Andor da Perda de Jesus no Templo - Basílica de Mafra |
A terceira das Sete dores de
Nossa Senhora que meditamos é a Perda de
Jesus no Templo. Esta foi de certo uma das mais fortes, pois a Virgem Maria
sofria longe de Jesus, e a Sua humildade fazia-lhe crer que o Seu Filho se
tinha apartado de Si por negligência Sua.
Quem nasce cego sofre menos com o
facto de se ver privado de contemplar a luz do que aqueles que durante a sua
vida puderam ver, e de repente, ficam cegos. Igualmente isso acontece com as
almas infelizes e cegas, que pelo lodo deste mundo, pouco tenham conhecido Deus,
pouca pena sentem de não O encontrarem.
Pelo contrário, quem vive
iluminado pela luz celeste sente muito mais tristeza por se ver privado dela.
Imaginemos agora Nossa Senhora, que estava acostumada a gozar da presença de
Jesus e de como esta terceira espada a deve ter ferido quando, tendo-O perdido
em Jerusalém, esteve três dias sem O encontrar.
Esta dor de Nossa Senhora deve
servir de conforto a todas as almas que estão desoladas e não gozam da doce
presença do Senhor. Se Jesus se ausenta dos olhos das almas que o amam, não se
ausenta dos seus corações.
Aprendamos desta dor de Maria
Santíssima a buscar Jesus. Não o procuremos nas delícias e prazeres deste mundo,
mas entre as cruzes e mortificações, tal como fez Nossa Senhora.
Tal como Santo
Afonso digamos:
«Maria, minha Mãe amabilíssima, se por minha desgraça e pelos meus
pecados eu também perdi Jesus, rogo-Vos que pelos méritos das Vossas dores, eu
O encontre para nunca mais o perder em toda a eternidade.»
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