A Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de Outubro em Fátima foi presidida este ano pelo então Secretário de Estado do Vaticano D. Tarcísio Bertone, que cessou funções no dia de ontem, 15 de Outubro.
No seu discurso de despedida,
diante do Papa Francisco, o Cardeal Bertone referiu que a devoção mariana é um
ponto comum que une Bento XVI e Francisco, destacando a importância da actualidade
da Mensagem de Fátima para os males que assolam a Igreja e o mundo:
«Não há ícone mais belo dos dois papas que aqueles da fotografia de
cada um recolhido em oração diante de Nossa Senhora, de Nossa Senhora de
Fátima: em Fátima, no Ano Sacerdotal de 2010, o Papa Bento, e, em Roma, diante
da mesma imagem, no Ano da Fé (2013), o Papa Francisco, para meter a Igreja
inteira em estado de penitência e de purificação. Parece que devemos recomeçar a partir de Fátima».
E em que assenta a Mensagem de
Fátima? Na oração, penitência e
reparação. É importante perceber que num discurso oficial de despedida de
um Secretário de Estado Vaticano, diante do Santo Padre, a Mensagem de Fátima foi
colocada em destaque, lembrando que toda a Igreja deve colocar-se «em estado de
penitência e purificação.
Na homilia de dia 13 de Outubro,
o mesmo cardeal apresentou os Pastorinhos de Fátima como exemplos de quem confia, sem medos, nos desígnios de Deus,
mesmo nos momentos mais aterradores da vida: «Presos pelo governador de Ourém,
três crianças que se «veem separadas umas das outras e ameaçadas que vão ser
lançadas em azeite a ferver, recorrem à oração!».
A Mensagem de Fátima, lembrou D. Bertone,
convida à conversão e à confiança, tal como o Evangelho: «Contra o fatalismo do mundo, Maria veio a Fátima lembrar que, na
ordenação e governo de tudo o que acontece há um coração infinito. O centro da
Mensagem de Fátima é a conversão, que implica amar a Deus acima de todas as coisas, o horror ao pecado e a fidelidade
à Lei de Deus, que se resume e traduz na caridade».
Por fim, o Cardeal italiano
referiu-se ao desejo materno de Nossa Senhora de contribuir para a salvação das
almas, levando-as até Deus através do Seu Coração Imaculado:
«[A Maria], não Lhe bastou ser admirada,
invocada e venerada; Nossa Senhora quis que os corações dos indivíduos, dos
povos e do mundo inteiro lhe fossem consagrados e colocados sob a sua
protecção».
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