"Raios de Luz"


domingo, 24 de março de 2013

Retiro de Quaresma: «O lugar de Maria na Redenção»


No passado dia 22 de Março, a JMV Sobreiro deslocou-se até Santo Antão do Tojal para aí passar um dia de retiro, reflexão e oração. Com a orientação do Padre Duarte Morgado, este encontro teve como tema ‘O lugar de Maria na Redenção’.

Estando a Igreja a viver o Santo Tempo da Quaresma, foi sugerido pelo Padre Duarte que cada jovem levasse um género alimentar para a Casa do Gaiato, praticando desta maneira o preceito quaresmal da caridade, unindo-se assim à oração e à reflexão próprias do retiro.

Chegados pelas 9h30 ao local onde nos esperava o Padre Duarte, fomos conduzidos a uma das bonitas salas que compõem o antigo Palácio Patriarcal e ali se iniciaram as actividades com a oração de Laudes.

Seguidamente, após a audição de uma Oratória do Padre Cartageno sobre as aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, na qual se escutava ‘Eu Te bendigo ó Pai, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes, mas as revelastes aos pequeninos…’, o Padre Duarte tomou a palavra e, partindo da Mensagem de Fátima, introduziu a questão “quem é Nossa Senhora para nós?”.

As respostas foram variadas (‘Mãe de Deus’, ‘poderosa intercessora’, ‘Virgem Fiel’, ‘Mãe da Igreja’, ‘ a Imaculada’…). Partindo das respostas dadas, o grupo foi esclarecido que existem três fontes – acessíveis a todos e que “devem fazer parte da leitura de mesa-de-cabeceira de todo o católico” - a partir das quais se pode conhecer verdadeiramente Nossa Senhora e a importância desta Mulher na História da Salvação: A Bíblia, o Catecismo da Igreja Católica (ou o seu Compêndio) e a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae do Papa João Paulo II.

Abrindo a Bíblia, nas passagens sugeridas pelo Padre Duarte, o grupo pôde constatar que, de facto, muitas orações, jaculatórias e invocações a Nossa Senhora provêm directamente do estudo das Escrituras pelos Padres da Igreja.  Seguidamente, ouvimos parágrafos do Catecismo em que é explicada a oração da Avé-Maria. Esta reflexão foi muito enriquecedora, uma vez que ajudou os jovens a perceber  a beleza e importância desta oração de louvor e de súplica a Nossa Senhora, para que interceda por nós, no tempo presente e, um dia, na hora da nossa morte.

Uma vez que tudo em Maria nos aponta para Jesus, foi depois lido um excerto da Carta Apostólica na qual o Beato João Paulo II afirma: «o baricentro da Avé-Maria, uma espécie de charneira entre a primeira parte e a segunda, é o nome de Jesus. E é precisamente pela acentuação dada ao nome de Jesus e ao seu mistério que se caracteriza a recitação expressiva e frutuosa do Rosário».

De facto, explica o Padre Duarte, “é esta ligação íntima de Maria com Jesus que faz d’Ela uma mulher tão especial, não é mais uma santa mulher, devota, fiel, mas é a Santíssima, a Mãe de Jesus. Por causa d’Ele foi toda de Deus.

Mesmo nos momentos mais difíceis da Sua vida, como foi o momento da morte do Seu Filho, Nossa Senhora sofreu mas teve sempre a consolação da Fé e da Esperança. Enquanto os discípulos desertavam, Maria confiava.  

Sabia que a lógica e o poder de Deus são diferentes dos nossos. Nossa Senhora sabia que estava instaurado um novo ministério, em que os homens não se servem dos homens, mas que os homens servem outros homens. Ela, apesar de não perceber muitas coisas, sabia no seu íntimo que as coisas de Deus não podiam terminar assim.

Partindo da Bíblia, foi proposto a cada um que escolhesse uma passagem da Sagrada Escritura que se relacionasse com Nossa Senhora e meditasse nessas palavras. Cada jovem foi então ler a passagem bíblica, tendo havido uma partilha de ideias sobre o que cada um reteve daquele texto sagrado.

Imediatamente antes do almoço, houve ainda tempo para escutar um novo excerto da Oratória sobre as aparições de Fátima, na qual se entoava “Por fim, o Meu Imaculado Coração Triunfará”. Foi explicado pelo Padre Duarte que Nossa Senhora pode ser vista como "o primeiro Pontífice", ou seja, Aquela que faz a ponte entre Deus e os homens. Desta forma, o tema de ser pontífice (fazer a ponte) serviu de mote para se falar brevemente sobre o Papado, mais concretamente sobre a pessoa do Papa Francisco, recentemente eleito, nas suas diferenças, particularidades e na necessidade de se rezar sempre pelo Sumo Pontífice Romano, para que seja o Pastor que Deus quer para a Sua Igreja.

Após o almoço partilhado, houve um tempo de convívio no qual foram entregues ao Padre Duarte duas pequenas lembranças: o livro «Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem» de São Luís Maria Monfort e um pequeno registo/oratório feito pelo grupo com uma pagela de Nossa Senhora de Fátima. Pelas 15h30, foi celebrada Missa na Igreja de Santo Antão.


Este dia de retiro terminou perto das 17h00, após uma fotografia de grupo com o Padre Duarte, a quem agradecemos as edificantes palavras e os momentos de reflexão e de oração que ajudaram e ajudarão o Grupo a crescer na devoção e na gratidão à Virgem Santíssima, Mãe da Igreja e Medianeira das Graças.

  

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