"Raios de Luz"


sexta-feira, 7 de março de 2014

Meditações de Quaresma: O Tempo da paciência de Deus

«Neste santo tempo quaresmal, somos chamados a escutar com mais atenção ainda a Santa Palavra que o Senhor nos dirige.
 
Durante os quarenta dias deste período sagrado que nos prepara para a Páscoa, toda a Igreja é chamada a recordar-se que é o novo Israel, um povo consagrado a Deus, reunido pelo Senhor do meio de todas as nações, consagrado pelo Sangue precioso de Cristo, separado do mundo e enviado ao mundo para no mundo fazer brilhar a glória do Senhor.
 
Somos um povo santo, um povo sacerdotal, um povo de testemunhas do Senhor e de intercessores pela inteira humanidade... O que era o antigo Israel de modo figurativo e, em certo sentido, provisório, somos nós agora de modo pleno e definitivo.
 
Assim, nestes dias quaresmais, a Igreja deve voltar ao deserto com a mente, com o coração, com a recordação, com o afecto. A Igreja deve estar atenta ao antigo Israel, pois, como diz o santo Apóstolo, os fatos ocorridos com o antigo povo ‘aconteceram para serem exemplos para nós, a fim de que não desejemos coisas más, como fizeram aqueles no deserto’ e não murmuremos como eles murmuraram e não sejamos infiéis como eles foram.
 
Atenção para não pensarmos: «Somos a Igreja de Cristo, somos o povo da eterna aliança, nada de mal nos acontecerá!» Não caiamos nesta ilusão!
 
O próprio São Paulo nos recorda, na Escritura Santa: ‘Quem julga estar de pé, tome cuidado para não cair’. E ainda mais Jesus, no Evangelho, nos exorta gravemente à conversão. Se a Igreja é a vinha do Senhor, que jamais será rejeitada, nós somos como aquela figueira que, se no período da paciência de Deus, não der fruto, será cortada do meio da vinha. Eis a Quaresma: tempo da paciência do Senhor para nós!»
 

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