"Raios de Luz"


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O dia que mudou a História da Igreja

Faz hoje um ano que o Saudoso Papa Bento XVI anunciou a resignação ao Ministério Petrino num Consistório que ficou marcado pelas lágrimas e espanto de muitos dos cardeais e elementos da Cúria Romana presentes.

Recordemos as palavras do Sumo Pontífice e fixemos-nos na profunda humildade com que foram proferidas:

«Caríssimos Irmãos, convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas- também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. (...) consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, (...) pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20:00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice».

Com estas palavras o Papa Bento XVI, muitas vezes apelidado pela comunicação social de 'autoritário' e 'conservador' mostrava ao mundo a sua grande humildade. Com este acto, muitas dúvidas surgiram, muita tinta correu nos jornais, mas o Santo Padre apenas quis dar à Igreja um novo Pastor, com mais força e vigor.

No site da Canção Nova, surgiu um texto acerca da humildade do Papa Bento XVI sobre o qual vale a pena partilhar e convidar à reflexão:

« Quem diria! (...) Um Papa que na sua infância e adolescência viu os horrores da guerra, foi obrigado a deixar o seminário para alistar-se e, nesse tempo tão doloroso, foi alvo de chacota entre os soldados de Hitler, porque alimentava um imutável e concreto desejo: ser padre.

O Pontífice que ainda cardeal, ao ser chamado por João Paulo II para trabalhar no Vaticano, sentiu a dor de deixar sua terra natal, a ponto de querer expressar visivelmente uma vida de simplicidade e renúncia: "Tudo o que tinha era apenas uma mala, alguns livros e o necessário”, ressaltou.

Um Sumo Pontífice que, ao ver uma criança com cancro numa das suas primeiras catequeses, fez o sinal da cruz também no ursinho que ela tinha nos braços, demonstrando que um Papa também é capaz de se baixar para entrar no universo dos pequeninos.

O Sucessor de Pedro que usou um relógio cobiçado por colecionadores mas que, para ele, tinha um valor que não poderia ser calculado por ninguém: era o relógio da sua irmã, que no leito de morte lhe tinha oferecido esta lembrança.

Ele, apesar de ter feito tanto, não hesitou em sair de cena para que a Igreja pudesse seguir adiante, mesmo que isso lhe custasse a falta de reconhecimento de muitos católicos com falta de memória.

Bento XVI foi alguém que viveu uma humildade muitas vezes não captada pelas potentes câmeras de televisão, mas demonstrou aquilo que, um dia, o apóstolo das nações fez questão de frisar: 'Convém que Cristo cresça e eu diminua'».

Com o coração aberto à solícita protecção de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Sua Mãe, Maria Santíssima, o Papa Bento XVI confiava à um ano atrás  «a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice.»

Confiemos também nós a Santa Igreja à protecção de Maria Santíssima e rezemos, agradecendo o Pontificado do Saudoso Papa Bento XVI e pedindo à Mãe da Igreja que o proteja na sua vida de oração e meditação pela Barca de Pedro.


 Créditos: Mirticeli Medeiros - Canção nova

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