O Evangelho deste IV Domingo do Advento apresenta-nos a Visitação de Nossa Senhora a Sua prima Isabel. Ao saber pelo Anjo da gravidez de Isabel, já de idade avançada, a Virgem Puríssima parte para a auxiliar. Apesar de ser A eleita de Deus e de já trazer no Seu seio o Messias, Nossa Senhora não hesita em prestar ajuda. Também nós somos convidados diariamente a pôr os olhos na humildade e entrega de Nossa Senhora.
«Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre». Foi desta forma que Isabel saudou a sua prima. Diariamente, na recitação do Terço do Rosário, a Igreja repete as palavras de Isabel e saúda Nossa Senhora com esta expressão. Maria é de facto bendita porque foi a eleita de Deus e porque foi escolhida para ser a Mãe de Deus. No entanto, maior ainda é o Seu Santo Filho, Jesus Cristo Nosso Salvador que é fruto do ventre da Virgem Puríssima.
Isabel acrescenta: «Bem-aventurada aquela que acreditou…» Podermos pensar porque é que Nossa Senhora acreditou: era Virgem, e ainda só estava desposada a São José. No entanto, ao ouvir as palavras do Anjo, Maria porque é humilde, acreditou e disse o seu "Sim" que constituiu o "Sim" da espécie humana à Salvação de Deus.
Humildade, espírito de serviço e amor, são virtudes vividas por Nossa Senhora que verdadeiramente importa imitar. Com elas vivemos com autenticidade e muita alegria, não só a Festa do Natal que se aproxima, mas também as nossas vidas. Quando cultivamos em nós estas virtudes essenciais, temos a possibilidade de, através da luz da Fé, «ver» o rosto humilde, terno, cheio de encanto e de amor de Jesus Menino que a todos vem salvar.
O Santo Padre, no dia 24 de Dezembro de 2006 dizia: «A celebração do Santo Natal já é iminente.(...) No recém-nascido Divino, que colocaremos no presépio, torna-se evidente a nossa salvação. No Deus que Se faz homem por nós, sentimo-nos todos amados e acolhidos, descobrimos que somos preciosos e únicos aos olhos do Criador. O Natal de Cristo ajuda-nos a tomar consciência do valor da vida humana, a vida de cada ser humano, desde o seu primeiro instante até ao seu fim natural. A quem abre o coração a este "menino envolvido em panos" e colocado "numa manjedoura" (cf.Lc 2, 12), Ele oferece a possibilidade de olhar com olhos novos as realidades de todos os dias. Poderá saborear o poder do fascínio interior do Amor de Deus, que consegue transformar em alegria o sofrimento.»
Procuremos olhar para o exemplo de Nossa Senhora e para a Saudação de Isabel como uma bela catequese que nos deve impelir a procurarmos sempre ir em auxílio dos mais necessitados e dar graças à Mãe de Deus por tão grande benefício. Através d'Ela veio ao mundo Aquele que, tal como diz o Papa Bento XVI, «nos faz tornar evidente a nossa salvação».
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