As aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria tiveram três pequenos protagonistas que, em 1917, em nada se distinguiam dos restantes habitantes da aldeia de Fátima. Os três videntes, conhecidos em todo o mundo pelos «Três Pastorinhos», não foram dotados de virtudes especiais nem de grandes faculdades místicas, mas Nossa Senhora escolheu-os para transmitirem a importante Mensagem que trouxe do Céu por serem três simples e inocentes crianças, como aconteceu em outras importantes aparições marianas.
Talvez com isso Nossa Senhora quisesse lembrar o mundo que Deus «esconde estas coisas aos sábios e inteligentes e as revela aos pequeninos» (Mt 11, 25), precisamente porque as crianças são como Maria, a humilde serva do Senhor: inocentes, simples e puras.
A mais velha dos videntes, Lúcia dos Santos, era muito meiga, com uma fisionomia característica dos habitantes serranos. Era muito amiga das crianças mais novas e dizem as testemunhas da época que «todas queriam a sua companhia para brincar», uma vez que a sua criatividade para inventar jogos era enorme. Era a Lúcia que ensinava a Doutrina às crianças mais pequenas e fazia tronos e procissões para os santinhos. Sempre gostou muito de cantar a Nossa Senhora e uma das melodias preferidas dela era o conhecido cântico popular: “No Céu, um dia A irei ver…” Mal imaginava ela que teria o privilégio de ver a Senhora ainda cá, neste mundo!
A mais velha dos videntes, Lúcia dos Santos, era muito meiga, com uma fisionomia característica dos habitantes serranos. Era muito amiga das crianças mais novas e dizem as testemunhas da época que «todas queriam a sua companhia para brincar», uma vez que a sua criatividade para inventar jogos era enorme. Era a Lúcia que ensinava a Doutrina às crianças mais pequenas e fazia tronos e procissões para os santinhos. Sempre gostou muito de cantar a Nossa Senhora e uma das melodias preferidas dela era o conhecido cântico popular: “No Céu, um dia A irei ver…” Mal imaginava ela que teria o privilégio de ver a Senhora ainda cá, neste mundo!
Os outros dois videntes, os irmãos Francisco e Jacinta, eram primos da Lúcia e tinham, na altura das aparições 9 e 7 anos, respectivamente. O Francisco não tinha tantas feições de habitante da serra, apresentando cara morena, redonda e olhos mais claros. Segundo os seus contemporâneos, o Pastorinhos de Fátima «era robusto, meigo, muito enérgico e amigo dos animais e da natureza». Ao contrário da sua irmãzinha, era muito pacífico e não se importava se perdia nos jogos ou se alguma coisa corria mal. Outro dos encantos do Francisco era tocar pífaro, ao som do qual as suas companheiras bailavam nos campos da Cova da Iria enquanto o rebanho pastava.
Apesar de pacífico e contemplativo, o Francisco era um rapaz de muita energia e até atrevido, gostando de pregar partidas aos familiares e envolvia-se em alguns conflitos, próprios dos rapazes da sua idade. Por ser contemplativo, maravilhavam-no as belezas da Criação, gostando muito de ver o nascer e o pôr-do-sol, ao qual chamava «a candeia de Nosso Senhor».
A pequena Jacinta tinha um carácter muito diferente do seu irmão. Tinha rosto redondo, lábios finos e um olhar mais claro e até invulgarmente vivo para a sua tenra idade. Muito sensível, impressionava-se com facilidade, sem disso fazer um drama. Era muito chegada a Lúcia e amuava quando não a deixavam ir com a prima para os campos com o rebanho. Apaixonada por flores, a Primavera era a sua época do ano preferida e, ao contrário do irmão, gostava mais da luz da Lua, «a candeia de Nossa Senhora» e das estrelas, às quais chamava «as candeias dos Anjos». À semelhança da sua prima Lúcia, também gostava de cantar e o seu cântico preferido era o conhecido “Salvé, Nobre Padroeira”, o qual cantava muitas vezes pedindo a protecção de Nossa Senhora para Portugal. A Jacinta gostava muito de brincar e de bailar, mas tinha um temperamento muito forte e, se não fosse tudo como ela queria ou planeava, amuava com muita facilidade.
Assim, os três pequenos videntes de Fátima eram crianças analfabetas, de modos serranos, simples, mas verdadeiramente apaixonados por Deus e por Nossa Senhora. A Virgem Santíssima serviu-se das suas qualidades e também dos seus defeitos, moldando-os de maneira a que conseguissem heroicamente transmitir com perfeita obediência e fidelidade a Mensagem que veio do Céu até àquela pequena aldeia de Fátima e, daí, para a Igreja e para todo o mundo.
Os dois videntes mais pequenos foram já beatificados pela Igreja, enquanto o processo de beatificação da Irmã Lúcia está já numa fase avançada de estudos. Mas, é preciso dizê-lo, estas crianças não são santas por terem visto a Mãe de Deus! São santas porque se santificaram ao acolher a Mensagem da Senhora e a colocarem em prática aquilo que Ela pediu: Oração, sacrifício e penitência.
Tal como estas crianças, também nós somos chamados a pôr em prática os ensinamentos de Nossa Senhora, rezando e sacrificando-nos pelos pecadores e em reparação dos pecados que ofendem tanto a Deus. E, assim, a santidade será uma realidade cada vez mais perto de cada um de nós!
NOTA: Alguns excertos retirados do livro
«Era uma Senhora mais brilhante que o sol»,
do Pe. João de Marchi.
Áudio e Vídeo - Terço rezado pela JMV Sobreiro:
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