A Igreja celebra a 7 de Outubro a
Memória de Nossa Senhora do Rosário, comemoração esta que foi instituída pelo
Papa S. Pio V no aniversário da vitória obtida pelos cristãos na batalha naval
de Lepanto e atribuída ao auxílio da Santa Mãe de Deus, invocada com a oração
do Rosário.
“Propagando-se esta devoção, os cristãos entregues à meditação dos mistérios
inflamados por esta oração, começarão a
transformar-se em outros homens, as trevas das heresias dissipar-se-ão
e difundir-se-á a luz da Fé católica"
dizia São Pio V quando instituiu esta festa que hoje celebramos.
A origem da devoção a Nossa
Senhora do Rosário é muito antiga, no entanto, pode fixar-se que a sua
propagação teve início com São Domingos no século XIII. Segundo conta a
tradição da Igreja, este santo teve a
graça de Nossa Senhora lhe ter aparecido, oferecendo-lhe o Rosário com o pedido
de que este propagasse a sua devoção.
No decurso da história da Igreja
são atribuídos grandes triunfos à recitação do Rosário, como refere o Sumo
Pontífice Urbano IV - "pelo Rosário
todos os dias desce uma chuva de bênçãos sobre o povo cristão", ou o
Papa Sixto IV - "é a oração oportuna
para honrar a Deus e a Virgem, como afastar bem longe os iminentes perigos do
mundo".
A celebração deste dia é,
portanto, um convite a todos os fiéis para que meditem os mistérios de Cristo,
em companhia da Virgem Maria, que foi associada de modo muito especial à
encarnação, à paixão e à ressurreição do Filho de Deus.
Esta devoção atravessou os
séculos sempre com o empenho da Santa Igreja em difundi-lo. O Rosário tem a
virtude ser a oração do sábio e do ignorante, pois, como nenhuma outra, se
adapta à capacidade de todos.
Nos mistérios do Rosário,
contemplamos todas as fases do Evangelho. Nos mistérios gozosos, contemplamos a
alegria da Encarnação do Verbo e a infância de Jesus. Nos mistérios dolorosos,
meditamos na agonia e no caminho para o Calvário, no qual Jesus dá a Sua vida
por nós. Ao contemplar os mistérios gloriosos, meditamos na Ressurreição de
Jesus, passando pela Ascenção aos Céus e pela glória de Nossa Senhora.
Há onze anos, o Papa João Paulo
II, pela Carta Apostólica RosariumVirginis Mariae, sugeriu como meditações facultativas para as
Quintas-feiras, os mistérios luminosos, que retratam a vida pública de Jesus.
Quase a terminar o Ano da Fé,
proposto por Sua Santidade o Papa Bento XVI, e evocando os textos conciliares
que devem ser compreendidos à luz da Fé e da Tradição da Igreja, recordemos a
Constituição dogmática Lumen gentium na qual a devoção à Santíssima
Virgem Maria na vida da Igreja é explicada. Segundo o Concílio Vaticano II,
Nossa Senhora foi “exaltada por graça do
Senhor e colocada, logo a seguir a Seu Filho, acima de todos os Anjos e Homens".
"Maria que, como Mãe Santíssima de Deus, tomou parte nos mistérios de
Cristo, é com razão venerada pela Igreja com culto especial".
Procuremos também nós sermos verdadeiros "Apóstolos do Rosário", tal como São Domingos foi na sua
época, procurando sempre propagar a sua devoção como remédio contra os males da
Humanidade e para maior glória de Deus e da Virgem Maria, com a certeza do
Triunfo do Seu Coração Imaculado.
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