No passado dia 22 de Março, a JMV
Sobreiro deslocou-se até Santo Antão do Tojal para aí passar um dia de retiro,
reflexão e oração. Com a orientação do Padre Duarte Morgado, este encontro teve
como tema ‘O lugar de Maria na Redenção’.
Estando a Igreja a viver o Santo
Tempo da Quaresma, foi sugerido pelo Padre Duarte que cada jovem levasse um
género alimentar para a Casa do Gaiato, praticando desta maneira o preceito
quaresmal da caridade, unindo-se assim à oração e à reflexão próprias do retiro.
Chegados pelas 9h30 ao local onde
nos esperava o Padre Duarte, fomos conduzidos a uma das bonitas salas que
compõem o antigo Palácio Patriarcal e ali se iniciaram as actividades com a
oração de Laudes.
Seguidamente, após a audição de
uma Oratória do Padre Cartageno sobre as aparições de Nossa Senhora na Cova da
Iria, na qual se escutava ‘Eu Te bendigo
ó Pai, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes, mas as
revelastes aos pequeninos…’, o Padre Duarte tomou a palavra e, partindo da Mensagem de Fátima, introduziu a questão “quem é Nossa Senhora para nós?”.
As respostas foram variadas (‘Mãe
de Deus’, ‘poderosa intercessora’, ‘Virgem Fiel’, ‘Mãe da Igreja’, ‘ a
Imaculada’…). Partindo das respostas dadas, o grupo foi esclarecido que existem
três fontes – acessíveis a todos e que “devem fazer parte da leitura de
mesa-de-cabeceira de todo o católico” - a partir das quais se pode conhecer
verdadeiramente Nossa Senhora e a importância desta Mulher na História da
Salvação: A Bíblia, o Catecismo da Igreja Católica (ou o seu
Compêndio) e a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae do Papa
João Paulo II.
Abrindo a Bíblia, nas passagens
sugeridas pelo Padre Duarte, o grupo pôde constatar que, de facto, muitas
orações, jaculatórias e invocações a Nossa Senhora provêm directamente do
estudo das Escrituras pelos Padres da Igreja.
Seguidamente, ouvimos parágrafos do Catecismo em que é explicada a
oração da Avé-Maria. Esta reflexão
foi muito enriquecedora, uma vez que ajudou os jovens a perceber a beleza e importância desta oração de louvor
e de súplica a Nossa Senhora, para que interceda por nós, no tempo presente e,
um dia, na hora da nossa morte.
Uma vez que tudo em Maria nos
aponta para Jesus, foi depois lido um excerto da Carta Apostólica na qual o
Beato João Paulo II afirma: «o baricentro
da Avé-Maria, uma espécie de charneira entre a primeira parte e a segunda, é o
nome de Jesus. E é precisamente pela
acentuação dada ao nome de Jesus e ao seu mistério que se caracteriza a
recitação expressiva e frutuosa do Rosário».
De
facto, explica o Padre Duarte, “é esta
ligação íntima de Maria com Jesus que faz d’Ela uma mulher tão especial, não é
mais uma santa mulher, devota, fiel, mas é a Santíssima, a Mãe de Jesus. Por
causa d’Ele foi toda de Deus.
Mesmo nos momentos mais difíceis da Sua vida,
como foi o momento da morte do Seu Filho, Nossa Senhora sofreu mas teve sempre
a consolação da Fé e da Esperança. Enquanto os discípulos desertavam, Maria
confiava.
Sabia que a lógica e o poder de Deus são diferentes dos nossos. Nossa
Senhora sabia que estava instaurado um novo ministério, em que os homens não se
servem dos homens, mas que os homens servem outros homens. Ela, apesar de não perceber muitas coisas, sabia no seu
íntimo que as coisas de Deus não podiam terminar assim.
Partindo
da Bíblia, foi proposto a cada um que escolhesse uma passagem da Sagrada
Escritura que se relacionasse com Nossa Senhora e meditasse nessas palavras.
Cada jovem foi então ler a passagem bíblica, tendo havido uma partilha de
ideias sobre o que cada um reteve daquele texto sagrado.
Imediatamente
antes do almoço, houve ainda tempo para escutar um novo excerto da Oratória
sobre as aparições de Fátima, na qual se entoava “Por fim, o Meu Imaculado Coração
Triunfará”. Foi explicado pelo Padre Duarte que Nossa Senhora pode ser vista como "o
primeiro Pontífice", ou seja, Aquela que faz a ponte entre Deus e os homens. Desta forma, o tema de ser pontífice (fazer a ponte) serviu
de mote para se falar brevemente sobre o Papado, mais concretamente sobre a
pessoa do Papa Francisco, recentemente eleito, nas suas diferenças,
particularidades e na necessidade de se rezar sempre pelo Sumo Pontífice
Romano, para que seja o Pastor que Deus quer para a Sua Igreja.
Após o
almoço partilhado, houve um tempo de convívio no qual foram entregues ao Padre
Duarte duas pequenas lembranças: o livro «Tratado da Verdadeira Devoção à
Santíssima Virgem» de São Luís Maria Monfort e um pequeno registo/oratório
feito pelo grupo com uma pagela de Nossa Senhora de Fátima. Pelas 15h30, foi
celebrada Missa na Igreja de Santo Antão.
Este
dia de retiro terminou perto das 17h00, após uma fotografia de grupo com o
Padre Duarte, a quem agradecemos as edificantes palavras e os momentos de
reflexão e de oração que ajudaram e ajudarão o Grupo a crescer na devoção e na
gratidão à Virgem Santíssima, Mãe da Igreja e Medianeira das Graças.
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