É em Maria que Deus cumpre a Sua promessa. Depois de profetizada no Génesis como Aquela que esmagaria a cabeça da serpente infernal, pelo Seu “SIM”, Ela tornou-se a Nova Arca da Aliança, onde o Verbo Se fez carne.
Tudo o que em Jesus há de humano, quis recebê-lo de Maria. A partir da Encarnação do Verbo Divino, proclamada no Evangelho deste IV Domingo do Advento, Maria passa a ser o lugar normal de encontro com o Senhor.
Ao saudar Maria, o Anjo trata-A como «a cheia de Graça», Aquela que nunca esteve privada da graça e que tinha recebido todos os privilégios que lhe foram concedidos em virtude de ter sido escolhida para Mãe de Deus.
“Conceberás e darás à luz um Filho”. Deus propõe, através do Seu mensageiro, que aceite ser a mãe de um Filho especial. Desse filho, diz-se que Ele chamar-se-á Jesus.
À inquietação de Maria – “Como se fará isso, se não conheço homem?” - que quer permanecer toda pura e imaculada, o Anjo explica: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra”.
Finalmente, Maria profere a frase que mudará o curso da História: “Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua palavra”.
A Virgem concebeu então o Filho de Deus no Seu seio puríssimo, permanecendo virgem antes, durante e após o parto. Sem este Fiat, este consentimento de Maria - “Sim, faça-se” - com a consequente Encarnação do Verbo de Deus no Seu seio, a Redenção do género humano não seria possível.
Os homens de hoje têm duas dificuldades principais para aceitar este mistério: porque um mistério permanece sempre como tal, difícil ou impossível de compreender; e porque, com os olhos impuros, só descobrem o valor da carne.
Neste IV Domingo de Advento, que precede o Natal de Jesus, o relato do Mistério da Encarnação mostra como é possível fazer Jesus nascer no mundo: através de um “sim” incondicional aos projectos de Deus. É preciso que, através do nosso “sim” de cada instante, da nossa disponibilidade e entrega a Deus e aos outros, façamos do nosso coração uma manjedoura acolhedora para Jesus nascer.
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