"Raios de Luz"


quarta-feira, 21 de maio de 2014

O diálogo e o anúncio não se excluem um ao outro

O diálogo inter-religioso «não implica relativizar a fé cristã», diz o Papa Francisco numa mensagem enviada ao Cardeal Jean-Louis Tauran, por ocasião dos 50 anos do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

O Papa recorda antes de tudo que o Dicastério para o Diálogo Inter-religioso nasceu durante o Concílio Vaticano II, por vontade de Paulo VI. Nessa ocasião, «a Igreja – observa o Papa - sentia-se animada por um sincero desejo de encontro e de diálogo com toda a humanidade».

Aliás, continua o Papa, «o diálogo só é possível a partir da própria identidade».

Como foi mostrado por São João Paulo II, reitera o Papa Francisco, «diálogo e anúncio não se excluem mutuamente, mas têm uma íntima ligação, embora se tenha que manter distintos e não devem ser nem confusos nem instrumentalizados ou considerados equivalentes ou intercambiáveis».

Como Cristo a caminho de Emaús, continua o Papa, «a Igreja deseja fazer-se próxima e companheira de viagem de cada homem».

Neste contexto, garante o Papa, «a Igreja estará sempre mais empenhada a percorrer o caminho do diálogo e a intensificar a cooperação, já frutuosa, com todos aqueles que pertencem a diferentes tradições religiosas e partilham a vontade de construir relações de amizade e tomam parte nas numerosas iniciativas de diálogo».

Por fim, o Pontífice agradece ao Dicastério para o Diálogo Inter-religioso pelo trabalho realizado nestes 50 anos e espera que continue «com renovado entusiasmo a sua missão, que vai beneficiar também a própria causa da paz e do autêntico progresso dos povos».

Rádio Vaticano

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