«O Todo-Poderoso pôs os olhos na humildade da Sua serva.
De hoje em diante me chamarão Bem-Aventurada todas as gerações» (Lc1,48)
Neste tempo do Advento, no qual nos preparamos para acolher o Deus Menino
nos nossos corações, procuremos reflectir, tendo como exemplo de
humildade a Virgem Maria, sobre como nos devemos dar aos outros e sermos
humildes nas nossas vidas.
A Virgem Maria foi a primeira e mais perfeita discípula de Jesus em todas
as virtudes, no entanto, a virtude pela qual mereceu ser exaltada sobre todas
as criaturas foi a humildade.
Santo Afonso Maria Ligório, nas suas meditações diz-nos que Maria foi
humilde desde o momento da Anunciação. Sabendo que tinha concebido por acção do
Espírito Santo, a Virgem Santíssima quis encobrir tão grande graça de São José,
Seu castíssimo esposo que, ao vê-La grávida podia suspeitar acerca da Sua
pureza.
Uma das marcas dos humildes é o serviço. Maria não recusou
servir a Sua prima Isabel durante três meses e quando Isabel a elogiou
chamando-a de Bem-Aventurada e bendita entre todas as mulheres, a humilde
Virgem, recusando aqueles louvores, atribuiu-os a Deus proferindo o humilde
cântico do Magnificat: «Magnificat anima mea Dominum».
Como pecadores que somos, temos em nós a mácula do pecado original e os
pecados que vamos cometendo nas nossas vidas. São Gregório afirma que «a
virtude mais difícil de praticar, à excepção da castidade, é a humildade».
Nossa Senhora soube ser sempre humilde. A eleita do Senhor desde toda a
eternidade soube fazer-se serva do Senhor.
Resolvamos pois, como fruto desta meditação, imitar a Santa Virgem
Maria no exercício da humildade. Nestes dias que antecedem o Natal
procuremos ter Maria presente nas nossas vidas e fixemos n'Ela o nosso
olhar e o nosso coração, para que, tal como diz São Bernardo, «se não
podes imitar a virgindade da humildade, imita a humildade da Virgem».
Fonte: Meditações para cada dia do ano - Santo Afonso Maria
Ligório
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