«Jesus consumia-se de sede e
disse com a língua seca: "Tenho sede”.
E como os amigos o olhassem com tristeza, disse-lhes: "Não me podíeis dar um gole de água?" Queria dizer que
durante a escuridão ninguém os teria impedido. João, muito incomodado,
respondeu: "Senhor, esquecemo-Io
mesmo".
Jesus disse ainda algumas
palavras, cujo sentido era: "Também
os amigos mais íntimos deviam esquecer-se e não me dar a beber, para que se
cumprisse a Escritura". Mas esse esquecimento Lhe doeu amargamente.
Ofereceram então dinheiro aos soldados, para Lhe dar um pouco de água; eles
recusaram, mas um deles tomou uma esponja em forma de pera, embebeu-a em
vinagre, que havia lá num pequeno barril de casca de árvore e ainda lhe
misturou fel.
Mas o centurião Abenadar,
compadecido de Jesus, tomou a esponja do soldado, espremeu-a e embebeu-a de
vinagre puro. Ajustou depois um lado da esponja num pedaço curto de uma haste
de hissope, que servia de boquilha para chupar, fincou-o na ponta da lança e
levantou-a à altura do rosto de Jesus, aproximando-Lhe dos lábios a esponja».
Dos Escritos da Beata Anna
Katharina Emmerich
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