Hoje celebra-se o aniversário
natalício de um dos Papas do século XX que está inquestionavelmente ligado a Fátima. A 18 de Maio de 1920 nascia, na Polónia, o Beato João Paulo II.
Desde sempre que Karol Wojtyla
foi um grande devoto de Nossa Senhora. Eleito Papa em 1978, escolheu como lema «Totus tuus», que dizer «Todo Teu» e no
brasão papal de João Paulo II sobressaía a cor azul, alusiva ao manto da Virgem
Santíssima e um “M” de Maria.
Ele foi um Papa verdadeiramente
mariano, mas a sua relação com Fátima teve início com o trágico atentado de 13
de Maio de 1981. Desde esse dia que João Paulo II não cessou de agradecer à
Virgem de Fátima a poderosa intercessão pela sua vida, tendo visitado o Santuário
da Cova da Iria por três vezes: a 13 de Maio de 1982, exactamente um ano após o
atentado, em 1991 e no ano 2000, para beatificar os Pastorinhos Francisco e
Jacinta.
Em 1991, quando o felicitaram
pelo 13º ano de Pontificado, o Papa respondeu simplesmente: «Treze anos de Pontificado? Foram 3 anos de
Pontificado e dez de Milagre!»
Ainda hoje se perpetua a lembrança
desse milagre sempre que a Imagem da Capelinha das Aparições ostenta a sua
coroa preciosa, nos dias de grandes peregrinações, uma vez que nela se encontra
a bala que deveria atingir mortalmente o Sumo Pontífice.
A devoção de João Paulo II a
Fátima exprimiu-se tão expressivamente que é difícil apontar apenas um ou outro
episódio. Se tivéssemos de escolher um ou
outro momentos marcantes desta relação, poderíamos arriscar aquela oração
silenciosa, a 13 de Maio de 1982, à mesma hora do atentado que ocorrera um ano
antes. Nessa tarde, o Papa rezou a Nossa Senhora, durante 45 minutos de
absoluto silêncio, apesar do meio milhão de peregrinos presentes, para
nervosismo e alguma confusão dos jornalistas e mestres de cerimónias.
Na verdade, dizem as testemunhas,
parecia que o tempo tinha parado e no mundo só existia, naquele momento, um ‘bispo vestido de branco’ ajoelhado diante
da Branca Senhora de Fátima.
Um outro gesto significativo foi o
seu gesto de depor aos pés da Imagem de Nossa Senhora, a 12 de Maio de 2000, o anel
que o seu secretário lhe tinha oferecido no início do Pontificado. Nesse anel,
estava gravada a inscrição “Totus tuus”, como
que João Paulo II soubesse que era a última vez que visitava a Mãe Celestial na
Cova da Iria, Lhe agradecesse novamente e consagrasse o resto da sua vida.
Não menos curiosa – para o Céu
não há coincidências – foi a data em que o Papa Polaco partiu para Deus: 2 de
Abril de 2005, véspera do Domingo da Divina Misericórdia, Festa por ele instituída,
sendo também o Primeiro Sábado do mês, dia especialmente dedicado ao desagravo do
Coração Imaculado de Maria.
Deixamos aqui um excerto da
homilia proferida há 13 anos por João Paulo II, na Missa de Beatificação dos
Pastorinhos de Fátima. E porque as coisas de Deus não passam de moda, estas
palavras não perderam a sua actualidade:
«A mensagem de Fátima é um apelo à conversão, alertando a humanidade para
não fazer o jogo do dragão que, com a ‘cauda, arrastou um terço das estrelas do
Céu e lançou-as sobre a terra’ (Ap 12, 4). A meta última do homem é o Céu, sua
verdadeira casa onde o Pai celeste, no seu amor misericordioso, por todos
espera».
Parabéns a este Grupo de Jovens, que certamente já nasceram quase no fim do Pontificado de João Paulo II, mas que prestaram aqui esta homenagem. Na minha opinião foi um Papa (apesar de ser um pouco conservador - mas gosto muito dele) que nós os jovens necessitavamos para um tempo muito próprio. Quando ele vem pela primeira vez a Portugal a Missa no Parque Eduardo VII parecia um arco iris, cada vigararia tinha um lenço de uma cor. Foi fantástico. As suas primeiras palavras como Papa foram dirigidas para nós os jovens: "Jovens não tenhais medo."
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