"Raios de Luz"


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

"Hoje, a Santa e única Virgem é conduzida para o Templo Celeste"


«São João Damasceno, referindo-se a este mistério numa sua famosa Homilia, afirma: ‘Hoje, a Santa e única Virgem é conduzida para o templo celeste. Hoje, a Arca sagrada e animada do Deus Vivo, que trouxe no Seu seio o próprio Artífice, descansa no Templo do Senhor, não construído por mãos humanas». Era necessário que Aquela que tinha hospedado no seu ventre o Verbo Divino, Se transferisse para os tabernáculos do Seu Filho... Era preciso que a Esposa escolhida pelo Pai, habitasse no quarto nupcial do Céu». (S. João Damasceno, Homilia II sobre a Dormição).

Hoje, a Igreja canta o amor imenso de Deus por esta Sua criatura: escolheu-a como verdadeira «Arca da Aliança», como Aquela que continua a gerar e a oferecer Cristo Salvador à humanidade, como Aquela que no Céu compartilha a plenitude da glória e goza da mesma felicidade de Deus e, ao mesmo tempo, convida-nos a tornar-nos, também a nós do nosso modo modesto, «Arca» em que está presente a Palavra de Deus, que é transformada e vivificada pela Sua presença, lugar da presença de Deus, a fim de que os homens possam encontrar nos outros homens a proximidade de Deus e, desta forma, viver em comunhão com Deus e conhecer a realidade do Céu.

Estamos a falar de Maria, mas num certo sentido estamos a falar também de nós, de cada um de nós: também nós somos destinatários daquele amor imenso que Deus nos reservou — sem dúvida, de uma maneira absolutamente singular e irrepetível — a Maria. 

Nesta solenidade da Assunção, olhemos para Maria: Ela abre-nos à esperança, a um futuro cheio de alegria e ensina-nos o caminho para o alcançar: acolher o Seu Filho na Fé; nunca perder a amizade com Ele, mas deixar-nos iluminar e orientar pela Sua palavra; segui-Lo todos os dias, mesmo nos momentos em que sentimos que as nossas cruzes se tornam pesadas. 

Maria, a Arca da Aliança que Se encontra no santuário do Céu, indica-nos com clareza resplandecente que estamos a caminho rumo à nossa verdadeira Casa, a comunhão de alegria e de paz com Deus. Amén!»

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