"Raios de Luz"


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

No 9º Aniversário da morte da Irmã Lúcia

«E eu, também vou para o Céu?»

Hoje, 13 de Fevereiro, lembramos a partida para o Céu da Irmã Lúcia, a Vidente de Fátima que ficaria na terra mais algum tempo que os seus primos, Francisco e Jacinta, para fazer conhecer e amar Nossa Senhora.

Na aparição do dia 13 de Junho de 1917, Nossa Senhora disse a Lúcia: «Tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar... Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus» (MIL I, 4ª M, cap. II, nº 4, p. 175).

A vida da Irmã Lúcia assemelhou-se a um rio que, por onde passou, deixou vida. Desde a nascente (Aljustrel), passando por vales estreitos, contornando obstáculos quase intransponíveis, chegou à «barragem» do Carmelo de Coimbra, de onde contemplativamente (e amorosamente) se foi perdendo no Oceano do Amor até se encontrar na plenitude de si mesma em Deus.

Nunca foi água estancada, mas o seu coração esteve sempre em contínuo movimento, empurrado pela força do Amor, oferecendo a sua vida para que Nossa Senhora fosse mais conhecida e amada. Conhecer e amar. Ninguém ama aquilo que não conhece, costuma-se dizer. A vida da Irmã Lúcia não foi vida fácil, mas foi sempre uma vida com um sentido e causas sérias e profundas para se entregar totalmente à vontade de Deus: «De Ti, meu Deus, espero a graça de seguir com fidelidade o que de mim quereis, dar-Te tudo, dar-me toda!» (O meu Caminho, pág 139).

Verdadeiramente, pode aplicar-se à Irmã Lúcia a definição que a Beata Isabel da Trindade fazia da carmelita: «A carmelita é o sacramento de Cristo. Tudo nela O deve dar a nosso Deus Santíssimo, ao Deus crucificado e todo Amor. Mas para assim o dar, é preciso ter-se deixado transformar numa mesma imagem com Ele; necessária a fé que vigia e ora sem cessar; a vontade, tornada enfim cativa e que já não se afasta; um coração verdadeiro, puro, e que se sobressalta à bênção do Mestre» (NI 14).

A Irmã Lúcia viveu 57 anos na Ordem carmelita, a Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Conhecer e amar Nossa Senhora foi a sua missão neste mundo. «Quero que a minha vida seja um rasto de luz que brilha no caminho dos meus irmãos, indicando-lhes a fé, a esperança e a caridade» (O Meu Caminho, III, p. 183). Foi este o caminho que Nossa Senhora lhe ensinou e que a “conduziu até Deus”.

Conhecer e amar Nossa Senhora é uma missão sublime, porque «no tabernáculo do ventre de Maria, Cristo habitou durante nove meses; no tabernáculo da fé da Igreja, permanecerá até ao fim do mundo; no conhecimento e amor da alma fiel, habitará pelos séculos dos séculos».
 
Fonte: Adaptado do Boletim Mensal da Causa de Beatificação da Irmã Lúcia

Sem comentários:

Enviar um comentário

Analytics