"Raios de Luz"


sábado, 30 de novembro de 2013

Exposição da Terceira parte do Segredo de Fátima

Na tarde de hoje, 30 de Novembro, foi inaugurada no Santuário de Fátima a exposição «Segredo e Revelação» , na qual estão expostas partes de manuscritos da Irmã Lúcia, entre os quais a descrição visão que integra a terceira parte do Segredo de Fátima.

Este manuscrito foi enviado directamente do Arquivo Secreto da Congregação para a Doutrina da Fé - Vaticano, com autorização concedida pelo Papa Francisco no passado mês de Junho. De salientar que este documento estava na posse da mesma congregação desde 4 de Abril de 1957.

Na exposição é possível ler excertos originais dos interrogatórios feitos aos videntes aquando das Aparições, assim como alguns escritos que hoje estão compilados nas  Memórias da Irmã Lúcia.

De entre as várias secções da exposição que o peregrino pode visitar, estão também alguns relatos de momentos históricos do século XX para a Igreja e para o Mundo, como o Regicídio de D. Carlos em Portugal (1908), a I e II Guerras Mundiais, o Concílio Vaticano II, o atentado ao Papa João Paulo II e a revelação oficial da terceira parte do Segredo de Fátima, no ano 2000.


Em lugar de destaque, com o selo de lacre da Santa Sé, encontra-se o famoso manuscrito que relata o martírio do «Bispo vestido de branco» juntamente com os fiéis que com ele sobem a «escabrosa montanha» encimada pela cruz. Nas paredes que rodeiam o local onde o manuscrito está exposto, podem ser vistas imagens que retratam episódios marcantes na vida da Igreja no último século, mostrando aos visitantes, a"Via-Sacra da Igreja ao longo do século XX", tal como referiu o então Cardeal Ratzinger no ano 2000.


Para além dos vários documentos expostos, é possível observar alguns objectos que fazem parte também da história do Santuário de Fátima, nomeadamente uma batina pertencente ao Papa João Paulo II, uma custódia e uma relíquia do Santo Lenho.

Quase no final da exposição pode ser contemplada uma pintura de um autor francês que reproduz todo o Segredo de Fátima, desde a Visão do Inferno, passando pela forma de evitar a condenação eterna, através da Devoção ao Coração Imaculado de Maria, retratando ainda a Paixão da Igreja e o triunfo dos justos.

Aconselhamos todos os devotos de Fátima e apaixonados pela sua Mensagem a visitar esta exposição que certamente servirá para conhecer toda a profundidade do conteúdo teológico que estas Aparições revelam ao mundo.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Santo André, Apóstolo e Mártir

A Igreja celebra no próximo dia 30 de Novembro a Festa Litúrgica de Santo André, apóstolo e Mártir. Para a Paróquia de Mafra este dia é motivo de alegria e regozijo pois Santo André é o seu padroeiro.

Irmão de São Pedro, Santo André foi um dos doze discípulos de Jesus, tendo mesmo sido o primeiro a seguir o Senhor. Antes de conhecer Jesus e de ter sido feito «pescador de Homens» juntamente com seu irmão, Santo André vivia em Cafarnaúm e era discípulo de João Baptista.

Com São João Baptista e o seu irmão, Simão Pedro, o padroeiro da nossa paróquia foi a Jericó e lá, à passagem de Jesus, João Baptista indicou-O como o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo».

Santo André participou da vida pública de Jesus, tendo estado presente na Última Ceia, tendo visto Cristo Ressuscitado, testemunhado a Ascensão e recebido o Espírito Santo no dia de Pentecostes.

A sua pregação e anúncio do Evangelho começou na Palestina, tendo o Apóstolo Santo André chegado até à Grécia onde fundou uma grande comunidade.

Uma tradição narra a morte de André em Patras, onde também ele sofreu o suplício da crucifixão. Mas, naquele momento supremo, de modo análogo ao de seu irmão Simão Pedro, pediu para ser posto numa cruz diferente da de Jesus. No seu caso tratou-se de uma cruz em forma de X, isto é, transversalmente inclinada, que por isso foi chamada «cruz de Santo André».

Eis o que o Apóstolo disse naquela ocasião, segundo uma antiga narração:

«Salve, ó Cruz, inaugurada por meio do corpo de Cristo e que se tornou adorno dos Seus membros, como se fossem pérolas preciosas. Antes que o Senhor fosse elevado sobre ti, tu incutias um temor terreno. Agora, ao contrário, dotada de um amor celeste, és recebida como um dom. Os crentes sabem, a teu respeito, quanta alegria possuis, quantos dons tens preparados.


Portanto, certo e cheio de alegria venho a ti, para que também tu me recebas exultante como discípulo Daquele que em ti foi suspenso [...]. Ó Cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! [...] Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, para que por teu intermédio me receba Quem por ti me redimiu. Salve, ó Cruz; sim, salve verdadeiramente!»

O Papa Bento XVI, na Audiência Geral de 14 de Junho de 2006, referindo-se ao Apóstolo Santo André, referiu que «há aqui uma profundíssima espiritualidade cristã, que vê na Cruz não tanto um instrumento de tortura mas, ao contrário, o meio incomparável de uma plena assimilação ao Redentor, ao grão de trigo que caiu na terra. Devemos aprender com isto uma lição muito importante: as nossas cruzes adquirem valor se forem consideradas e aceites como parte da cruz de Cristo, se refletirem a sua luz. Só naquela Cruz são também os nossos sofrimentos nobilitados e adquirem o seu verdadeiro sentido.».

