a Crucifixão de Jesus;  a Descida da Cruz e por fim, a Sepultura do Redentor.

São Boaventura, contemplando a Divina Mãe junto à Cruz, volta-se para Ela e diz-Lhe: «Minha boa Mãe, porque quisestes Vós também sacrificar-Vos no Calvário? Não bastava, para nossa redenção, Jesus crucificado, que quisestes também ser crucificada?»
Certamente que a morte redentora de Jesus chegou para a nossa redenção, mas pelo amor que nos tem, a nossa boa Mãe quis também concorrer para a nossa salvação, pelos merecimentos das suas dores, que ofereceu por nós no Calvário.

Voltemos o nosso olhar para o grandioso amor da Virgem Maria, como o qual ela Se uniu ao sacrifício da vida do Seu Filho. A nossa boa Mãe merece a nossa gratidão e merece que meditemos profundamente nas Suas Dores. Uma espada trespassou friamente a Sua alma no momento em que o Seu amado Filho entregava a vida por nós na Cruz.


Mãe Dolorosa, Vós que tanto chorastes o Vosso Filho, morto pela minha salvação, alcançai-me uma verdadeira dor dos meus pecados, uma verdadeira emenda de vida, com a perpétua compaixão da Morte Salvadora de Jesus e das Vossas Dores.

sábado, 14 de setembro de 2013

JMV Sobreiro acompanhou os idosos do Lar a Fátima

No passado dia 13 de Setembro, alguns elementos do JMV Sobreiro rumaram até Fátima com os utentes do Lar e Centro de Dia do Sobreiro, algumas funcionárias, familiares dos idosos e outras pessoas da paróquia de Mafra que se ofereceram para ajudar a levar os idosos até ao "Altar do Mundo". 

Durante a viagem de autocarro, foi rezado o terço, tendo sido pedida a intercessão da Nossa Senhora da Boa Viagem, para que esta pequena peregrinação a Fátima corresse da melhor forma possível. O Padre Luís Barros acompanhou também os idosos e este momento de oração. Entre cada um dos mistérios do Terço, cantou-se o conhecido cântico “Avé de Fátima”, sempre com muito entusiasmo.

Já em Fátima, após adquirirmos as identificações e as cadeiras de rodas necessárias para os utentes do Lar, dirigimo-nos para o lado direito do altar do Recinto de Oração do Santuário de Fátima - a colunata destinada aos doentes - para daí ser mais fácil avistarem a procissão de entrada e participar na celebração da Eucaristia.

Na homilia, proferida por D. Gilberto Canavarro dos Reis - Bispo de Setúbal, foram referidas as primeiras palavras de Nossa Senhora aos pequenos Pastorinhos: “Não tenhais medo” e como cada um de nós, com a ajuda da nossa Mãe do Céu, não deve ter medo perante os vários desafios que nos vão surgindo no dia-a-dia – mensagem dirigida a todos os presentes, mas particularmente aos doentes que ali se encontravam.

Como já é habitual durante os meses da Peregrinação Internacional Aniversária, na Eucaristia do dia 13 os doentes presentes recebem a bênção com o Santíssimo Sacramento, seguindo-se a Consagração a Nossa Senhora e o Adeus, com a procissão final.

Depois da celebração da Eucaristia, almoçamos todos juntos, momento em que tivemos a possibilidade de conviver um pouco mais com os idosos e restantes acompanhantes. Antes de regressarmos à nossa terra ainda tivemos a possibilidade de rezar a Nossa Senhora de Fátima na Capelinha das Aparições e onde cada um (e quem assim o desejou) pode acender uma vela.

Ainda à saída de Fátima, já todos no autocarro, recordámos uma antiga utente do Lar, que faleceu este ano, a D. Gracinda, cantando “Ó Virgem do Rosário”, o cântico preferido por esta senhora sempre que acabava de visitar Fátima e de rezar a Nossa Senhora na Capelinha das Aparições.

A JMV Sobreiro passou assim mais um dia com os nossos idosos. Não transportámos apenas as cadeiras de rodas, mas criámos uma oportunidade para os utentes rezarem a Nossa Senhora no Santuário de Fátima, onde puderam pedir a Sua intercessão para saberem suportar os obstáculos na vida, nomeadamente a doença e a velhice.



sexta-feira, 13 de setembro de 2013

«O Terço dará paz à vossa alma!»

A Igreja Católica conhece o Terço há cerca de apenas 800 anos. 

Os quinze mistérios do Santíssimo Rosário foram dados por Nossa Senhora a São Domingos. Desde então, a Igreja Católica tem encorajado os fiéis a rezar o Terço.

