No decorrer da Semana Santa, a
JMV Sobreiro irá meditar sobre os últimos momentos da vida terrena de Jesus
antes do Santo Sacrifício no Monte Calvário. No início da Semana, Jesus entrou
em Jerusalém montado num pequeno jumento, sendo aclamado pelos judeus com rei. «Hossana ao Filho de David! Bendito o que
vem em nome do Senhor!»
Menos de uma semana depois, Jesus
é condenado à morte, carrega aos ombros a cruz dos pecados da Humanidade e é
morto no Calvário. Do Seu lado saem sangue e água, quando o soldado romano o
trespassa com uma lança. Da cruz, instrumento de morte daquela época, nasce a
vida eterna para o Homem. Deus estabelece a nova e eterna aliança
através do Sangue de Seu amado Filho que foi derramado na cruz.
«Ao amanhecer, os príncipes dos
sacerdotes declaram Jesus réu de morte e depois conduzem-no a Pilatos, a fim de
que este o condene a morrer crucificado. Pilatos, tendo interrogado diversas
vezes, tanto os Judeus como o nosso Salvador, reconhece que Jesus é inocente e
que todas as acusações são calúnias. Sai para fora e declara que não encontra em Jesus culpa alguma para
condená-lo. Após a revolta dos Judeus, e sabendo que Jesus era da Galileia,
encaminha-O para Herodes»
Quantas vezes, também nós, em vez
de nos afirmarmos e de irmos contra as opiniões do mundo, no que toca às
questões que atentam contra a vida humana e contra a fé, "limpamos as mãos"
e passamos para os outros a responsabilidade? Quantas vezes pecamos por
omissão...
«Herodes , vendo que Jesus não
lhe respondia, desprezou-o e tratando-o como um doido, escarneceu d'Ele,
mandando-o vestir uma túnica, manietando-o com toda a corte, acabando por
envia-l'O novamente para Pilatos»
Santo Afonso Maria Ligório medita
sobre os últimos momentos da vida de Jesus e convida todos a meditarem na forma
como os nossos pecados foram a causa do sofrimento do Redentor:
«Ó meu
desprezado Salvador, faltava-Vos ainda esta injúria, a de ser tratado como um
doido. Cristãos, vede como o mundo trata a Sabedoria Eterna! Feliz de quem se
compraz em ser considerado com um doido pelo mundo, e não quer saber de outra
coisa senão de Jesus Crucificado, amando os sofrimentos e os desprezos.»
De novo junto de Pilatos, Jesus é
posto ao lado de Barrabás, um abominável salteador e pecador, para que o povo
escolha qual deles quer que seja libertado. "Solta antes Barrabás! E que quereis que faça com Jesus, o Nazareno?
.... Seja crucificado!"
Perante esta escolha que é posta
aos judeus: o Filho de Deus ou um pecador, Santo Afonso compara com todas as
vezes que na nossa vida optamos pelo que é mundano e fruto do pecado e do mal,
ao invés de escolher a Jesus.
«Ai de mim, meu Senhor! Todas as vezes que cometi o pecado, fiz como os
judeus. A mim também se perguntava o que desejava: a Vós ou ao vil prazer. Hoje
estou arrependido de todo o coração e digo que prefiro a Vossa graça a todos os
prazeres e tesouros do mundo. Ó Bem infinito, ó meu Jesus, amo-Vos acima de
todos os outros bens; só a Vós quero e nada mais. Ó Mãe das Dores, minha Mãe
Maria, impetrai-me a santa perseverança!»
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