No próximo Domingo a Igreja
inicia a «semana maior» - a Semana Santa na qual são revividos os últimos
momentos antes da Redenção que nos foi dada por Jesus na Cruz. Com o Domingo de
Ramos revive-se a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e medita-se na Sua
Paixão e Morte inicia-se assim a sacra semana.
A celebração do Domingo de Ramos
tem dois momentos. O primeiro é a procissão jubilosa que lembra a entrada de
Jesus em Jerusalém sendo acolhido pelo povo. É o Rei que vem à Sua cidade para
dela tomar posse anunciando assim a
Sua glória definitiva na Jerusalém
Celeste.
Estando próximo da Paixão, o
Nosso Redentor partiu de Betânia rumo a Jerusalém. Sendo Rei e Senhor, Jesus
Cristo entrou humildemente naquela cidade montado num pequeno jumento.
Entretanto, os habitantes da cidade que já em tempos O tinham venerado pelos
Seus milagres e curas foram ao Seu encontro estendendo as suas capas no chão e
aclamando-O com ramos.
No início da Semana, Jesus foi
gloriosamente aclamado como rei, no entanto, poucos dias mais tarde haviam de
olhar para Ele com escárnio e acabando por condená-Lo à morte. Com esta
glorificação iniciamos as celebrações da Semana Santa, de modo particular do
Tríduo Sacro da Morte, Sepultura e Ressurreição do Senhor, celebrando com Ele a
Páscoa.
A segunda parte da celebração do
Domingo de Ramos compreende a Santa Missa, cujo evangelho é o relato da Paixão
de Jesus. Nela contemplamos Cristo e a Sua dor. Ele é o Servo sofredor que abre
os ouvidos para prestar atenção como discípulo. Em todo Seu mistério da Paixão
não Se sente humilhado, porque tem a confiança e a certeza que Deus está com
Ele, “pois ao Senhor se confiou” (Sl
22,9).
Celebrar a paixão e morte de
Jesus é abismar-se na contemplação de um Deus a quem o amor tornou frágil. Por
amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites, experimentou a
fome, o sono, o cansaço, foi tentado, tremeu perante a morte, suou sangue antes
de aceitar a vontade do Pai; e, estendido no chão, esmagado contra a terra,
atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar.
Contemplar a cruz onde se
manifesta o amor e a entrega de Jesus significa assumir a mesma atitude.
Significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor. Viver deste jeito pode
conduzir à morte; mas o cristão sabe que amar como Jesus é viver a partir de um
dinâmica que a morte não pode vencer.
Procuremos nestes dias em que
revivemos a Paixão e Morte de Jesus olhar para Ele e pedir-lhe que nos redima
também a nós. A Virgem Maria, aquando da Morte de Jesus, estava junto à Sua
cruz e foi entregue a João como sua Mãe. O coração sofredor e dilacerado de
Maria é entregue a todos aqueles que confiam n'Ela e sabem que por Ela
chegaremos mais próximos do Filho.
Confiemo-nos a Nossa Senhora e olhemos para a Paixão de Jesus, não como
meros espectadores ou como os judeus que escarneciam d'Ele ou que simplesmente
o ignoravam, mas procuremos sentir as dores de Maria no momento da Paixão de
Cristo.
Cânticos para a Celebração da Missa:
Entrada: Bendito, Bendito o que vem - CECI 101
Ofertório: Bendito és Tu, Senhor - Pe. Simões
Comunhão: Pai, se este cálice - NCT 114
Acção de Graças: Hossana, Hossana - Marco Frisina
Fim: Hossana, Tu reinarás
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