Inicia-se amanhã o mês de Maio,
tradicionalmente chamado de Mês de Maria e por todo o mundo, em
muitas igrejas e em muitos lares, se reaviva a oração diária do Terço, algo tão
esquecido nos dias de hoje.
No mês em que a Igreja dedica
especial atenção à Mãe de Deus, meditemos na forma como surge em nós o desejo
de conviver com a Virgem Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Para
compreendermos o papel que Maria desempenha na vida cristã, para nos sentirmos
atraídos por Ela, para desejar a sua amável companhia com filial afecto, não
são precisas grandes especulações, embora o mistério da Maternidade divina
tenha uma riqueza de conteúdo sobre a qual nunca reflectiremos bastante.
Diz-nos São Josemaria Escrivá
que «a fé católica soube reconhecer em
Maria um sinal privilegiado do amor de Deus. Deus chama-nos, já agora, seus
amigos; a sua graça actua em nós, regenera-nos do pecado, dá-nos forças para
que, entre as fraquezas próprias de quem é pó e miséria, possamos reflectir de
algum modo o rosto de Cristo».
«A relação de cada um de nós com a nossa própria mãe pode servir-nos de
modelo e de pauta para a nossa intimidade com a Senhora do Doce Nome, Maria.
Temos de amar a Deus com o mesmo coração com que amamos os nossos pais, os
nossos irmãos, os outros membros da nossa família, os nossos amigos ou amigas.
Não temos outro coração. E com esse mesmo coração havemos de querer a Maria.»
Maio é portanto o mês em que
também nós devemos dedicar mais tempo a meditar sobre a vida de Nossa Senhora e
reacender (caso tenha esmorecido) o hábito da oração diária do Terço.
Exactamente há 49 anos, o Papa
Paulo VI escrevia a encíclica Mense Maio
na qual nos dizia: «Muito nos-agrada e consola este piedoso exercício, tão
honroso para a Virgem e tão rico de frutos espirituais para o povo cristão.
Maria é sempre caminho que leva a Cristo. Nenhum encontro com ela pode deixar
de ser encontro com o próprio Cristo. E que outra coisa significa o recurso
contínuo, a Maria, senão procurar, entre os seus braços, nela, por ela e com
ela, Cristo nosso Salvador, a quem os homens, no meio dos desvarios e dos
perigos da terra, têm o dever e sentem constante necessidade de dirigir-se, como
a porto de salvação e fonte transcendente de vida?»
Por vezes, de forma errada, há
quem afirme que se dedica demasiado tempo à piedade popular da oração do Terço
e à devoção a Nossa Senhora. Não só o Papa Paulo VI como muitos outros Sumo
Pontífices e Santos referiram que nunca
é demais a devoção que temos a nossa Senhora.
Maria é Mãe! É Mãe de Deus e
nossa Mãe. Quem melhor que esta Santa Mãe para nos conduzir até Jesus Cristo?
Procuremos neste mês aproximar-nos de Jesus, de uma forma simples e fácil,
através de Nossa Senhora e da oração do Terço.
Sozinho, em comunidade, pela
rádio ou através das novas tecnologias disponíveis, não demos por perdidos
cerca de 30 minutos nos quais podemos fazer companhia a Nossa Senhora e meditar
nos Mistérios do Rosário. Num dia com 24 horas, mesmo rezando o Terço, ainda
nos sobram 23 horas e 30 minutos. Pensemos bem nisso!
Áudio e Vídeo - Terço rezado pela JMV Sobreiro:
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