Uma das primeiras referências a Nossa Senhora como Virgem Imaculada vem, segundo a tradição, da boca de Santo André. Diz-nos o Apóstolo que «tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido.»

O apóstolo André ensina-nos a seguir Jesus com prontidão, tal como ele o fez, encontrando por isso um sentido último para a nossa vida e para a nossa morte. Procuremos encontrar na sua vida e no seu testemunho a força e coragem para anunciarmos o Evangelho mesmo que isso tenha implicações concretas na nossa vida e façamos nossas as palavras do Apóstolo e Mártir:


«Ó Cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! 
Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, 
para que por teu intermédio me receba Quem por ti me redimiu.»

Fonte (Adaptado)

Advento, tempo de esperança

O Advento é como uma primeira dimensão da realidade divina que está ligada ao tempo humano. Esta ligação é reflectida no ano litúrgico, que começa exactamente nas Vésperas I do primeiro Domingo do Advento.

A Igreja é chamada a viver este tempo com os mesmos sentimentos da Virgem Maria e do povo de Israel, enquanto esperavam o nascimento do Messias:

«Ao celebrar cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja actualiza esta espera do Messias: comungando com a longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo da sua Segunda Vinda». (Catecismo da Igreja Católica, 524)

O Advento é uma reafirmação do caminho eterno do homem em direcção a Deus. A cada ano, marca um novo começo deste modo. Percebemos assim que a vida de um homem não é um caminho impraticável, mas uma estrada que o leva ao encontro com o Senhor Jesus. É um tempo que serve para lembrar o homem do objectivo final do seu caminho e incentiva a preparação para o encontro com Cristo. 

«Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor», diz Jesus no Evangelho deste Domingo. Esta vigilância cristã não é só saber onde o Maligno está, fugindo dele e das suas obras más. A vigilância que Jesus nos pede passa também por procurar e conhecer os sinais que vêm de Deus e que nos fazem perceber que Ele caminha connosco, guiando-nos até Si.

Em muitas ocasiões, vivemos mergulhados num ‘sono profundo’ que nos faz esquecer a dimensão espiritual da nossa vida. O Tempo do Advento vem anualmente estimular em nós a atitude de vigilância de estarmos mais atentos ao que se passa à nossa volta, para que Jesus nos encontre preparados, quando voltar: «Estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem».

O Advento é tempo de esperança. Sem esperança, o mundo não tem futuro; sem esperança, também não haverá justiça, nem alegria, nem paz. E fundamento da verdadeira esperança, como bem recordou o Papa Bento XVI na sua Encíclica Spe Salvi, é o próprio Deus que vem até nós como um Menino.


PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA:

Entrada: Vinde Senhor, não tardeis - NCT 41 [partitura]
Salmo: Iremos com alegria [partitura]
Ofertório: Irmãos, convertei o vosso coração - NCT 741 [partitura]
Comunhão: Buscai o alimento - NCT 393 [partitura]
Pós-Comunhão: Abri as portas a Cristo - M. Frisina [partitura]
Final: Excelso Criador dos grandes astros - NCT 52 [partitura]

NCT - Novo Cantemos Todos

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

«Adorar a Deus, mesmo na perseguição»

Na luta final entre Deus e o Mal, que a Liturgia nos apresenta  no final do ano litúrgico, existe um grande perigo que o Papa chama de «tentação universal», que é a tentação de acreditar que terá a vitória quem está fora de Deus, levando a melhor sobre os que acreditam n’Ele.

«Quando Jesus fala desta calamidade, diz-nos que haverá uma profanação do templo, uma profanação da fé do povo e será a abominação. O que significa isso? Será como o triunfo do príncipe deste mundo [o Diabo]: a derrota de Deus. Naquele momento final, ele pensará que é o senhor do mundo».
Aqui será o «teste final». O Papa observa que esse teste será como o sofrimento do profeta Daniel: lançado aos leões por adorar mais a Deus do que o rei. Portanto, a desolação da abominação tem um nome: É a proibição do culto.
«Os poderes do mundo querem que a religião seja um assunto privado. Mas Deus, que vence o mundo, ama-nos até o fim. Não podes nem deves falar sobre religião: é uma coisa privada, não é? Não fales sobre isso publicamente!
O Santo Padre critica explicitamente algumas leis humanas que limitam a prática da religião:
«Os símbolos religiosos são removidos. Deves obedecer às ordens provenientes dos poderes mundanos. Podes fazer muitas coisas bonitas, muito belas, mas não deves adorar a Deus publicamente: Esta é a proibição do culto».
«Os cristãos que sofrem estes tempos de perseguição e de proibição de culto são uma profecia do que vai acontecer a todos nós».
No entanto, diz o Papa, devemos lembrar-nos que a vitória é de Jesus Cristo e devemos enfrentar as dificuldades com a cabeça erguida:
«Os cristãos que hoje são perseguidos são um sinal para o prelúdio da vitória final de Jesus. Não tenhamos medo! Deus só nos pede fidelidade e paciência.
Pede-nos lealdade como Daniel, que foi fiel a seu Deus, e adoraram a Deus até o fim. E pede-nos paciência, porque não se perderá um cabelo da nossa cabeça, como o Senhor prometeu».
E concluiu a sua homilia com um desafio:
«Nesta semana, vamos pensar bem nesta apostasia geral, que passa pela proibição de culto, e perguntarmo-nos: «Eu amo o Senhor? Eu amo Jesus Cristo, o meu Senhor? Ou um pouco de ‘metade a metade’, faço o jogo do príncipe desde mundo? Adoremos a Deus até o fim, com a confiança e fidelidade: esta é a graça que pedimos».

