"Raios de Luz"


sexta-feira, 29 de março de 2013

Sexta-feira Santa: Jesus morre pelos nossos pecados



«Pater, in manus tuas commendo spiritum meum»

É esta a última palavra que Jesus profere com confiança filial e perfeita resignação com a vontade de Deus. Celebramos hoje a Sexta-feira da Paixão do Senhor. Depois de meditarmos nestes últimos dias, o que aconteceu a Jesus desde a Sua entrada triunfal em Jesus, hoje contemplamos o Senhor pregado da cruz, entre dois ladrões, como se de um malfeitor se tratasse.

As últimas palavras de Jesus demonstram que Ele não estava no mundo para fazer a Sua vontade, mas a de Seu excelso Pai, Nosso Senhor. E colocando-se nas mãos de Deus, Jesus estava disposto a suportar, se fosse vontade divina, maior padecimento sobre a cruz.

Poder-nos-íamos questionar se algumas vez seríamos de fazer o mesmo nas nossas vidas. Será que seríamos capazes de entregá-La por Deus, padecendo os suplícios que nos fossem impostos? Quantos mártires já fizeram parte dos dois mil anos de história da Santa Igreja. De certo que todos eles olharam para a entrega total de Jesus na Cruz e foram capazes de entregar as suas vidas nas mãos do Pai.

Pelas três horas da tarde, a morte abeira-se de Jesus, e enquanto treme a terra, se abrem os túmulos e se rasga o véu do templo, as forças de Nosso Senhor vão-lhe falhando e eis que ao abandonar o corpo, deixa cair a cabeça e expira: «Tudo está consumado».

Todos aqueles que estavam com Jesus, por causa da força com que proferiu as Suas últimas palavras, contemplam-no silenciosamente, e vendo-o expirar dizem: o Senhor morreu!

O Autor da Vida morreu!

«Vem minha alma, levanta os olhos e contempla o Cordeiro Divino já imolado no altar da cruz; lembra-te que Ele é o Filho predilecto do Pai e que morreu pelo amor que te tem dedicado. Vê esses braços abertos para te acolherem, a cabeça inclinada e o lado perfurado para te receber.»

Santo Afonso convida-nos a olhar para o amor com que Jesus nos ama e que culminou na cruz. Deus não poupou a Sua própria pessoa para demonstrar o quanto nos ama.

«Meu Jesus, lançai sobre mim um esse olhar afectuoso com que me olháveis da cruz, olhai-me, iluminai-me e perdoai-me! Perdoai-me em particular a ingratidão que tenho para convosco, pensando tão pouco na Vossa Paixão e no amor que nela me tendes demonstrado».

Ao contemplarmos o triste cenário da morte do Autor da Vida no madeiro da cruz, detenhamo-nos naquilo que foi esta entrega. Jesus padeceu, foi açoitado, coroado de espinhos, pregado num madeiro e posto à vista de todos. Muitos  foram aqueles que O escarneceram e duvidaram da Sua Divindade.

Quantas vezes, também nós o açoitamos com os nossos pecados? Sem termos consciência do que Jesus sofreu ao ser trespassado por aqueles pregos, ofendemo-lo, ofendemos a Sua Santa Mãe e carregamos ainda mais nos cravos que chagaram as Suas benditas mãos.

Ó Maria, minha Mãe e Mãe das Dores, Vós que chorastes amargamente a morte do Vosso Filho no madeiro da cruz, purificai-me com as Vossas lágrimas, para que me emende e procure, em tudo e sempre, ser verdadeiramente um filho amado de Deus Pai Todo-Poderoso.


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