Depois da rejeição em Nazaré, na proclamação que fez de Sua pessoa e
missão, como foi meditado no
Evangelho do Domingo passado, esta semana, na Missa do V Domingo do Tempo Comum
o Evangelho apresenta-nos o início da pregação de Jesus.
Pregando à beira do lago,
Jesus incita Pedro a levar a barca para águas mais profundas e a lançar as
redes ao mar. “Mestre, trabalhamos a noite inteira a nada pescamos. Mas, em atenção à
tua palavra, vou lançar as redes” (Lc 5,5). O pobre pescador confia nas palavras de Jesus e lança
as redes ao mar e eis que tem uma grande surpresa: apanha inúmeros peixes, como
nos relata o evangelista.
Esta passagem do Evangelho é
uma grande catequese acerca da pregação e da missão da Igreja. Jesus vai ter
com um simples pescador e convida-o a pescar em águas mais profundas. Também
hoje somos convidados por Jesus a pescar em águas profundas, isto é, num mundo
marcado pelo individualismo e fortemente antropocêntrico.
A barca de Pedro simboliza a
Igreja e as redes o anúncio da Palavra. Ao confiar na vontade de Deus podemos
ter, tal como aconteceu ao simples pescador, abundância de peixes.
Pedro lançou as redes da mesma forma que sempre fazia.
Poder-se-á dizer que a ele coube-lhe apenas o trabalho humano. No entanto, com
a vontade de Jesus a pescaria foi grande.
Também nós, tal como este
discípulo, podemos achar-nos indignos por causa do pecado que nos marca. No
entanto, isso não impediu que Pedro
se tornasse anunciador do Reino,
pois Jesus disse: “Não tenhas medo, pois de hoje em diante será pescador de homens” .
Como se segue Jesus e quais as implicações na nossa vida?
A escolha dos primeiros discípulos
está marcada pela sua capacidade
de deixar tudo e seguir Jesus: “Eles levaram as barcas para a margem, deixaram
tudo, e seguiram a Jesus”. A mudança de vida é uma exigência fundamental para seguir de Jesus.
Quantas vezes, embarcamos noutros projectos onde Jesus não está e
fazemos deles o objectivo da nossa vida?
Procuremos nas nossas vidas
seguir o exemplo de Pedro e André, seu irmão, e saibamos dizer sim ao Senhor.
Que bom seria se, tal como estes dois apóstolos, fossemos capazes de deixar as
redes e os afazeres da nossa vida simples e pecadora e procurássemos fazer a
vontade de Deus a nosso respeito, deixando tudo para trás com o único
objectivo: fazer a vontade de Deus.
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