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Novena à Imaculada Conceição


O mês de Dezembro que se aproxima é um dos mais ricos da Liturgia Católica. Uma das Solenidades que a Igreja celebra neste mês é a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a 8 de Dezembro.
Nós, habitantes daquela que já foi chamada de ‘Terra de Santa Maria’, não podemos deixar de dar importância a este dia tão especial, no qual se lembra a concepção Imaculada – ou seja, ‘sem mácula do pecado original’ - da Virgem Maria no ventre de Santa Ana, Sua mãe.
Em 1646, cerca de 200 anos antes da Igreja definir este Dogma, as Cortes Portuguesas proclamaram solenemente Nossa Senhora da Conceição como única e singular Rainha, Padroeira e Protectora de Portugal. Para concretizar tal aclamação, o Rei D. João IV depôs aos pés da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se venera em Vila Viçosa, a sua própria coroa real.
Depois desse grande momento, os reis seus sucessores nunca mais usaram a coroa sobre a cabeça, uma vez que ela pertence apenas à Imaculada Mãe de Deus.
De forma a prepararmo-nos para este dia tão solene e importante para a Igreja e principalmente para Portugal, disponibilizamos um guião da Novena Preparatória para a Solenidade da Imaculada Conceição, que se inicia amanhã, 29 de Novembro, assim como a o Ofício Divino para esse dia:

Dia de Nossa Senhora das Graças

O dia 27 de Novembro é um dia de festa e de alegria para a Juventude Mariana Vicentina, bem como para toda a família Vicentina. Neste dia, no ano de 1830 a Virgem Santíssima apareceu novamente a Santa Catarina de Labouré, de pé sobre um globo, vestida de branco, com um véu branco a cobrir-lhe a cabeça e manto azul prateado que lhe descia até aos pés.

«Este globo que vês representa o mundo inteiro e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais ténues correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir».

No dia de Nossa Senhora das Graças, ou dia da Medalha Milagrosa, a Igreja lembra a aparição de Nossa Senhora, na qual a Virgem pediu à noviça Santa Catarina que fosse cunhada uma medalha com a Sua imagem e com a jaculatória:

"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".

Das mãos de Nossa Senhora saíam raios. Estes incidiam sobre o globo que estava abaixo da Virgem, que com os Seus pés esmagava a serpente infernal.

Santa Catarina refere que depois desta visão, a imagem que via voltou-se, mostrando no reverso um conjunto de emblemas, no centro um grande M, o monograma de Maria. Em cima do M, por uma cruz sobre uma barra; abaixo do monograma havia dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita trespassado por uma espada. Por fim, um conjunto de doze estrelas, em forma oval, cercava a aparição.

Nascia assim, da aparição da Santíssima Mãe de Deus, a Medalha milagrosa que hoje conhecemos e que é a insígnia da Juventude Mariana Vicentina. Mais tarde, noutra aparição, Nossa Senhora pediu a Santa Catarina que fosse fundada uma Associação de Jovens Filhos e Filhas de Maria que fosse responsável pela difusão da Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças. Esta associação foi aprovada pelo Papa Pio IX a 20 de Junho de 1847 e é hoje conhecida como Juventude Mariana Vicentina.

No dia em que comemoramos também o nascimento desta associação de jovens pedida expressamente pela Virgem Imaculada, peçamos-Lhe que fortaleça a nossa fé e nos faça verdadeiros arautos da Sua mensagem e capazes de respondermos sempre àquilo que Nossa Senhora das Graças nos pede.
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

'A Alegria do Evangelho'



Foi hoje apresentada ao mundo a primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco:
Segundo o Pe. Lombardi, porta-voz da Santa Sé, o documento foi escrito na totalidade pelo próprio Papa, depois das Jornadas Mundiais da Juventude e em língua espanhola.
Nesta Exortação, Francisco convida os fiéis a iniciarem uma nova etapa marcada pela Evangelização com alegria.
«Os cristãos têm o dever de proclamar o Evangelho, sem excluir ninguém, nem como alguém que impõe uma nova obrigação, mas sim como pessoas que compartilham uma alegria, sinalizam um bonito horizonte, oferecem um banquete desejável. A Igreja não cresce para fazer proselitismo , mas atração».
O documento mostra alguns pontos que são como um plano pastoral para os próximos anos, desafios que a Igreja tem de enfrentar, nomeadamente a recuperação da sua identidade, sem ‘complexos de inferioridade’. 
O Papa alerta para a pretensão de «dominar o espaço da Igreja», por parte de alguns dos seus membros, que acusa de «mundanismo», antes de deixar um elogio aos «cristãos que dão a vida por amor» a Jesus e à Igreja.
Na mesma Exortação, o Santo Padre descarta mudanças progressistas como o aborto, defendendo firmemente a vida humana desde a sua concepção.
O Papa refere ainda a necessidade de uma contínua conversão da Igreja, para estar aberta a uma permanente reforma ao serviço do Evangelho.
A Exortação Apostólica pode ser lida na íntegra aqui.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Encerramento do Ano da Fé no Patriarcado de Lisboa

No dia em que a Igreja celebrou o fim do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, por ocasião da comemoração dos cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II e dos vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, a Diocese de Lisboa uniu-se a Roma e, em comunhão com o Sumo Pontífice, o Patriarca de Lisboa - D. Manuel Clemente, celebrou o encerramento deste ano litúrgico com uma peregrinação diocesana a Peniche.

Acorrendo ao pedido do Eminentíssimo Patriarca, alguns elementos da JMV Sobreiro peregrinaram até Peniche, onde, à chegada visitaram o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, participando de seguida na Santa Missa, celebrada pelo D. Manuel Clemente e concelebrada pelo Eminentíssimo Cardeal-Patriarca Emérito, D. José Policarpo e pelos Bispos Auxiliares da Diocese de Lisboa.

