No Evangelho do V Domingo do
Tempo Pascal, ‘recuamos’ até à Última Ceia e Jesus mostra-nos que foi
necessário ter sofrido e morrido para que a Nova e Eterna Aliança de Deus com
os homens fosse estabelecida. De facto, imediatamente antes de iniciar a Sua
Paixão, na Ceia com os discípulos, Jesus confirma que a Sua glorificação dar-se-á na Cruz: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus glorificado n’Ele. Se
Deus foi glorificado n’Ele, Deus também O glorificará em Si mesmo e
glorificá-l’O-á sem demora».
Não é fácil compreender como pode
vir a glória através da morte numa cruz, no rosto de um homem aparentemente derrotado.
Mas a Cruz é a verdadeira fonte da vitória
e da glória de Jesus porque na Cruz entregou toda Sua vida para abrir as portas
do Céu fechadas pelo pecado de Adão e dar vida eterna aos homens.
Queremos melhor exemplo do imenso
amor que Deus no tem? Quantas vezes pensamos que Deus nos abandona ou não quer
saber de nós? Pensando no que Jesus fez
na Cruz, por amor aos homens, por
amor a cada um de nós, temos a resposta. Deus ama-nos tanto que nos deu o
Seu Filho e aceitou o Seu sacrifício para que um dia possamos estar com Ele no
Céu!
Não é por acaso que, no final do
Evangelho deste Domingo, Jesus dá aos discípulos o Mandamento Novo, o
Mandamento do Amor. Este mandamento evoca imediatamente a ideia da Aliança, a nova e definitiva Aliança levada a
cumprimento por Jesus, precisamente quando morre na Cruz.
«Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros». Com este
Mandamento, Jesus quer que os seus discípulos, pelo seu testemunho de caridade
uns para com os outros, sejam neste mundo o
espelho do amor de Deus manifestado na Cruz.
«Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros». É com o amor de Jesus
que nos devemos amar uns aos outros, tal como Ele nos amou, no sentido mais
profundo e verdadeiro do verbo amar,
que é o sentido da ‘entrega’. Amar os
outros como Jesus nos amou é entregar
a nossa própria vida uns pelos outros.
Nesta semana, pensemos seriamente
na maneira como amamos o nosso próximo. Amamos os outros levados por meros sentimentos humanos, por paixões
ou só para fazer aquela ‘caridade’ que não passa de humanitarismo? Ou conseguimos
perceber o valor daqueles que nos
rodeiam e tentamos amá-los profundamente com o mesmo Amor com que Jesus nos
ama, ao ponto de ter entregado a Sua vida?
Tentemos melhorar aqueles que
aspectos que, na nossa relação com os outros, nos impedem de sermos
verdadeiramente espelhos do Amor de Deus que se manifestou plenamente na Cruz.
Proposta de cânticos para a Missa:
Entrada - Cantai ao Senhor (NCT 211)
Ofertório - Espero em Deus (OC 97)
Comunhão - Se cumprirdes os Meus mandamentos (CEC II 37)
Acção de Graças - Se vos amardes (NCT 274)
Final - Abri de par em par (OC 25)
CEC - Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. II
NCT - Novo Cantemos Todos
OC - Orar Cantando
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