"Raios de Luz"


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

«Quem poderá então salvar-se?»

Neste Domingo, o XXVIII do tempo comum, Jesus encontra um homem rico que lhe pergunta o que deve fazer para alcançar a vida eterna. Nosso Senhor faz-lhe-lhe então um convite radical: Vender tudo o que tem, dar esse dinheiro aos pobres e segui-Lo, para conseguir um ‘tesouro no Céu’, ou seja, a vida eterna.

Mas perante tal exigência e por causa da sua riqueza, o homem vai-se embora, triste e de semblante pesado, pois era muito rico e não estava disposto a desfazer-se dos seus bens materiais para seguir Jesus. Certamente pensou que Cristo estava a ser demasiado exigente...

Jesus aproveita este episódio para deixar uma lição aos discípulos. Diz-lhes que será difícil aos que estão apegados às riquezas e às coisas deste mundo entrar no Céu. Diz mesmo que "é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha que um rico entrar no Reino de Deus!" (Mc 10, 17-25)

Os discípulos questionam-se: ‘Quem poderá então salvar-se?’. Mas Jesus reaviva a esperança da salvação, dizendo: ‘Aos homens é impossível, mas não a Deus’.

Só confiando em Deus e na Sua bondade poderemos ter acesso à Vida Eterna. Perante a pergunta dos discípulos: “Quem poderá salvar-se?”, admirados com as exigências que Cristo, é acendida neles a chama da esperança e Jesus lembra que a Deus nada é impossível, até mesmo salvar um grande pecador que converta sinceramente o seu coração.

Apenas Deus, na Sua misericórdia, pode conceder a graça da salvação a quem n’Ele confia. Jesus confirma, nesta passagem, que a salvação nunca vem dos homens e que estes não são auto-suficientes para se salvarem. É Deus que nos dá as graças necessárias para colaboramos com Ele no Seu plano de salvação.

Finalmente, Jesus afirma que, para conseguirmos a vida eterna, é necessário segui-Lo. E diz que todo aquele que abandone tudo o que tem para o seguir e que suporte sofrimentos e perseguições por Sua causa, merecerá a glória eterna do Céu.


Nesta semana, Nosso Senhor convida-nos a meditar sobre o que queremos ser neste mundo. Perguntemo-nos se temos sido cristãos por inteiro, deixando tudo o que é supérfluo para O seguir, vivendo segundo os preceitos de Deus e da Igreja e realizando a Sua vontade ou se, pelo contrário, deixamos que as nossas riquezas terrenas (materiais, afectivas ou espirituais) valham mais que a Vida Eterna para a qual Deus nos destinou.

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