Na sua homilia, o nosso Patriarca, aproveitando a proximidade ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, falou do exemplo de Maria na Fé e, pegando na passagem do Evangelho de S. Lucas deste Domingo, falou também do sacrifício de Cristo na cruz por todos nós

«(...) Pois por todos se entrega e a todos oferece a Sua vida, como aconteceu naquele dia derradeiro, ao Bom Ladrão ofereceu o Paraíso, ao Discípulo amado a Sua Mãe, a todos a própria vida, no Sangue e na Água que Lhe brotaram do inextinguível coração». 

Aliando estes temas ao facto de se tratar do encerramento do Ano da Fé, D. Manuel, aproveitou também para esclarecer levemente o significado do Credo, citando os ensinamentos de S. Tomás de Aquino.

Terminou deste modo o Ano da Fé no Patriarcado de Lisboa. A JMV Sobreiro espera que toda a Igreja se sinta responsável em aprofundar a Fé a em transmiti-la às gerações vindouras. 


Semana de Oração pela Paz no Médio Oriente


O Bispo iraquiano Dom Shlemon Warduni, encontra-se em Portugal a durante esta semana, respondendo ao convite da Fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’, para falar dos cristãos no Médio Oriente.

Questionado sobre o regresso da violência ao Iraque, ao longo dos últimos meses, o Bispo Warduni  afirma que a maioria das pessoas no Ocidente não pode fazer mais do que rezar pela situação dos cristãos no Iraque e no resto do Médio Oriente:

«No Ocidente podem rezar por nós. Certamente Deus escutará a voz dos justos. Em segundo lugar, pressionar os líderes para não fazerem guerra. Como por exemplo o Papa Francisco, que disse que todos devíamos rezar e jejuar para evitar a guerra na Síria, e a maioria das pessoas concorda que foi um milagre!».

O Arcebispo de Damasco – Síria, também está em Portugal para dar testemunho dos tempos conturbados que se vive no seu país e da situação muito delicada com que se confrontam diariamente os Cristãos nesta região do mundo.

Dom Warduni estará hoje, pelas 17h00, na Igreja do Sacramento, na Baixa de Lisboa, para falar precisamente destes assuntos, numa conferência aberta a todos e organizada pela Fundação ‘Ajuda à Igreja que Sofre’.


Outro momento importante desta semana será a Vigília pela Paz na Síria e Médio Oriente, no Mosteiro dos Jerónimos, Belém, no dia 30 de Novembro às 16h30, onde se rezará por todos os nossos irmãos que sofrem, e a quem estamos unidos no amor a Jesus Cristo. O programa completo para esta semana de oração pode ser consultado aqui.

No meio do sofrimento, a hierarquia católica tenta evitar o êxodo dos cristãos e apela ao perdão, mas nem sempre é fácil reconhece Dom Shlemon Warduni:

«Claro que para quem perdeu familiares é difícil compreender o perdão, mas este é o espírito do Cristianismo, que tentamos viver. Confiamos em Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós».

domingo, 24 de novembro de 2013

Encerramento do Ano da Fé em Roma

O Papa Francisco presidiu hoje à Missa de encerramento do Ano da Fé, solenemente inaugurado no ano passado por Sua Santidade, o Papa Bento XVI.

Na homilia, o Santo Padre lembrou que a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, que hoje a Igreja celebra, é vista como o “coroamento do ano litúrgico, e este ano,  também como encerramento do Ano da Fé". O Papa Francisco dirigiu ainda "um pensamento cheio de carinho e gratidão para com o Papa Bento XVI", seu predecessor, que decretou o Ano da Fé, oferecendo assim a oportunidade de redescobrir a beleza do caminho de fé que teve início no dia do nosso Baptismo e nos tornou filhos de Deus e irmãos na Igreja.

A propósito da Segunda Leitura, da Carta aos Colossenses, na qual São Paulo propõe uma visão muito profunda da centralidade de Jesus, apresentando como o Primogénito de toda a criação, o Papa disse que: “a atitude que se requer do crente – se o quer ser de verdade - é reconhecer e aceitar na vida esta centralidade de Jesus Cristo, nos pensamentos, nas palavras e nas obras. Quando se perde este centro, substituindo-o por outra coisa qualquer, disso só derivam danos para o meio ambiente que nos rodeia e para o próprio homem.”

Mas, para “além de ser centro da criação, Cristo é centro do povo de Deus”, como mostra a primeira Leitura, que narra o dia em que as tribos de Israel vieram procurar David e ungiram-no rei sobre Israel. “

“Cristo, descendente do rei David, é o «irmão» ao redor do qual se constitui o povo, que cuida do seu povo, de todos nós, a preço da sua vida. N’Ele, nós somos um só; unidos a Ele, partilhamos um só caminho, um único destino.”

Ao falar sobre o evangelho de hoje, lembrou: “A promessa de Jesus ao bom ladrão dá-nos uma grande esperança: diz-nos que a graça de Deus é sempre mais abundante de quanto pedira a oração. O Senhor dá sempre mais do que se Lhe pede: pedes-Lhe que Se lembre de ti, e Ele leva-te para o seu Reino!”.

Na missa, tal como já tínhamos referido anteriormente, foram expostas para veneração as relíquias de São Pedro, como "remate" final neste Ano da Fé, cuja missão de transmissão da fé vem desde o tempo de São Pedro e continua, ao longo destes dois mil anos de história da Igreja.

