No Evangelho deste XXVII Domingo do Tempo
Comum, Jesus é posto à prova pelos fariseus, que Lhe perguntam se é legítimo a
um homem abandonar e separar-se da sua mulher, para poderem ter um motivo para
O condenar. Mas Nosso Senhor aproveita esta provação para nos apresentar o
projecto ideal de Deus para o homem e para a mulher que se amam,
respondendo com a passagem do Génesis que escutamos também na I Leitura da
Missa: “Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe
para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne”.
O homem e a mulher foram criados um para o
outro, para se completarem, para se amarem e para constituírem família, estando
totalmente receptivos para gerarem e educarem os filhos que Deus quiser
enviar-lhes.
Nos dias de hoje, cada vez se assiste a um aumento de relações passageiras,
sem compromisso, sem o devido respeito pelo próprio corpo nem pelo do outro.
Mesmo entre casais unidos pelo Sacramento do Matrimónio, assistimos a um aumento do número de divórcios e
conflitos familiares.
A separação de um homem e de uma mulher
unidos pelo Matrimónio pode ter muitas causas, das mais válidas às mais
mesquinhas, mas a maior parte delas deve-se ao facto de os valores que deviam
reger a sociedade estarem constantemente a ser atacados e banalizados.
Nos meios
de comunicação é frequente
passarem telenovelas, filmes e programas que incitam à traição e à separação; a opinião pública tem-se esforçado por apresentar o
fracasso do amor como uma realidade normal, sendo o divórcio um processo legal
extremamente facilitado actualmente; há cada vez menos apoio para as famílias
numerosas e os métodos
contraceptivos são quase como o “terceiro elemento” do casal…
Mas, para nós, cristãos, o fracasso do
amor não é uma normalidade, mas uma situação que requer ponderação, acompanhamento
e, acima de tudo, oração!
O Papa João Paulo II, na sua Carta Apostólica sobre a importância da
oração do Rosário - Rosarium
Virginis Mariae, p.41 – afirmou que “a
família que reza unida, permanece unida”.
De facto, esta prática da oração em família tem vindo a desaparecer. Quantas
famílias, em tempos passados, não iam dormir sem rezar o Terço? E outras tantas
que não começavam a comer sem estarem todos reunidos para a oração? Por acaso
não haveria também problemas tão ou mais graves que os de hoje, em tempos de
guerra, de fome, de doenças? Quantos problemas familiares se terão superado
devido a essa prática?
A família cristã que permanece unida,
apesar de todos os problemas, reflecte o amor de Deus por nós e é o melhor e
mais belo testemunho cristão que se pode dar neste mundo que exalta o
facilitismo, a saída mais fácil e o egoísmo do amor-próprio.
E se, durante a próxima semana, rezássemos o Terço em
família? Não custará muito
convidar os avós, os pais, os irmãos e substituir
meia hora de televisão por um tempo de oração a
Nossa Senhora, rezando Àquela que é a Rainha das Famílias a oração que Lhe é mais
agradável!
Fica o desafio!
Sem comentários:
Enviar um comentário