Neste Domingo, a Igreja celebra a
Solenidade do Pentecostes,
encerrando-se assim o Tempo Pascal. Ao celebrar o Domingo de Pentecostes, cinquenta dias depois da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, lembramos a descida do Espírito
Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos reunidos no Cenáculo e, por tradição,
o nascimento da Igreja Una, Santa, Católica
e Apostólica.
O que aconteceu naquele dia de
Pentecostes foi o milagre da unidade:
de repente, pessoas de vários povos e línguas, começam a entender-se embora
falassem línguas diferentes e fosse de partes tão distantes como Mesopotâmia, Frígia, Panfília, até mesmo colonos de Roma. Todos falam e entendem a linguagem de Deus.
É pelo facto de todos entenderam
a mesma mensagem, cada um na sua própria língua, que a Igreja se diz “católica”,
isto é, universal, acessível a todos que queiram abraçar esta mesma mensagem de
salvação transmitida por Jesus aos Seus Apóstolos e, por eles, a toda a terra.
Por guardar e transmitir fielmente os ensinamentos dos Apóstolos, a Igreja diz-se
também “apostólica”.
Naquele dia, o Espírito Santo desceu
como línguas de fogo sobre a primeira comunidade cristã, e impeliu-a a anunciar
a Boa-Nova a todo o mundo, concedendo-lhe as graças e os dons necessários para
esta missão evangelizadora.
Se hoje pertencemos a esta Igreja
e reconhecemos a sua Fé e Doutrina como a Verdade revelada por Jesus Cristo, é
porque, desde o tempo dos Apóstolos, nunca faltaram homens e mulheres que
continuaram a obra começada por eles. Depois de tantos séculos com tão grandes dificuldades,
calúnias, perseguições e martírios, como é que a mensagem de Nosso Senhor
chegaria até aos confins da terra, se a Igreja não continuasse a ser assistida
continuamente pelo Espírito Santo?
Todos os anos, neste dia, somos convidados a recordar que, tal como Maria Santíssima e os Apóstolos, também nós
recebemos um dia o Espírito Santo no dia do nosso Baptismo e, de um modo
especial, no Sacramento da Confirmação ou Crisma. E, tal como a eles, o mesmo
Espírito dá-nos força para transmitir e testemunhar
ao mundo inteiro, por palavras e por obras, a Fé e os ensinamentos que
recebemos da Igreja.
É esse o testemunho que temos
dado? Temos deixado que o Espírito Santo actue em nós? Ou, pelo contrário, temo-nos
protegido deste “vento forte” e tentado
apagar este “fogo” de amor que vem de
Deus?
Para deixarmos que o Espírito Santo actue em nós e nos favoreça com a plenitude dos seus dons, é preciso ter consciência da
presença contínua deste Espírito, que nos aconselha, vivifica e impele a dar um firme testemunho de Fé na Igreja de
Nosso Senhor, nascida no Cenáculo sob a protecção da Santíssima Virgem Maria, Ela
que é o modelo de Fé por excelência.
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