O anúncio do Evangelho e de Jesus Cristo ao mundo deve ser feito por todos nós, e como tal, no fim da Missa de hoje, o Papa Francisco entregou simbolicamente a nova Exortação Apostólica Evangelii Gaudium - A alegria do Evangelho - a toda a Igreja.

Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo que reine na nossa vida, no nosso coração e na nossa sociedade, pois só tendo o Filho de Deus no centro da nossa vida é que poderemos ser verdadeiramente felizes.

Fonte (adaptado): Agência Ecclesia e Radio Vaticana


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

No próximo Domingo, em que se celebra a Solenidade de Jesus Cristo – Rei do Universo, o episódio que relata o Evangelho tem lugar no Calvário.

É muito oportuno que a Festa de Cristo-Rei seja enquadrada precisamente no Calvário. Diante da tentação de força e poder político, Jesus reina a partir da Cruz. A Sua coroa é de espinhos. O Seu ceptro e manto púrpura são motivo de escárnio, em vez de respeito e veneração.

Ao lado da Cruz estava um pecador arrependido, o bom ladrão (conhecido como Dimas), que conseguiu ver algo do mistério de Jesus e humildemente pediu que Nosso Senhor Se lembrasse dele quando entrasse no Seu Reino. A realeza de Cristo, que brota da morte no Calvário, culmina no evento da ressurreição e é inseparável dela.



Jesus ressuscitado diz aos discípulos para irem pelo mundo, em Seu nome, dando-lhes a missão de ensinar e baptizar, evangelizando todos os povos.

Não é por acaso que o ‘Ano da Fé’ termina na Solenidade de Cristo Rei. Um dos objectivos deste Ano foi fazer crescer os cristãos na Fé da Igreja e, consequentemente, prepará-los para uma ‘Nova Evangelização’.

O Catecismo da Igreja Católica explica a relação que existe entre a evangelização dos povos, pedida por Jesus, e a Sua Realeza universal:

«O dever de prestar a Deus um culto autêntico diz respeito ao homem individualmente e socialmente. (…) Os cristãos são chamados a ser a luz do mundo. A Igreja manifesta assim a realeza de Cristo sobre toda a criação, e em particular sobre as sociedades humanas». (CIC, 2105)

O reinado de Jesus Cristo começa aqui na terra. No entanto, este reinado não tem nada de terreno, transcendendo todas as limitações humanas, uma vez que aponta para o caminho de santidade a que somos chamados e que culminará na eternidade do Céu. 
 
PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA
 
Entrada: Sobre um Trono - CEC II, pág. 147-149 [partitura]
Salmo: Iremos com alegria [partitura]
Ofertório: A Vós, Senhor, pertence a honra e o poder - NCT 190 [partitura]
Comunhão: Cristo é o Primogénito - Pe. M. Luís [partitura]
Pós-Comunhão: Jesus Cristo, ontem e hoje - CEC I pág. 72,73 [partitura]
Final: Christus vincit - CEC II 149 - [partitura]
 
CEC I - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. I
CEC II - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. II
NCT - Novo Cantemos Todos
 



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Hoje a Igreja celebra a Memória da Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria no Templo. É uma celebração em que lembramos a dedicação que Maria fez de Si mesma a Deus, já desde a infância e movida pelo Espírito Santo, que A encheu de graça desde a Sua Imaculada Conceição.


Os Evangelhos não nos falam da infância da Virgem Santa, mas a Tradição Oral e outros escritos relatam que quando Nossa Senhora tinha aproximadamente 3 anos, os seus pais, São Joaquim e Santa Ana, apresentaram a sua filha no Templo, consagrando-A ao Senhor.

Sem dúvida, foi para os seus pais um sacrifício muito grande separar-se da sua filhinha. Mas o que os levou a fazer tal sacrifício? A Tradição fala de um voto que tinham feito, provavelmente por inspiração sobrenatural, querendo Deus que a Sua futura Esposa e Mãe recebesse uma educação e instrução aperfeiçoada.

Apesar de pequenina, mas devido aos privilégios que já possuía, Maria ofereceu-Se certamente sem reserva e para sempre.

A Memória Litúrgica da Apresentação de Nossa Senhora encerra belos ensinamentos para a família cristã, para pais e filhos. Os pais não devem sacrificar os filhos ao egoísmo e às paixões, mas consagrá-los a Deus, que a Ele pertencem!


E todos nós devemos ver em Maria um exemplo que devemos imitar, se queremos que a nossa vida seja agradável a Deus: Oração, fidelidade a Deus, pureza de coração e trabalho - tudo para glória de Deus: Eis os pilares principais da vida cristã! 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Papa publicará Exortação Apostólica no encerramento do 'Ano da Fé'

O Ano da Fé será encerrado no dia 24 de Novembro, na Solenidade de Cristo Rei do Universo. Nesse mesmo dia, o Papa Francisco entregará a sua primeira Exortação Apostólica intitulada 'Evangelii Gaudium'.


Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, destaca que este documento contém «uma missão que é confiada a cada pessoa baptizada para se tornar evangelizador. Jesus quis a Igreja para evangelizar e portanto, se não existir evangelização, a Igreja inevitavelmente definhará».

O texto é aguardado com grande expectativa no Vaticano e em toda a Igreja. A Exortação será entregue simbolicamente a todo o Povo de Deus, durante a celebração, sendo facultada pelo Papa a um Bispo, um sacerdote, um diácono, religiosos e religiosas, noviças, uma família, catequistas, artistas, jornalistas, jovens, idosos e doentes. Será apresentada depois à imprensa no dia 26, na Sala João Paulo II – Vaticano.

