"Raios de Luz"


terça-feira, 8 de outubro de 2013

O pedido da Consagração da Rússia feito pela Virgem

No dia 13 de Julho, depois de mostrar o Inferno aos Pastorinhos, Nossa Senhora disse-lhes:
 
«Virei pedir a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora no primeiro sábado de cada mês. Se atenderem aos Meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz. Se não, [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados. O Santo Padre terá muito que sofrer. Várias nações serão aniquiladas».
Devido aos conflitos políticos e mundiais, foi difícil para o Papa aceder prontamente a este pedido. Em 1942 foi feita pelo Papa Pio XII a primeira Consagração do Mundo e do povo português a Nossa Senhora. A Consagração da Rússia não foi feita nos moldes que a Santíssima Virgem pediu, mas como para o Céu toda a oração tem valor, este acto ajudou a acabar com a Segunda Guerra Mundial.
No entanto, a Rússia já espalhara «os seus erros pelo mundo», com o ressurgimento das ideologias ateias e comunistas que se aproveitaram da miséria humana que resultou da II Grande Guerra.
Assistindo à infiltração deste mal na sociedade, o Venerável Papa Pio XII voltou a consagrar o mundo, com especial menção do povo russo em 1952. Também Paulo VI consagrou o mundo, no fim da 3ª sessão do Concílio Vaticano II, ao Imaculado Coração de Maria, em 1964.
O Papa João Paulo II renovou estes actos de Consagração durante o seu Pontificado. Em 1982, na sua primeira peregrinação a Fátima, consagra a Igreja, os Homens e os Povos, com menção velada da Rússia, ao Imaculado Coração de Maria. Depois, em 1984, diante da Imagem de Nossa Senhora de Fátima ida expressamente da Capelinha das Aparições, em união com todos os Bispos do Mundo que estavam ali presentes, consagra novamente o mundo ao Imaculado Coração .
Depois desta Consagração, o mundo começou a assistir, num desencadear de acontecimentos, ao fim da divisão e do ódio que separavam os povos, dos quais o Muro de Berlim era o símbolo máximo. O Comunismo ficou extremamente debilitado e a própria Rússia reconheceu que enfraqueciam as perseguições contra a Doutrina da Igreja e caíam as resistências à Fé cristã.
Mas “os filhos das trevas são mais espertos nas suas obras que os filhos da luz” (Lc, 16,8) por isso, ainda que sem tanto poder, as ideologias ateias e comunistas continuam a ensombrar, na penumbra, a História da humanidade. Assim, Sua Santidade Bento XVI e agora o Papa Francisco entenderam que devia ser renovada esta Consagração do mundo, para que Nossa Senhora nos livre desses e dos outros males que afligem a Igreja e o mundo inteiro.
Unirmo-nos ao Papa num acto de Consagração significa ficarmos comprometidos com Nossa Senhora para colaborar e ter esperança no triunfo do Seu Coração:
«Consagrar o mundo ao Imaculado Coração não é só lançar no coração da Mãe todas as preocupações do mundo; mas é meter-nos a nós dentro desse coração, sentindo com esse coração as feridas do mundo para nos implicarmos a nós mesmos e receber d’Ela aquela palavra de confiança, a última palavra que Ela disse relativamente ao seu Coração Imaculado: ‘Por fim, o meu Coração Imaculado triunfará’».- Dom António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, 2009.
Como preparação para o próximo dia 13 de Outubro, nos próximos dias publicaremos textos relativos às diferentes consagrações feitas pelos Sumos Pontífices.

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