Ao aproximarmo-nos do fim do ano
litúrgico, a Liturgia deste Domingo, o penúltimo do Tempo Comum, convida-nos a
pensarmos nas últimas realidades que
viveremos. Usando uma linguagem que poderíamos classificar verdadeiramente de
catastrófica, Jesus quer transmitir-nos, acima de tudo, uma mensagem de esperança para os que
perseverarem fiéis até ao fim.
O “fim”, seja do que for, sempre
inquietou o ser humano, que não lida de forma agradável com a ideia de finitude.
Mas está estabelecido que tudo o que existe no universo terá um fim. Só Deus é infinito, nunca teve
princípio nem terá fim, pois ultrapassa os limites do tempo. A história humana
não é excepção, uma vez que se iniciou num determinado momento e, portanto,
terá o seu fim. É precisamente desse fim que Jesus nos fala, no Evangelho deste
Domingo.
Se humanamente é desagradável e
inquietante pensar no nosso “fim”, isso deve-se ao facto de estarmos demasiado
presos a uma visão materialista e mundana da existência. Quando Jesus vier, na
Sua glória, para julgar os vivos e os mortos,
irá «reunir os Seus eleitos dos quatro
pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu».
E quem serão estes eleitos? São aqueles que, durante toda a
história da humanidade, acreditaram em Cristo, acolheram-No, todos os que se
desprenderam das coisas do mundo e os que, no meio das catástrofes,
perseguições e aflições, se mantiveram fiéis até ao fim.
Nosso Senhor foi bem claro: quem quiser segui-Lo verdadeiramente, terá
muito que sofrer. Esse sofrimento será particularmente violento no final
dos tempos, quando até «as forças do céu
serão abaladas». Jesus não mente, não oculta o caminho duro que os que O
quiserem seguir terão de fazer. Mas assegura que esses, os verdadeiros fiéis, serão reunidos na Sua presença e serão
levados consigo para a Sua glória.
Deus quer tanto salvar-nos que
até nos explicou, através de Jesus, os sinais de que o fim estará próximo! No
entanto, «esse dia e essa hora, ninguém
os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai». Deus quer que
perseveremos n’Ele, não condicionados a uma data, mas sim, por amor, durante a nossa vida toda.
Expectativa e preparação: eis as duas atitudes que o cristão deve
ter durante toda a sua vida e que, neste Domingo, nos são lembradas de modo
particular.
Vamos, nesta próxima semana,
reforçar a nossa esperança em Jesus
Cristo, Rei e Senhor do Tempo e da História. Peçamos-lhe que nos mantenha
firmes na Fé até ao último dia, para podermos comparecer diante d’Ele e ouvir
dos Seus lábios: “Vinde, benditos! Recebei
em herança o Reino preparado para vós!”. Esse Reino de glória e de comunhão
com Deus, é o prémio dos que vivem, sofrem e dão a vida da por amor de Jesus e
da Igreja.
Entrada: Dai a paz, Senhor - NCT 214
Ofertório: A messe é grande - OC 14
Comunhão: Tudo o que pedirdes na
oração - OC 256/ CECII 52
Acção de Graças: Creio em Ti
Fim: Senhor, Tu amas o mundo - NCT 769
NCT - Novo Cantemos Todos;
OC - Orar cantando
CECII - Cânticos de Entrada e de
Comunhão (II Volume)
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