Ainda segundo Dom Fisichella, neste Ano, mais de 8 milhões e meio de peregrinos se reuniram diante do túmulo de São Pedro, professando a Fé no que é apenas um sinal entre os menores, mas significativos, que permanecerão na memória do Ano da Fé.

Recorde-se que no próximo Domingo serão colocadas à veneração pela primeira vez as relíquias de São Pedro, no início das celebrações conclusivas do Ano da Fé, pelas 09h30 na Praça de São Pedro (hora de Portugal).


A Sala de Imprensa da Santa Sé informou ainda que durante a celebração serão recolhidas ofertas em favor das vítimas do tufão Hayan, que atingiu as Filipinas na semana passada, provocando milhares de mortos.
Com informações de: ACI Digital

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A JMV Sobreiro está a crescer

A JMV Sobreiro iniciou ontem o acolhimento dos jovens que terminaram no ano passado os dez anos de catequese e que actualmente se estão a preparar para o Sacramento do Crisma.

Após alguns anos de interrupção de entrada de elementos, devido à inexistência de alguns grupos de catequese de adolescentes, este ano retoma-se assim a entrada anual de elementos para o Grupo de Jovens.

Mais do que convidá-los a conhecer a Juventude Mariana Vicentina, o objectivo do grupo é apresentar aos mais novos uma forma de continuar a caminhar na Igreja, procurando «crescer na Fé, crescer enquanto pessoa, e continuar com Jesus na minha vida» - como diziam os mais novos na dinâmica da primeira reunião de formação.

Até dia 8 de Dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, no qual os jovens serão admitidos na Juventude Mariana Vicentina, serão realizadas reuniões semanais com vista ao conhecimento do Movimento e ao conhecimento e partilha de ideias com o grupo já existente.

Como a diferença de idades entre o grupo actual e o grupo que se prepara para entrar é significativa, todos os jovens farão parte do mesmo grupo - JMV Sobreiro - no entanto com caminhadas formativas diferentes.

Enquanto para os elementos que já pertenciam ao grupo, durante este ano vai ser aprofundada a Moral Católica e a Promoção de uma Cultura de Vida, para os mais novos será feita uma apresentação e confrontação com o que é a Juventude Mariana Vicentina e de como esta pode ser uma resposta às dúvidas e necessidades que eles sentem.

Todos juntos, mais novos e mais velhos, terão sempre o momento de oração do grupo e as actividades práticas para fazer, nomeadamente os aspectos de cariz mais Vicentino e o crescimento espiritual na Liturgia e na Devoção a Nossa Senhora.

Que a entrada de novos elementos para o grupo traga um rejuvenescimento à JMV Sobreiro e permita, com a ajuda de todos, um contínuo crescimento de Fé.


Pedimos a Nossa Senhora, Mãe da Igreja e Mãe de todos os jovens que nos ampare e proteja nesta nova etapa de vida da JMV Sobreiro.

domingo, 17 de novembro de 2013

Papa Francisco "prescreve" medicamento

Após a recitação do Angelus deste Domingo, o Papa Francisco recomendou a todos aqueles que estavam na Praça de São Pedro e, através dos meios de comunicação social, a toda a Igreja a "toma" de um medicamento: a "Misericordina".

Este "remédio espiritual" que o Papa Francisco convidou a Igreja a usar foi distribuído numa pequena caixa lembrando uma caixa de remédios, contendo no seu interior uma imagem de Jesus Misericordioso, um terço com as 59 contas, acompanhado de uma "bula" com a "posologia", como por exemplo, procurar um local silencioso e ajoelhar-se diante de uma imagem de Jesus Misericordioso. No reverso da "bula", estão presentes algumas passagens do Diário de Santa Faustina Kowalska.

O Papa  lembrou ainda que com aquele terço poderia ser rezado o Terço da Misericórdia, «ajuda espiritual para a nossa alma, para nossa vida e para divulgar em todo lugar o amor, o perdão e a fraternidade».

Para o Santo Padre, o Terço da Misericórdia e esta proposta que hoje apresentou «é um medicamento especial para perceber os frutos do Ano da Fé, que está a chegar ao fim».

No fim da alocução, o Papa Francisco lembrou ainda: «Não se esqueçam de ficar com uma caixa, porque faz bem! Faz bem ao coração, à alma e para toda a vida!»

Procuremos também nós, apesar de não termos estado fisicamente na Praça de São Pedro hoje, seguir as indicações do Santo Padre e fazer deste "medicamento" uma toma diária na nossa vida.





sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Um gesto pela Paz

No próximo Domingo, 17 de Novembro, representantes das diferentes estruturas diocesanas da Cáritas em Portugal realizam no Santuário de Fátima o momento simbólico que marcará um dos primeiros gestos da campanha solidária “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, promovida anualmente no Advento e Natal pela Cáritas.
 
Este ano, parte das verbas obtidas com a venda das velas apoiará o povo da Síria, atingido por uma guerra civil.
 
