No passado domingo, dia 24 de Fevereiro,
a Paróquia de Mafra realizou a primeira das quatro Procissões Quaresmais - a
Procissão do Encontro, também conhecida por Procissão do Senhor dos Passos.
Antes da procissão foi celebrada
a Santa Missa, presidida pelo Pároco, o Padre Luís Barros na qual também esteve
presente o Padre João Vergamota (Prior da Encarnação, Sobral da Abelheira e
Santo Isidoro).
Após a Missa, o andor de Nossa
Senhora da Soledade entrou na Basílica e encaminhou-se para junto do altar, ao
redor do qual estava o andor do Senhor dos Passos. Coube ao Padre João a
realização do tradicional Sermão do
Encontro antes da saída da procissão.
Das palavras proferidas pelo Padre pregador transcrevemos parte delas na certeza de que aos presentes, que atentamente olhavam para o encontro doloroso entre A Mãe amargurada e sofredora e O Filho que carrega a cruz, em muito os edificaram.
«Caros irmãos, hoje somos
convidados a contemplar Jesus no Seu caminho do Calvário, até dar a vida por
nós. Somos convidados a vê-Lo passar. E uma pergunta surge: na passagem de
Jesus pela nossa vida, quem queremos ser? Queremos ser como os escribas e
fariseus, invejosos de Jesus pelo bem que Ele faz? Será que queremos ser como
Pilatos , que tinha medo de perder as vantagens temporais para abraçar a
verdade e o Amor? (...) Quem somos nós no processo de Jesus?»
Após esta questão inicial, o Padre João Vergamota prosseguiu: «Vê-Lo assim deve criar em nós um profundo desejo de O amar, de mudar de vida! A cruz de Jesus continua presente hoje! E perante a cruz de Jesus podemos abraçá-la para nos salvarmos ou recusá-la para nos condenar-mos.»
«A quem podemos imitar neste
seguimento de Jesus, pela cruz, sempre fiel? Quem experimentou de forma
singular esta dor de amor por Jesus? Maria, Sua Mãe. Ela é o nosso maior modelo
no seguimento de Jesus, na dor e no amor. (...) Sabemos que junto à cruz estava
Maria e João. E nessa hora derradeira Jesus escreve o Seu testamento e deixa a
Sua Mãe a São João. O coração da mãe é dado ao coração do amigo!»
«Aprendamos com Nossa Senhora a
dizer "Sim a Deus - Fiat"
em todos os momentos da nossa vida. Também nas horas de dor (...) na hora da
cruz Maria disse sempre Sim, não compreendendo aquela hora em que o Seu Filho
estava desfigurado. Mas confiou sempre! Seja assim também connosco. Que Ela nos
ajude a levar a cruz. Que ela nos ajude a acreditar sempre 'Feliz és Tu porque acreditaste'».
«Que Maria entre nas nossas
famílias, que a oração do Terço possa voltar a encher os lares cristãos!»
A propósito deste convite feito
pelo pregador, foram recordadas as palavras do Beato Papa João Paulo II na
Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae,
na qual afirmava «Oração pela paz, o Rosário foi desde sempre também a oração da família e pela família.
Outrora, esta oração era particularmente amada pelas famílias cristãs e
favorecia certamente a sua união. É preciso não deixar perder esta preciosa
herança. A família que reza unida,
permanece unida»
«Maria é a Mãe de Jesus, Mãe de
São João, minha e nossa Mãe! Ela é a Mãe da Igreja. (...) Apoiemo-nos sempre
n'Ela para que nos leve sempre a Jesus. E não tenhamos medo de amar Nossa
Senhora, porque quem A ama de verdade amará sempre Jesus».
A celebração continuou com a
Procissão no Terreiro D. João V e terminou, já dentro da Basílica, com a bênção
com o Santo Lenho, um pedaço da cruz de Jesus.
A próxima procissão é já no IV
Domingo da Quaresma - dia 10 de Março - Procissão da Penitência da Ordem
Terceira Franciscana.
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