No Evangelho deste II Domingo da
Quaresma, a Igreja medita na Transfiguração de Jesus, momento no qual o Senhor
quis dar aos Seus discípulos um antegozo
da beleza do paraíso.
Tomando consigo Pedro, Tiago e
João, Jesus subiu ao alto de um monte e transfigurou-se diante deles. O Seu
rosto ficou refulgente como o sol e as vestes brancas como a neve. Apareceram
Moisés e Elias que falavam com Ele. Ao ver tudo isto, Pedro disse a Jesus:
Mestre, façamos três tendas, uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias.
São Pedro e os seus companheiros
puderam ver a glória de Jesus transfigurado, provando assim, como diz Santo
Afonso Maria Ligório «uma só gota da
doçura celestial», e rogaram a Jesus para que fosse possível permanecerem
naquele lugar.
Se para São Pedro e os seus
companheiros a visão de Jesus transfigurado os deixou assim, o que será de nós
quando o Senhor «saciar os seus
escolhidos da abundância da Sua casa e os fizer beber na torrente das Suas
delícias»?
A glória de que gozaram os três
discípulos foi de curta duração, porque enquanto Pedro falava, uma nuvem os envolveu.
«Este
é o meu Filho muito amado, escutai-O».
O Pai manda-nos ouvir o Seu Filho, desta forma, somos convidados neste
tempo Santo da Quaresma a escutar o que Jesus nos pede para fazer.
As consolações que recebemos de
Jesus, tal como receberam Pedro, Tiago e João têm por único motivo animar-nos
nos nossos trabalhos, porque não é neste mundo que gozamos das delícias de
Deus.
Os discípulos, testemunhas da
transfiguração, parecem não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o
mundo e os problemas dos homens. No entanto, a experiência de Jesus obriga a
continuar a obra que Ele começou e a “regressar ao mundo” para fazer da vida um
dom e uma entrega aos homens nossos irmãos.
Animemo-nos portanto e procuremos
sofrer com paciência as provações que são colocadas nas nossas vidas,
oferecendo-as em união ao sofrimento de Jesus que morreu por nosso amor.
Santo Afonso Maria Ligório
termina a meditação sobre este Evangelho com uma bonita oração que também pode
ser de cada um de nós: «Meu amado
Redentor, agradeço-Vos as luzes que me dais agora. São sinais de que me quereis
salvo a gozar das Vossas delícias um dia no céu. Quero salvar-me, não tanto
pela alegria mas para Vos poder agradar e amar. Amo-Vos, Jesus meu Deus,
amo-Vos sobre todas as coisas».
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