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, Pe. Manuel Morujão, anunciou que 35% dos fundos conseguidos através da iniciativa serão encaminhados para aquela região do Médio Oriente, para apoio às populações locais. Os restantes 65% serão aplicados pela Cáritas em projectos de apoio às famílias portuguesas em situação de carência.
Em concreto, a participação nesta campanha tem em vista a aquisição de uma pequena vela, à venda nos mais diversos espaços comerciais, por1 € e o seu acendimento na noite ou no dia de Natal como sinal de anúncio de paz, solidariedade e reconciliação.
A Cáritas Portuguesa tem como missão o desenvolvimento humano e a defesa do bem comum, através da animação da Pastoral Social, intervindo em ordem à transformação social, fomentando a partilha de bens e a assistência, em situações de calamidade e emergência.
Assim, estamos todos convidados a acender uma vela e a rezar pela Paz, na Santa Noite de Natal!
Com informações de: Santuário de Fátima

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Domingo XXXIII do Tempo Comum

A Liturgia deste Domingo, o penúltimo do ano litúrgico, ensina-nos que toda a construção e segurança são enganadoras. Neste mundo, em que o que é verdade num dia, já não o é no outro, Jesus Cristo permanece o mesmo ontem, hoje e sempre.
Por isso, o Senhor encoraja o Seu povo a perseverar na busca da salvação eterna, apesar dos maus
tratos, abusos e perseguições a quem dá um testemunho de vida cristã coerente.


No Evangelho, Jesus fala do fim dos tempos e alerta para os falsos profetas que surgirão em Seu nome: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais».

Quantas e quantas vezes já temos ouvido ‘profecias’ sobre o fim do mundo? Desde datas concretas ao modo como o mundo terminará, já se ouviu um pouco de tudo. Jesus alerta para não seguirmos esses enganadores, pois ninguém sabe – nem os Anjos do Céu – nem o  dia nem a hora em que Jesus virá como Justo e Misericordioso Juiz dos vivos e dos mortos:

«O Juízo Final virá quando Cristo voltar em glória. Somente o Pai sabe o dia e a hora para acontecer, só Ele decide sobre a Sua vinda. Pelo Seu Filho Jesus Cristo, Ele pronunciará a sua palavra definitiva sobre toda a história» (Catecismo da Igreja Católica, 1040).

O ensinamento da Igreja sobre o Juízo Final e a situação dos cristãos nos últimos dias não é uma mensagem de medo, mas sim de esperança! É certo que as dificuldades enunciadas por Jesus são muitas: perseguição, prisão, insultos, denúncias pelos próprios parentes e amigos, toda a espécie de ódio e até a morte.

Mas como Jesus não é catastrofista - nem nós podemos ser! - o Evangelho apela à resistência e à fidelidade a Jesus e à Sua Igreja, terminando com as estas reconfortantes palavras, que foram a força de tantos Santos e Mártires nestes dois milénios de vida da Igreja: 

«Assim tereis ocasião de dar testemunho. Nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».

PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA:

Entrada: Eu Vos invoco, Senhor - CEC II, pág. 129-130 [partitura]
Salmo: O Senhor virá governar com justiça [partitura]
Ofertório: Bendito seja Deus - F. Santos [partitura]
Comunhão: Estai preparados - CEC I, pág. 11 [partitura]
Pós-Comunhão: Eu estou sempre convosco - CEC I, pág 155,156 [partitura] 
Final:  Bendiz, ó minha alma, o Senhor! - Miguel Carneiro [partitura]

CEC I - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. I
CEC II -  Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. II

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Um convite à Santidade e uma resposta com a Vida

«A Santidade é um caminho feito de quotidiano, não se improvisa, nasce da fidelidade gerada e desejada em todos os dias. Nasce de um coração que se alegra em semear eternidade em cada acontecimento e em cada pessoa. A luz da fé, semeada em nós no dia do nosso Baptismo, faz despontar este dinamismo interior de um Deus-Amor que nos habita e nos ‘habilita’ a ser “santos como Ele é Santo”.

Recordava-nos, a este propósito, o Beato João Paulo II: ‘Seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial’. [...]

Sabemos que a mensagem que a “Senhora mais brilhante que o sol” confiou aos três pastorinhos em Fátima, e que sempre guiou e motivou os passos da pequena Lúcia, é um apelo forte à conversão da vida e do coração, a uma renovação espiritual profunda colocando Deus no centro, dando prioridade ao que é essencial. A mensagem de Fátima e a vida de Lúcia são isso mesmo: um apelo, um convite, um chamamento, a ver e a viver o essencial.

[...]

O Beato João Paulo II recorda-nos que: ‘À contemplação do rosto de Cristo, ninguém se dedicou com a mesma assiduidade de Maria. Os olhos do seu coração concentram-se de algum modo sobre Ele já na Anunciação, quando O concebe por obra do Espírito Santo; nos meses seguintes, começa a sentir sua presença e a pressagiar os contornos.

Quando finalmente O dá à luz em Belém, também os seus olhos de carne podem fixar-se com ternura no rosto do Filho, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura. Desde então o seu olhar, cheio sempre de reverente estupor, não se separará mais d'Ele.’ (RVM 10).

[...]

Com um olhar novo, cheio de Deus e de Céu, acompanhados pela Senhora do Rosário, aprendamos a celebrar o Céu “já aqui”! E, com a coragem dos santos, peguemos também nós no nosso rosário todos os dias e ousemos invocar e contemplar Aquele que se fez um de nós no seio da “Cheia de Graça”».

Pe. Luís Miranda
Vice-reitor do Pontifício Colégio Português em Roma

Fonte:
Causa da Beatificação da Ir. Lúcia,
Excertos da NEWSLETTER Nº 9 _  13 | OUTUBRO | 2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Como nos devemos comportar na igreja?


Dom Henrique Costa, autor do texto, em oração diante do Sacrário.
«Desejas comportar-te na igreja como um verdadeiro católico? Ao entrares, repara se há a pia de água benta. Se houver, faz o sinal da Cruz com ela, recordando o teu Baptismo, pelo qual, marcado para sempre pela cruz do Redentor, entraste na Igreja. Entrar na igreja deve sempre recordar-nos a graça de quando entramos na Igreja-Povo de Deus Pai, Corpo de Cristo e Templo do Espírito!


