"Só Cristo é capaz de nutrir no íntimo; os outros nutrem
externamente, como a servidores (...).
De facto, alimenta a alma exausta e
enche de bens aquela faminta"
Santo Tomás de Aquino
No Evangelho deste IV Domingo
do Tempo Comum encontramos Jesus a ser posto em causa por aqueles que estavam
com Ele na sinagoga (como escutámos no evangelho do Domingo passado).
Jesus veio para anunciar a
Boa-Nova do Reino, no entanto, essa Sua missão não foi bem entendida pelo povo
judeu. Os homens e mulheres que rodeavam Jesus no início da Sua vida pública
esperavam um Messias que fizesse milagres e que fosse "fora do normal".
“Nenhum profeta é bem recebido
na sua terra” e como tal, os judeus tinham visto Jesus crescer e sabiam quem
era o Seu Pai e a Sua Mãe, no entanto, não percebiam verdadeiramente a
profundidade do mistério da vida de Jesus.
Perante esta confusão dos
habitantes de Nazaré e as suas questões acerca de Jesus, Este, deparando-se com
uma profunda falta da fé daquele povo repreende-os dando exemplos da forma com
Deus, no passado, tinha escolhido alguns
profetas, não para os que lhes eram próximos, mas para outros.
Perguntemo-nos então: quanto
posso eu identificar-me com os compatriotas de Jesus? A crítica, a murmuração,
a inveja, a maledicência, fazem tantas vezes parte das nossas vidas e fazem-nos
afastar de Deus e quase que apagar a luz da verdadeira Fé.
Consideramo-nos católicos
crentes e que temos uma relação com Jesus todos os dias. Somos até capazes de
estar em ambientes em que se fala d'Ele mas que impacto tem isso nas nossas
vidas?
No decorrer do relato feito
por São Lucas, os nazarenos pedem a Jesus que faça na Sua terra aquilo que
tinha feito em Cafarnaum. Esperavam eles, mais uma vez, a manifestação exterior
de Jesus e milagres apenas para os satisfazer. Quantas vezes nos aproximamos
nós de Deus apenas para lhe pedir coisas? Jesus apresenta-nos uma proposta de
salvação que se traduz em actos concretos nas nossas vidas.
O Evangelho termina com a
referência à vontade de matar Jesus. Os habitantes de Nazaré não estavam
satisfeitos com o que Jesus lhes tinha dito e então pretendiam livrar-se d'Ele.
Também nós, muitas vezes nas nossas vidas, vamos abandonando Jesus e buscando no
mundo e na carne a "satisfação" para os nossos problemas.
Jesus é verdadeiramente o
nosso Salvador. Só Ele nos pode dar a Vida eterna. Procuremos nesta semana
tomar consciência do quanto ficamos aquém daquilo que Deus espera de nós e esforcemo-nos por viver segundo os ensinamentos de Jesus.
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