"Raios de Luz"


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Solenidade de Todos os Santos

No dia 1 de Novembro a Liturgia da Igreja terrena levanta um pouco a barreira que nos separa da Igreja Triunfante, levando-nos a pensar para onde caminhamos: para o Céu, para a felicidade sem fim em Deus, onde viveremos na Sua companhia, na de Nossa Senhora, junto com os Anjos e com os Santos.

E quem são os Santos? Serão apenas aqueles que a Igreja canoniza, proclamando solenemente que estão na glória de Deus? Não só esses, que se evidenciaram de alguma forma na História da Igreja. Os outros Santos são aquelas pessoas anónimas – talvez nossos familiares, amigos ou conhecidos - que, como nós, caminharam e lutaram sobre nesta terra esforçando-se por cumprir a vontade de Deus e praticaram o bem, encontrando-se agora diante do Trono de Deus, na felicidade eterna do Céu, que mereceram pela sua fé e perseverança.

Esta Solenidade de Todos-os-Santos, assim como a Comemoração dos Fiéis Defuntos no dia seguinte, sintetiza o consolador dogma da Comunhão dos Santos que professamos no Credo.

Como fiéis católicos, acreditamos nesta comunhão entre os que ainda peregrinam sobre a terra, os defuntos que ainda estão em purificação no Purgatório e dos bem-aventurados do Céu, formando todos juntos uma só Igreja Católica.

Quando recorremos à intercessão dos Santos, fazemo-lo sempre como um pedido ou uma súplica. Não devemos ver a intercessão dos nossos irmãos que já estão no Céu como que um favor que nos farão à margem da vontade de Deus.

O Santo Padre Bento XVI, no dia 1 de Novembro de 2005, falou desta Comunhão dos Santos como uma só família, unida por uma caridade sobrenatural:

«[Esta Solenidade ] é a realidade de uma família ligada por profundos laços de solidariedade espiritual, que une os fiéis defuntos a quantos peregrinam no mundo. Um vínculo misterioso mas real, alimentado pela oração e pela participação no sacramento da Eucaristia. No Corpo místico de Cristo as almas dos fiéis encontram-se a superar a barreira da morte, intercedem umas pelas outras, realizam na caridade um íntimo troca de dons».


Assim, neste dia celebramos com toda a Igreja a alegria e a felicidade desta multidão incontável, propondo-nos a Igreja que sigamos os seus exemplos para gozarmos, um dia, da sua companhia no Céu.


PROPOSTA DE CÂNTICOS PARA A MISSA:

Entrada: Exultemos de alegria no Senhor - CEC II, pág. 202 [partitura]

Ofertório: A Vós, ó Verbo Eterno - NCT 645 [partitura]

Comunhão: Vinde, benditos de Meu Pai - OC 270 [partitura]

Pós-Comunhão: Felizes os que habitam na Vossa casa - NCT 385

Final: Os Santos cantavam um cântico novo - NCT 659 [partitura]

CEC II - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol II
NCT - Novo Cantemos Todos
OC - Orar Cantando

1 comentário:

  1. O Dia de Todos os Santos, não é apenas para aqueles que estão nos altares também é para nós que caminhamos para Jerusalém Celeste ao encontro da verdadeira vida e eterna.
    Todos tiveram passado (e alguns nada recomendáveis) e todos nós temos futuro para a santidade.

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