O Padre Pio uma vez disse: «Algumas pessoas são tão tontas ao ponto de pensar que podem avançar pela vida sem a ajuda da Santíssima Mãe

Amem Nossa Senhora e rezem o Terço, porque o Terço é a arma contra todos os males do mundo de hoje. Todas as graças dadas por Deus passam através da Santíssima Mãe».

E, apenas duas semanas depois da sua eleição à Sé de Pedro, o Papa João Paulo II admitiu com franqueza: «O Terço é a minha oração preferida. Uma oração maravilhosa! Maravilhosa na sua simplicidade e na sua profundidade».

Agora pensem nisto: São Francisco de Assis não tinha o Terço. Nem São Bernardo de Claraval, nem Santo Anselmo, nem São Beda, nem São Gregório, nem São Bento, nem Santo Agostinho, nem Ireneu e nem sequer os Santos Apóstolos. O Santo Rosário é relativamente recente. E, ainda assim, estou convencido que é absolutamente essencial para o nosso tempo. A "novidade" do Terço revela que os últimos 800 anos da História da Igreja precisam de uma nova arma.

A Santíssima Virgem Maria deu-nos uma arma com base na Escritura. Ela pediu a São Domingos e ao Beato Alan que se rezassem 150 Ave Marias em honra dos 150 salmos. Além disso, deu-nos 15 mistérios bíblicos da vida de Cristo para nós meditarmos. Todo o conjunto é uma homenagem de Nossa Senhora à Sagrada Escritura. As 150 Ave Marias foram divididas em 15 "dezenas" de dez Ave Marias. Deste modo, podemos viver os mistérios bíblicos da vida do seu Filho.

Mas porquê? Porque é que o Céu veio com este plano com contas e mistérios?

De certo modo, os anos 1200's foram o ponto alto da civilização Cristã. Foi a era de São Tomás de Aquino e do Rei São Luís de França. Desde então, tem sido uma viagem atribulada. O Terço tem sido a corrente ou o cinto de segurança que precisamos nestes tempos de turbulência.

Precisamos de Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida. O Terço é um sinal tangível de que estamos ligados a Ele. Quando toco no meu Terço, sei que Maria me está a ligar ao seu Filho. Jesus tornou-se homem através de Maria e essa ligação humana é encontrada ali, com Ela.

Encorajamo-vos verdadeiramente a rezar o Terço todos os dias para o resto das vossas vidas. Tornem isso parte da vossa rotina diária. Devia ser mais importante que lavar os dentes ou ver o email. Rezar o Terço tira apenas 2% do vosso dia. Sejam 2-porcentos! Rezem o Terço diariamente. Dará paz à vossa alma. Aprenderão mais sobre vocẽs mesmos e sobre Deus. Perder-se-ão no ritmo da oração e descobrir-se-ão a vós mesmos com Jesus.

É mesmo bonito!
(Taylor Marshall)

Fonte: Senza

terça-feira, 10 de setembro de 2013

JMV Sobreiro em pregrinação ao Vaticano

No passado fim-de-semana, de 6 a 9 de Setembro, a JMV Sobreiro peregrinou até Roma, sendo esta uma iniciativa pensada pelo Grupo no contexto do Ano da Fé que estamos a viver.

A viagem iniciou-se bem cedo, de forma a aproveitar ainda todo o primeiro dia na Cidade Eterna. Chegados a Roma, e depois de se preparar o almoço, percorremos a curta distância de casa até à Praça de São Pedro entoando cânticos Eucarísticos e Marianos. Visitámos a Basílica de São Pedro, tendo rezado pelas nossas intenções, pelas que nos foram recomendadas e pela Igreja junto do túmulo do Beato João Paulo II e do Papa São Pio X. Ao fim da tarde, assistimos à Santa Missa no Altar da Cátedra que foi rezada em latim e italiano e que, apesar de simples, foi acompanhada de um coro masculino que cantou cânticos gregorianos belíssimos.
À saída, na Praça de São Pedro, avistamos o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé – Dom Gerard Müller - e não perdemos tempo em abordá-lo no sentido de o cumprimentar e tentar que, através dele, pudéssemos realizar um desejo do Grupo: visitar ou rezar um pouco no Mosteiro Mater Ecclesiae, onde Bento XVI vive em recolhimento e para onde já tínhamos enviado uma carta com esse pedido. Após alguns minutos de diálogo, percebemos que não seria de todo fácil… Não vimos o nosso desejo concretizado mas o encontro com este membro da Cúria Romana terminou com uma fotografia de grupo com D. Müller.

