«A oração abre-nos para Deus. A nossa tendência é termo-nos a nós
próprios como centro, como eixo da existência. Mas assim, vivemos
miseravelmente em função de nós mesmos: tudo julgamos a partir de nós, buscamos
os nossos interesses, caímos na ilusão de pensar que as nossas ideias e
avaliações são a própria verdade e que os nossos critérios e desejos são o que
é correcto.
Em consequência, sem percebermos,
manipulamos os outros, manipulamos a realidade e até mesmo a nossa fé em Deus:
eu, o centro; tudo o mais, gira em torno a mim! Isto é pura loucura e somente a oração pode colocar-nos verdadeiramente
diante da nossa realidade.
Quando nos abrimos para Deus,
escutando a Sua palavra, calando diante Dele o nosso coração e deixando-nos
invadir pela doçura da Sua presença, então, sim, vamos vendo que Deus é tudo e nós somos tão pequeninos!
Vamos, então, entrando, num verdadeiro diálogo com Deus: Ele vai Se tornando
não algo, mas Alguém, vivo, amante, terno e que dá novo sentido à minha vida.
Rezando, vou aprendendo a deixar que o Senhor seja verdadeiramente Deus na
minha vida!
poderosa arma no combate espiritual,
pois a vida cristã não consiste em boa vontade, mas numa constante luta contra as más tendências que
pululam em nós. Não venceremos nunca os nossos demónios, os nossos vícios capitais
sem o combate espiritual sem esforço, com o sustento do Espírito do Imolado e
Ressuscitado! A oração é também uma
É precisamente a oração que
nos reveste da força do Espírito do Senhor e nos faz participar daquele combate
de Jesus no deserto! Sem oração, acaba o crescimento efectivo na virtude e no
seguimento de Cristo. Sem oração verdadeira, persistente, às vezes gozosa,
outras vezes árida, ora tão fácil, ora tão custosa, jamais voaremos para os
braços do Senhor.
Finalmente, a oração dá-nos a graça de viver toda a
vida na presença de Deus; faz-nos cumprir aquele preceito do Senhor: «Caminha na Minha presença e sê perfeito!»
A vida enche-se, então, de
sentido e podemos experimentar algo do céu já sobre esta terra... Começa a
cumprir-se em nós o que o Senhor nos ensinou a pedir no Pai-Nosso: «Venha a nós o Teu Reino!»
E então, vamos rezar mais nesta Quaresma? Deixemo-nos
de preguiça! Vamos! É tão pouco esforço para uma recompensa tão grande!»
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