"Raios de Luz"


sexta-feira, 8 de março de 2013

"Alegra-te meu filho, porque o teu irmão voltou à vida!"


A Liturgia deste Domingo, o IV da Quaresma, marca o início de uma "segunda parte" deste tempo Santo. A antífona de entrada desta Missa resume um pouco o tema central da liturgia deste Domingo Laetare: Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações!”

A meio da Quaresma a Igreja convida e é convidada a reunir todos os seus membros para celebrar com alegria e de coração, o memorial da Paixão e Morte de Jesus e respectiva Redenção. Não se trata de viver as solenidades Pascais com uma alegria desregrada mas sim com a alegria trazida pela Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O Evangelho deste Domingo, do evangelista São Lucas traz-nos à memória a Parábola do Filho Pródigo, uma 'história' já tantas vezes escutada e meditada mas que tem sempre algo de novo a dizer-nos e que nos aponta qual deve ser a nossa atitude face aos erros e que demonstra a grandiosidade do amor de Deus por cada um de nós.

Poderemos pois começar por perceber quem são, ou quem podem ser as diferentes personagens desta parábola que Jesus contou aos publicanos que d'Ele se aproximavam e também aos escribas e fariseus que se julgavam melhores que os outros.

O Pai que Jesus refere na parábola é o Seu próprio Pai, Deus todo-poderoso. No que se refere aos dois filhos, o mais novo que sem juízo deixou o Pai, largou tudo, pensando poder ser feliz por si mesmo, longe de Deus, procurando uma liberdade que não passava de ilusão.

Ao falar para os escribas e fariseus, Jesus queria que eles se revissem na personagem do filho mais velho. Este representa os que pensam que estão em ordem com o Pai e não lhe devem nada, são os que se acham no direito de pensar que são melhores todos os outros e, por isso, merecem a salvação.

Quem somos nós nesta parábola? Somos o filho mais novo, que vivemos num mundo actual que rejeita Deus e acabamos por nos deixar ir atrás das correntes e dos pensamentos, deixando, no nosso dia-a-dia, nos nossos ambientes de estudo e de trabalho, apagar a chama da fé e acabando por colocar Deus em segundo plano?

Ou será que somos como o filho mais velho que negou a misericórdia, e vamos negando o perdão, e enchendo-nos de raiva pela bondade que Deus tem pelos pecadores e que n´so também deveríamos ter para com aqueles que nos ofendem?

Estamos sensivelmente a meio do Tempo Santo da Quaresma. Procuremos preparar o nosso coração e abeirarmo-nos do Pai Misericordioso, através do Sacramento da Penitência, fazendo como o filho que volta ao Pai, de coração contrito e marcado pelo pecado.

Peçamos perdão a Deus e procuremos, perdoar os nossos irmãos. Confiemo-nos à protecção de Maria Santíssima, que Ela, o Doce Coração, faça com que o nosso coração seja semelhante àquele que tanto amou Nosso Senhor Jesus Cristo.


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