No próximo Domingo celebramos a
Solenidade do Pentecostes, o dia em que a Igreja recorda a descida do Espírito
Santo sobre Maria Santíssima e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo.
Antes de partir para o Céu, o
nosso Redentor prometeu várias vezes aos Seus discípulos que havia de pedir ao
Pai que enviasse o Consolador , o Espírito da Verdade, para que estivesse
sempre com eles. No Domingo de Pentecostes recordamos a concretização dessa
promessa feita por Jesus.
Narra São Lucas, nos Actos dos
Apóstolos, que naquele dia, estando os discípulos todos reunidos com Maria
Santíssima, o Espírito Santo desceu sobre eles em forma de línguas de fogo,
poisando uma sobre cada um deles. Cheios do Espírito Santo, os apóstolos foram
falar em várias línguas, conforme o Espírito lhes concedia.
O Pai eterno, mesmo depois de nos
ter entregue o Seu amado Filho, para morrer por nós na cruz, enviou-nos o Espírito
Consolador, para habitar nas nossas almas e conservar nelas o fogo
sagrado do amor.
Santo Afonso, explicando tão
nobre acontecimento na história da Igreja, leva-nos a olhar para todos os
pormenores do Domingo de Pentecostes. «O
Espírito Santo desceu sobre a forma de línguas de fogo, para nos ensinar que
por nosso amor, assumiu o ofício de dirigir as línguas do apóstolos e seus
sucessores na pregação do Evangelho».
Para Santo Afonso, o Espírito Consolador apareceu sob a forma de chamas para mostrar que iluminará os espíritos, purificará os
corações e estimulará a vontade de todos os fiéis, para trabalharem na
santificação própria e na dos outros.
Seremos nós dóceis à acção do
Espírito Santo em nós? O Espírito que desceu sobre os apóstolos é o mesmo que é
derramado sobre nós, em todos os Sacramentos. Pelo Baptismo, tornamo-nos filhos
bem-amados de Deus Pai. No Sacramento do Santo Crisma, recebemos o Espírito de Fortaleza
e Sabedoria. Deixamos que o Espírito actue nas nossas vidas?
O Papa Francisco, na AudiênciaGeral da passada quarta-feira, convidou os presentes a rezar ao Espírito Santo e
a seguir o exemplo de Nossa Senhora,
de forma a «nos deixar inundar pela luz
do Espírito Santo, predispondo-nos à Sua acção, buscando conhecer mais a Cristo
e as verdades da fé: meditando a Sagrada Escritura, estudando o Catecismo e
aproximando-se com mais frequência dos Sacramentos».
De facto, quem melhor que a
Santíssima Virgem para nos mostrar como devemos ser dóceis à acção do Espírito
Santo? Ela, que acolheu o Espírito Santo no momento da Encarnação do Verbo
Divino, é exemplo de fé e de fidelidade à vontade de Deus.
A nós, pobres pecadores que
muitas das vezes voltamos as costas a Deus e ao Seu Espírito de Amor, deve
fazer-se sempre presente a vontade de rezar, pedindo que por acção do Espírito,
as nossas almas sejam libertas do erro e do pecado. Recordemos por isso, as
sábias palavras de Santo Afonso, Doutor da Igreja:
«Ó Espírito Santo, Divino Paráclito, Pai dos
pobres,
Consolador dos aflitos, Santificador das
almas.
Creio que Sois Deus eterno,
da mesma substância do Pai e do Filho
divino.
Ofereço-Vos o meu pobre coração
e peço-Vos que queirais purificá-lo com a
água da vida eterna
a fim de que seja morada digna de Deus e só
em Vós ache repouso.»
Proposta de cânticos para a Missa:
Entrada - Cristo Jesus, tu me chamaste (H. Faria)
Sequência do Pentecostes (M. Faria)
Ofertório - Vem Espírito de Amor
Comunhão - Recebestes um espírito (C. Silva)
Acção de Graças -
Consagração a Nossa Senhora
Final -
Só no Espírito de Deus
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