O primeiro dia de peregrinação terminou com um jantar tipicamente italiano e uma visita a um dos sítios mais emblemáticos da cidade de Roma: La Fontana di Trevi. Pelo caminho, encontrámos duas Irmãs Franciscanas, não perdendo a oportunidade de lhes oferecer algumas pagelas dos nossos Pastorinhos, os Beatos Francisco e Jacinta, pedindo-lhes que rezassem pela sua canonização.
O dia de Sábado, 7 de Setembro foi longo! Era o dia de jejum, penitência e oração proposto pelo Papa Francisco para pedir o dom da paz para o mundo. Logo de manhã, dirigimo-nos à lindíssima Basílica de Santa Maria Maior para rezar o Terço, na Capela onde está o famoso ícone de Nossa Senhora, ‘Salus Populi Romani’, o mesmo que iria estar nessa noite junto do Papa, na Vigília de oração. Após o Terço, foi rezada a Santa Missa Votiva de Nossa Senhora, Rainha da Paz. Seguidamente, dirgimo-nos à Basílica de São João de Latrão, que não foi visitada na totalidade devido aos preparativos para as ordenações episcopais que ali ocorreriam nessa tarde.

Depois de um leve almoço, rumámos à Praça de São Pedro para podermos conseguir um lugar privilegiado para a Vigília. Enquanto a Praça não era acessível, cantavam-se cânticos marianos em várias línguas. Rezámos o terço com um grupo italiano que, no final, começou a entoar o ‘Avé de Fátima’, para grande emoção de todos os peregrinos de língua lusitana, cujas vozes logo se juntaram às primeiras! Foram momentos inesquecíveis, de união e comunhão, em oração à Rainha da Paz. Durante a espera, fomos ainda interpelados por alguns repórteres de várias partes do mundo que estavam a cobrir o evento em directo, dando testemunho da Fé que temos na força da oração.
Devidamente instalados na Praça de São Pedro – sentados a pouquíssimas filas do Altar! – aguardámos a chegada do Santo Padre. Pelas 19 horas, o Sucessor de Pedro surge e saúda os peregrinos. Logo depois, iniciou-se a Procissão para o Altar com o ícone de Nossa Senhora e foi recitado o Terço do Rosário. A Vigília durou 4 horas, estando a Praça repleta de peregrinos – 100 a 200 mil pessoas – mas o silêncio que se fazia nos momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento era impressionante! No fim, o Papa Francisco agradeceu carinhosamente o sacrifício de permanecermos ali com ele todo este tempo: «Obrigado por me terem feito companhia! Boa noite e bom descanso». Foram horas de muito cansaço e alguma fome, mas ao mesmo tempo, únicos e inesquecíveis, um autêntico ambiente penitencial e de oração, tal como desejou o Santo Padre.

Era já perto da meia-noite quando regressámos a casa, agradecendo a Deus a graça de estarmos precisamente neste dia na Sé de Pedro a rezar pela paz no mundo.

O Domingo iniciou-se com uma caminhada até à Praça de São pedro para a oração do Angelus. Nela, o Papa apelou novamente à paz e à não comercialização de armas: «Continuemos com a oração e com as obras de paz! Convido-vos a continuar a rezar para que cesse imediatamente a violência. A busca pela paz é um longo caminho que exige paciência e perseverança! Continuemos com a oração!»
A tarde de Domingo foi passada a visitar o centro de Roma, algumas Praças e igrejas antigas. Assistimos à Missa Dominical na bonita igreja da Santissima Trinità dei Pellegrini, celebrada na Forma Extraordinária do Rito Romano, segundo as disposições do Papa Bento XVI no seu Summorum Pontificum.

O último dia de peregrinação foi mais dedicado à parte cultural. Visitámos os Museus Vaticanos, onde apreciámos as belíssimas obras de pintura e escultura, terminando na Capela Sistina, onde são eleitos os Sumos Pontífices. Seguidamente, houve tempo para a aquisição de algumas recordações perto das muralhas do Vaticano, antes de embarcarmos de novo para Portugal.

Para nós, enquanto Grupo, estes dias de peregrinação à Sé de Pedro foram uma oportunidade de crescimento espiritual, pessoal e, claro, de espírito de Grupo. A grande intenção que deixámos em Roma foi que Nossa Senhora, Mãe da Igreja, interceda por todos os jovens; que sejam sempre e em tudo testemunhas firmes e fiéis da Fé e da Doutrina que esta nossa Igreja Católica propõe ao mundo para a salvação eterna da humanidade!

  

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