No dia 11 de Fevereiro, Festa de
Nossa Senhora de Lourdes, comemora-se o Dia
Mundial do Doente, efeméride instituída pelo Papa João Paulo II neste dia,
no ano de 1992. Na carta do Papa ao Presidente do Conselho Pontifício para a
Pastoral da Saúde, o Papa referia que este dia deve ser visto como «um momento
forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de
apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face
de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da
humanidade».
Vinte e dois anos depois da
instituição desta efeméride, na Mensagem para o Dia Mundial do Doente, o Papa Francisco
refere que «a Igreja reconhece em vós, queridos doentes, uma presença especial
de Cristo sofredor. É assim: ao lado, aliás, dentro do nosso sofrimento está o
de Jesus, que carrega connosco o seu peso e revela o seu sentido. Quando o
Filho de Deus subiu à cruz destruiu a solidão do sofrimento e iluminou a sua
escuridão. Desta forma somos postos diante do mistério do amor de Deus por nós,
que nos infunde esperança e coragem: esperança, porque no desígnio de amor de
Deus também a noite do sofrimento se abre à luz pascal; e coragem, para
enfrentar qualquer adversidade em sua companhia, unidos a Ele».
Esta data comemora-se no dia em
que a Igreja celebra a Festa de Nossa Senhora de Lourdes e quem, melhor que a
Virgem Maria, para acolher a dor de cada doente e acompanhar a sua enfermidade?
Aquela que esteve junto à cruz de Jesus e que O viu sofrer, também Ela está
junto de cada doente e de cada um que se predispõe a ir em auxílio dos que mais
necessitam.
O Papa Francisco afirma que «para
crescer na ternura, na caridade respeitadora e delicada, temos um modelo
cristão para o qual dirigir o olhar com segurança. É a Mãe de Jesus e nossa
Mãe, atenta à voz de Deus e às necessidades e dificuldades dos seus filhos.
Maria, estimulada pela misericórdia divina que nela se faz carne, esquece-se de
si mesma e encaminha-se à pressa da Galileia para a Judeia a fim de encontrar e
ajudar a sua prima Isabel; intercede junto do seu Filho nas bodas de Caná,
quando falta o vinho da festa; leva no seu coração, ao longo da peregrinação da
vida, as palavras do velho Simeão que lhe prenunciam uma espada que trespassará
a sua alma, e com fortaleza permanece aos pés da Cruz de Jesus. Ela sabe como
se percorre este caminho e por isso é a Mãe de todos os doentes e sofredores.»
De facto, ao longo da Sua vida
terrena, a Virgem Maria, impelida pelo Amor de Deus, foi em auxílio dos que
mais necessitavam. Por isso A saudamos com o título de Auxílio dos Cristãos e Saúde dos Enfermos.
Segundo o Papa, «A Ela podemos
recorrer confiantes com devoção filial, certos de que nos assistirá e não nos
abandonará. É a Mãe do Crucificado Ressuscitado: permanece ao lado das nossas
cruzes e acompanha-nos no caminho rumo à ressurreição e à vida plena».
Como jovens Marianos e
Vicentinos, somos também nós impelidos pelo Amor de Deus a ir ao encontro dos
que mais precisam da nossa ajuda, quer física, quer espiritual. Que bom seria
se fossemos capazes de "gastar" um pouco do nosso tempo (muitas vezes
ocupado com banalidades ou coisas com pouca importância), e à semelhança da
Virgem Maria, visitássemos os doentes e aqueles que precisam de apoio.
Confiamos este dia e as nossas
actividades de cariz caritativo à intercessão de Nossa Senhora e de São Vicente
de Paulo. Que os patronos da nossa associação nos ajudem a fazermos como o Bom
Samaritano e a fazermos presente as palavras do Papa Francisco «quando nos
aproximamos com ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o
sorriso de Deus às contradições do mundo».
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