"Raios de Luz"


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Santo André, Apóstolo e Mártir

A Igreja celebra no próximo dia 30 de Novembro a Festa Litúrgica de Santo André, apóstolo e Mártir. Para a Paróquia de Mafra este dia é motivo de alegria e regozijo pois Santo André é o seu padroeiro.

Irmão de São Pedro, Santo André foi um dos doze discípulos de Jesus, tendo mesmo sido o primeiro a seguir o Senhor. Antes de conhecer Jesus e de ter sido feito «pescador de Homens» juntamente com seu irmão, Santo André vivia em Cafarnaúm e era discípulo de João Baptista.

Com São João Baptista e o seu irmão, Simão Pedro, o padroeiro da nossa paróquia foi a Jericó e lá, à passagem de Jesus, João Baptista indicou-O como o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo».

Santo André participou da vida pública de Jesus, tendo estado presente na Última Ceia, tendo visto Cristo Ressuscitado, testemunhado a Ascensão e recebido o Espírito Santo no dia de Pentecostes.

A sua pregação e anúncio do Evangelho começou na Palestina, tendo o Apóstolo Santo André chegado até à Grécia onde fundou uma grande comunidade.

Uma tradição narra a morte de André em Patras, onde também ele sofreu o suplício da crucifixão. Mas, naquele momento supremo, de modo análogo ao de seu irmão Simão Pedro, pediu para ser posto numa cruz diferente da de Jesus. No seu caso tratou-se de uma cruz em forma de X, isto é, transversalmente inclinada, que por isso foi chamada «cruz de Santo André».

Eis o que o Apóstolo disse naquela ocasião, segundo uma antiga narração:

«Salve, ó Cruz, inaugurada por meio do corpo de Cristo e que se tornou adorno dos Seus membros, como se fossem pérolas preciosas. Antes que o Senhor fosse elevado sobre ti, tu incutias um temor terreno. Agora, ao contrário, dotada de um amor celeste, és recebida como um dom. Os crentes sabem, a teu respeito, quanta alegria possuis, quantos dons tens preparados.


Portanto, certo e cheio de alegria venho a ti, para que também tu me recebas exultante como discípulo Daquele que em ti foi suspenso [...]. Ó Cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! [...] Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, para que por teu intermédio me receba Quem por ti me redimiu. Salve, ó Cruz; sim, salve verdadeiramente!»

O Papa Bento XVI, na Audiência Geral de 14 de Junho de 2006, referindo-se ao Apóstolo Santo André, referiu que «há aqui uma profundíssima espiritualidade cristã, que vê na Cruz não tanto um instrumento de tortura mas, ao contrário, o meio incomparável de uma plena assimilação ao Redentor, ao grão de trigo que caiu na terra. Devemos aprender com isto uma lição muito importante: as nossas cruzes adquirem valor se forem consideradas e aceites como parte da cruz de Cristo, se refletirem a sua luz. Só naquela Cruz são também os nossos sofrimentos nobilitados e adquirem o seu verdadeiro sentido.».

Uma das primeiras referências a Nossa Senhora como Virgem Imaculada vem, segundo a tradição, da boca de Santo André. Diz-nos o Apóstolo que «tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido.»

O apóstolo André ensina-nos a seguir Jesus com prontidão, tal como ele o fez, encontrando por isso um sentido último para a nossa vida e para a nossa morte. Procuremos encontrar na sua vida e no seu testemunho a força e coragem para anunciarmos o Evangelho mesmo que isso tenha implicações concretas na nossa vida e façamos nossas as palavras do Apóstolo e Mártir:


«Ó Cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! 
Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, 
para que por teu intermédio me receba Quem por ti me redimiu.»

Fonte (Adaptado)

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