Depois, vai até o teu lugar. Antes de entrares na fileira dos bancos, faz a genuflexão ao Santíssimo Sacramento, se Ele estiver à vista: dobra até o solo o teu joelho direito. Os católicos orientais em geral rezam de pé para recordarem que são humanidade nova e gloriosa em Cristo; rezam, pois, de pé, numa posição gloriosa. Belíssimo!

Nós, católicos latinos, ajoelhamo-os em várias ocasiões, como acto de humildade ante o Senhor e, sobretudo, recordando a autoridade de Cristo Jesus, diante de Quem deve dobrar-se todo joelho no céu, na terra e nos abismos. Assim, recordamos também que ainda não somos plenamente glorificados, ainda estamos a caminho! Belíssimo também!

Depois, já no teu lugar, ajoelha-te e reza; derrama o teu coração diante o Senhor em louvor, adoração e amoroso silêncio. Se não estiveres inspirado, basta saudar o Santíssimo Sacramento, rezar o Pai-nosso, um Glória ao Pai, uma Ave-Maria... Só depois, senta-te, calma e silenciosamente, pensando nas coisas de Deus, nas coisas da vida e nas coisas do céu e espera pelo início da Santa Liturgia!

Se precisares realmente de falar com alguém, fá-lo com voz muito baixa e com discrição. É importante preservar o ambiente de sacralidade, respeito e religioso silêncio: "O solo que pisas é santo" (Êxodo 3,5); foi especialmente consagrado a Deus!

É assim que um verdadeiro católico, consciente e educado na fé, se comporta na igreja!»


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Vaticano vai expor relíquias do Apóstolo São Pedro

O Vaticano vai expor publicamente pela primeira vez as relíquias de São Pedro, o primeiro Papa da Igreja, numa iniciativa que se insere nas celebrações conclusivas do Ano da Fé, que termina a 24 de Novembro.

O anúncio foi feito na passada sexta-feira pelo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella, num artigo publicado no jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano.

Não existem dúvidas que estas relíquias pertencem ao Príncipe dos Apóstolos, cujos restos mortais estão nas grutas debaixo do Altar Papal da Basílica de São Pedro, no Vaticano e que agora o Papa Francisco decidiu expor à veneração dos fiéis no final deste mês, algo inédito na História da Igreja.

Em 1953, com trabalhos ordenados pelo Venerável Papa Pio XII e dirigidos pela arqueóloga Margherita Guarducci, após vários incidentes e alguns insucessos, foram encontrados indubitáveis indícios da legitimidade das relíquias de São Pedro numa concavidade de uma parede no nível subterrâneo da Basílica Vaticana, onde se podia ler em grego: ‘Pedro está aqui’.

Foram realizados mais estudos e identificaram-se 135 ossos, dos quais poucos estavam inteiros. Foi constatado que provinham de um só indivíduo, do sexo masculino, de físico robusto e falecido no I século entre os 60 e 70 anos e que tinha sido sepultado com grande respeito e devoção.

Após longos e extensos estudos, a 26 de Junho de 1968, Paulo VI anunciou solenemente ao mundo que «as relíquias de São Pedro foram identificadas de um modo que julgamos convincente».

No final do seu artigo, D. Rino Fisichella apresenta a fé de São Pedro como o modelo de fé para os cristãos, que são animados e fortalecidos pela contemplação do rosto de Cristo:


«A fé de Pedro, portanto, confirmará mais uma vez que a «Porta» para o encontro com Cristo está sempre aberta e espera ser atravessada com o mesmo entusiasmo e convicção dos primeiros crentes».

domingo, 10 de novembro de 2013

Magusto com os idosos do Lar do Sobreiro

Os utentes do Lar e Centro de Dia do Sobreiro festejaram hoje o São Martinho, com um Magusto-convívio, reunindo os familiares, funcionários e alguns amigos. A JMV Sobreiro não podia deixar de estar presente e, como tal, foi passar um pouco da tarde de Domingo com os idosos.


Tendo chegado um pouco mais cedo da hora do início do Magusto, ajudámos as funcionárias do Lar a cortar e preparar as castanhas para assar. Depois, aproveitámos para conviver um pouco com os idosos, conversando e jogando o dominó.

À hora marcada começou o bailarico no qual muitos utentes se divertiram a dançar connosco um pezinho de dança. Foi muito divertido poder dançar com aqueles que semanalmente vamos buscar para a Missa e que por isso, nutrem por nós um carinho especial.

A relação que se formou entre a JMV Sobreiro e os idosos do Lar tem vindo a tornar-se cada vez mais próxima, possibilitando assim alegres momentos de convívio e de confraternização.

A iniciativa, tal como no ano passado, teve como objectivo principal a angariação de fundos para a aquisição de uma carrinha com plataforma elevatória para o transporte de utentes do Lar com mobilidade reduzida.

Pudemos ainda calcar as nossas mãos num placard que tinha sido feito para recordar todos os que se fizeram presentes neste convívio. Uma árvore cujas folhas eram as nossas mãos.

O ambiente que se viveu nesta tarde foi bastante familiar e para nós, enquanto jovens Vicentinos foi uma forma diferente de passar uma tarde de Domingo, ajudando aqueles que mais necessitam do nosso apoio. 

Mais do que ajudar monetariamente, o grupo procurou ajudar com a sua presença, com a sua alegria e com o carinho que tem para com os idosos do Lar.

Um obrigado muito especial à Direcção do Centro Social e Paroquial de Mafra pela amizade que nutre por nós e pelo facto de nos fazer sentir em nossa casa, quando estamos nesta instituição. 

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