Maria é, muitas vezes, a última
esperança dos pobres pecadores. O poder desta Mãe e Rainha é tão grade que o
inimigo de Deus e das almas tem medo d’Ela. Maria Santíssima não é Rainha só do
Céu e dos santos, mas também do Inferno e dos demónios, porque os venceu valorosamente
com suas virtudes. Já desde o princípio do mundo tinha Deus sentenciado à
serpente a vitória e o império que sobre ela obteria a nossa Mãe do Céu. "Estabelecerei
inimizade entre ti e a mulher; ela te esmagará a cabeça." (Gn 3,16)
A intercessão da Santíssima
Virgem é útil e santa, por isso a Ela suspiramos, gemendo e chorando neste vale
de lágrimas. Quando suplicamos à Virgem Mãe, não é que desconfiemos da
Misericórdia divina, mas é, justamente, porque desconfiamos da nossa própria
indignidade de ir directamente a Jesus.
Quem muito enaltece a Mãe, não
precisa ter receio de obscurecer ou diminuir a glória do Filho, pois quanto
mais se honra a Mãe, tanto mais se louva o Filho, como diz São Bernardo.
A Virgem Rainha obtém-nos todas
as graças junto de Deus, por isso a Ela nos dirigimos, dizendo: "Eia,
pois, Advogada nossa." O nosso
Redentor, quando vivia na terra, quis humilhar-se a ponto de ser submisso a
Maria. "E era-lhes submisso" (Lc 2,51). Assim também no Céu, não nega as
graças que Sua Mãe Lhe apresenta em nosso favor.
Daqui concluímos que as súplicas
de Maria são extremamente eficazes para obterem tudo quanto Ela pede, ainda que
não possa dar ordens a Seu Filho no Céu. Os Seus rogos são rogos de Mãe e o
grande poder de Maria funda-se precisamente na Sua dignidade de Mãe de Deus.
Como advogada compassiva, Maria
defende as causas mais desesperadas. Ela é a medianeira entre Deus e os homens
e reconcilia os pecadores com Deus.
(cf. Glórias de Maria - S. Afonso
de Ligório)
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