Após meditarmos na última semana sobre os acontecimentos da Paixão de Jesus nos quais revimos que foi pela culpa dos nossos pecados que foi cruelmente açoitado, tristemente escarnecido como rei, coroado com uma coroa de espinhos e finalmente humilhado com a morte mais atroz que se pode imaginar, meditamos agora na Ressurreição de Jesus e na esperança que deve trazer para o cristão.
Na noite ditosa em que os
cristãos alegremente celebram a ressurreição do Senhor, Jesus, saindo do
sepulcro, recebe do Pai tudo aquilo que havia perdido nos dias da Sua Paixão.
Levado humildemente à presença de Pilatos, como se de um pobre criminoso se
tratasse, foi feito Senhor da Terra pelo Pai. Aquele que pouco antes era o
Homem das Dores e marcado pelos sofrimentos, aparece dotado de nova força e de
uma vida imortal.
Cada um de nós devia fazer um
acto de Fé na Ressurreição do Senhor, chegando a Ele, com as nossas orações,
como que para lhe beijarmos as chagas glorificadas, como diz Santo Afonso.
A Ressurreição de Jesus Cristo é
penhor e a norma da nossa ressurreição, porque tal como diz São Paulo: "Se
morremos com Ele, com Ele também viveremos". Devemos depositar na
Ressurreição de Jesus a esperança da nossa ressurreição.
Façamos nossas as palavras de
Santo Afonso: «Meu amabilíssimo Jesus,
graças Vos dou que pela Vossa morte adquiristes para mim o direito á posse de
tão grande bem, e hoje, pela Vossa Ressurreição, avivais a minha esperança.
Sim, espero ressuscitar no Último Dia, glorioso como Vós, não tanto por meu
próprio interesse, mas para estar sempre unido a Vós e Vos louvar e amar
eternamente».
Procuremos viver esta Oitava da
Páscoa com a alegria que viveram as mulheres quando souberam que Jesus tinha
Ressuscitado, fazendo crescer em nós a esperança da nossa ressurreição dos
mortos.
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