"Raios de Luz"


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Uma família que reza unida, permanece unida"


No Evangelho deste XXVII Domingo do Tempo Comum, Jesus é posto à prova pelos fariseus, que Lhe perguntam se é legítimo a um homem abandonar e separar-se da sua mulher, para poderem ter um motivo para O condenar. Mas Nosso Senhor aproveita esta provação para nos apresentar o projecto ideal de Deus para o homem e para a mulher que se amam, respondendo com a passagem do Génesis que escutamos também na I Leitura da Missa: “Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne”.  

O homem e a mulher foram criados um para o outro, para se completarem, para se amarem e para constituírem família, estando totalmente receptivos para gerarem e educarem os filhos que Deus quiser enviar-lhes. 

Nos dias de hoje, cada vez se assiste a um aumento de relações passageiras, sem compromisso, sem o devido respeito pelo próprio corpo nem pelo do outro. Mesmo entre casais unidos pelo Sacramento do Matrimónio, assistimos a um aumento do número de divórcios e conflitos familiares. 

A separação de um homem e de uma mulher unidos pelo Matrimónio pode ter muitas causas, das mais válidas às mais mesquinhas, mas a maior parte delas deve-se ao facto de os valores que deviam reger a sociedade estarem constantemente a ser atacados e banalizados.

Nos meios de comunicação é frequente passarem telenovelas, filmes e programas que incitam à traição e à separação; a opinião pública tem-se esforçado por apresentar o fracasso do amor como uma realidade normal, sendo o divórcio um processo legal extremamente facilitado actualmente; há cada vez menos apoio para as famílias numerosas e os métodos contraceptivos são quase como o “terceiro elemento” do casal…

Mas, para nós, cristãos, o fracasso do amor não é uma normalidade, mas uma situação que requer ponderação, acompanhamento e, acima de tudo, oração! O Papa João Paulo II, na sua Carta Apostólica sobre a importância da oração do Rosário - Rosarium Virginis Mariae, p.41 – afirmou que “a família que reza unida, permanece unida”. 

De facto, esta prática da oração em família tem vindo a desaparecer. Quantas famílias, em tempos passados, não iam dormir sem rezar o Terço? E outras tantas que não começavam a comer sem estarem todos reunidos para a oração? Por acaso não haveria também problemas tão ou mais graves que os de hoje, em tempos de guerra, de fome, de doenças? Quantos problemas familiares se terão superado devido a essa prática?

A família cristã que permanece unida, apesar de todos os problemas, reflecte o amor de Deus por nós e é o melhor e mais belo testemunho cristão que se pode dar neste mundo que exalta o facilitismo, a saída mais fácil e o egoísmo do amor-próprio.

E se, durante a próxima semana, rezássemos o Terço em família? Não custará muito convidar os avós, os pais, os irmãos e substituir meia hora de televisão por um tempo de oração a Nossa Senhora, rezando Àquela que é a Rainha das Famílias a oração que Lhe é mais agradável!

Fica o desafio!

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