Celebramos no próximo Domingo a
Solenidade da Santíssima Trindade na qual celebramos e lembramos este dogma de
Fé que afirma que Deus é um só, constituído por três pessoas distintas. O Pai é
Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo são um só Deus, sendo iguais em todas
as coisas porque têm uma só substância e portanto uma só e a mesma divindade.
Neste Domingo, veneramos este
mistério que para a Igreja é um dever indispensável, uma vez que a Santíssima
Trindade é o princípio de onde procedemos e o fim para o qual havemos de
voltar. A primeira graça que nos foi conferida no Baptismo, veio-nos em nome da
Santíssima Trindade e a glória que nos está preparada no Céu provém do amor que
brota desta união Trinitária.
Numa palavra, como refere Santo
Afonso Maria Ligório, a Santíssima Trindade é o nosso tudo. Todos os bens que
já recebemos na nossa vida e os bens futuros que nos estão preparados, quer na
ordem natural, quer na ordem da graça e da glória nos vêm através da Santíssima
Trindade.
Com esta solenidade somos
convidados a contemplar o mistério de um Deus que é amor e que, através
do plano de salvação do Pai, que se tornou uma
realidade viva e concreta na pessoa de Jesus Cristo, é continuado pela acção do
Espírito Santo na Igreja que ajuda os crentes e os conduz para o amor divino
que brota desta relação filial e trinitária.
A celebração da Santíssima
Trindade não deve ser apenas a tentativa de entender este dogma de Fé, mas sim
de uma contemplação de um Deus que é amor.
Santo Agostinho teve a graça de
perceber o quão grande e inexplicável é o Mistério da Santíssima Trindade. Um
dia, passeando à beira do mar e querendo aprofundar este mistério, encontrou
uma criança que estava entretida a encher uma pequena concha e a despejá-la num
pequeno buraco que tinha feito na areia. O Bispo de Hipona pergunta então à
criança o que ela queria fazer com isto, ao que a criança diz que queria meter
naquele buraco toda a água do mar.
Apressadamente Santo Agostinho
diz à criança que era impossível meter toda a água do mar naquele pequeno
buraco. "Mais fácil será meter toda a água do mar neste buraco do que tu
perceberes o mistério da Santíssima Trindade", responde a criança.
Tratava-se de um anjo que tomara a forma de criança para advertir o santo de
que o mistério da Santíssima Trindade era incompreensível por parte de todas as
criaturas.
Impossível de compreender na
totalidade a complexidade de tão grande dogma de Fé e de Amor, veneremos e
adoremos a Santíssima Trindade, objecto da nossa fé e um dia da nossa eterna
Salvação dizendo:
«Ó Deus, que concedestes aos
Vossos servos o dom de conhecer na confissão verdadeira da Fé a Glória da
Santíssima Trindade, e adorar a Sua Unidade no poder da Majestade; nós Vos
rogamos que com a firmeza da mesma fé, possamos vencer todas as adversidades».
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