Menos de uma semana depois, Jesus
é condenado à morte, carrega aos ombros a cruz dos pecados da Humanidade e é
morto no Calvário. Do Seu lado saem sangue e água, quando o soldado romano o
trespassa com uma lança. Da cruz, instrumento de morte daquela época, nasce a
vida eterna para o Homem. Deus estabelece a nova e eterna aliança
através do Sangue de Seu amado Filho que foi derramado na cruz.
«Ao amanhecer, os príncipes dos
sacerdotes declaram Jesus réu de morte e depois conduzem-no a Pilatos, a fim de
que este o condene a morrer crucificado. Pilatos, tendo interrogado diversas
vezes, tanto os Judeus como o nosso Salvador, reconhece que Jesus é inocente e
que todas as acusações são calúnias. Sai para fora e declara que não encontra em Jesus culpa alguma para
condená-lo. Após a revolta dos Judeus, e sabendo que Jesus era da Galileia,
encaminha-O para Herodes»
Quantas vezes, também nós, em vez
de nos afirmarmos e de irmos contra as opiniões do mundo, no que toca às
questões que atentam contra a vida humana e contra a fé, "limpamos as mãos"
e passamos para os outros a responsabilidade? Quantas vezes pecamos por
omissão...
«Herodes , vendo que Jesus não
lhe respondia, desprezou-o e tratando-o como um doido, escarneceu d'Ele,
mandando-o vestir uma túnica, manietando-o com toda a corte, acabando por
envia-l'O novamente para Pilatos»
Santo Afonso Maria Ligório medita
sobre os últimos momentos da vida de Jesus e convida todos a meditarem na forma
como os nossos pecados foram a causa do sofrimento do Redentor:
«Ó meu
desprezado Salvador, faltava-Vos ainda esta injúria, a de ser tratado como um
doido. Cristãos, vede como o mundo trata a Sabedoria Eterna! Feliz de quem se
compraz em ser considerado com um doido pelo mundo, e não quer saber de outra
coisa senão de Jesus Crucificado, amando os sofrimentos e os desprezos.»
De novo junto de Pilatos, Jesus é
posto ao lado de Barrabás, um abominável salteador e pecador, para que o povo
escolha qual deles quer que seja libertado. "Solta antes Barrabás! E que quereis que faça com Jesus, o Nazareno?
.... Seja crucificado!"
Perante esta escolha que é posta
aos judeus: o Filho de Deus ou um pecador, Santo Afonso compara com todas as
vezes que na nossa vida optamos pelo que é mundano e fruto do pecado e do mal,
ao invés de escolher a Jesus.
«Ai de mim, meu Senhor! Todas as vezes que cometi o pecado, fiz como os
judeus. A mim também se perguntava o que desejava: a Vós ou ao vil prazer. Hoje
estou arrependido de todo o coração e digo que prefiro a Vossa graça a todos os
prazeres e tesouros do mundo. Ó Bem infinito, ó meu Jesus, amo-Vos acima de
todos os outros bens; só a Vós quero e nada mais. Ó Mãe das Dores, minha Mãe
Maria, impetrai-me a santa perseverança!»
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