«Virei pedir a
Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora no
primeiro sábado de cada mês. Se atenderem aos Meus pedidos, a Rússia converter-se-á
e terão paz. Se não, [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo
guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados. O Santo Padre terá
muito que sofrer. Várias nações serão aniquiladas».
Devido aos conflitos políticos e mundiais, foi difícil para
o Papa aceder prontamente a este pedido. Em 1942 foi feita pelo Papa Pio XII a
primeira Consagração do Mundo e do povo português a Nossa Senhora. A
Consagração da Rússia não foi feita nos moldes que a Santíssima Virgem pediu,
mas como para o Céu toda a oração tem valor, este acto ajudou a acabar com a
Segunda Guerra Mundial.
No entanto, a Rússia já espalhara «os seus erros pelo mundo», com o ressurgimento das ideologias
ateias e comunistas que se aproveitaram da miséria humana que resultou da II
Grande Guerra.
Assistindo à infiltração deste mal na sociedade, o Venerável
Papa Pio XII voltou a consagrar o mundo, com especial menção do povo russo em
1952. Também Paulo VI consagrou o mundo, no fim da 3ª sessão do Concílio
Vaticano II, ao Imaculado Coração de Maria, em 1964.
O Papa João Paulo II renovou estes actos de Consagração
durante o seu Pontificado. Em 1982, na sua primeira peregrinação a Fátima, consagra
a Igreja, os Homens e os Povos, com menção velada da Rússia, ao Imaculado
Coração de Maria. Depois, em 1984, diante da Imagem de Nossa Senhora de Fátima
ida expressamente da Capelinha das Aparições, em união com todos os Bispos do
Mundo que estavam ali presentes, consagra novamente o mundo ao Imaculado
Coração .
Depois desta Consagração, o mundo começou a assistir, num
desencadear de acontecimentos, ao fim da divisão e do ódio que separavam os povos, dos quais o Muro de Berlim era o símbolo máximo. O Comunismo ficou
extremamente debilitado e a própria Rússia reconheceu que enfraqueciam as perseguições
contra a Doutrina da Igreja e caíam as resistências à Fé cristã.
Mas “os filhos das trevas são mais espertos nas suas obras que os filhos da
luz” (Lc, 16,8) por isso, ainda que sem tanto poder, as ideologias ateias e comunistas
continuam a ensombrar, na penumbra, a História da humanidade. Assim,
Sua Santidade Bento XVI e agora o Papa Francisco entenderam que devia ser
renovada esta Consagração do mundo, para que Nossa Senhora nos livre desses e
dos outros males que afligem a Igreja e o mundo inteiro.
Unirmo-nos ao Papa num acto de Consagração significa
ficarmos comprometidos com Nossa Senhora para colaborar e ter esperança no
triunfo do Seu Coração:
«Consagrar o mundo ao
Imaculado Coração não é só lançar no coração da Mãe todas as preocupações do
mundo; mas é meter-nos a nós dentro desse coração, sentindo com esse coração as
feridas do mundo para nos implicarmos a nós mesmos e receber d’Ela aquela
palavra de confiança, a última palavra que Ela disse relativamente ao seu
Coração Imaculado: ‘Por fim, o meu
Coração Imaculado triunfará’».- Dom António Marto, Bispo de Leiria-Fátima,
2009.
Como preparação para o próximo dia 13 de Outubro, nos próximos
dias publicaremos textos relativos às diferentes consagrações feitas pelos
Sumos Pontífices.
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