"Raios de Luz"
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Bem aventurados os que sofrem perseguição!!!
Por uma grande variedade de razões, os primeiros cristãos foram perseguidos pelos Romanos. A razão mais importante era, no meu ponto de vista, por não se conformarem com a religião, o que era uma tradição e que em Cristo deixa de fazer sentido. Além do mais, ainda circulavam rumores a respeito dos cristãos por estes se encontrarem em “locais secretos” onde tomavam parte em “estranhos rituais” e estes desagradavam a Roma. Hoje, outros tantos “gestos estranhos” continuam a desagradar... O que nos leva a puder afirmar que os cristãos vão ser sempre perseguidos! Seja porque motivo for...
Àqueles que sofrem perseguição, Jesus Cristo prometeu a felicidade!
O perseguido por causa da Verdade, da Justiça e do Amor foi Ele próprio e o seu testemunho até ao fim levou-o à Cruz! Na sua morte, Jesus Cristo quis assumir toda a paixão que deriva da injustiça, sem enjeitar qualquer parcela da tragédia humana, por isso, o seu flagelo humano culmina no grito da sua maior angústia terrena, onde Ele, o próprio Jesus, experimenta a ausência de Deus: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste!" Este grito, no entanto, é oração, trata-se do início de um salmo, que, logo a seguir, dá expressão à mais total confiança e esperança em Deus. Uma tal morte, nas trevas da mais radical angústia, é, afinal, o lugar da intervenção salvadora de Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo! A cruz constitui, por isso, o lugar da felicidade dada por Deus! Esta é a bem-aventurança prometida àqueles que forem perseguidos como Ele foi, que forem perseguidos "por sua causa"...
No entanto, há dias, em que o peso da nossa cruz parece demasiado pesada! Mas há que ter esperança, fé e amar a Igreja...
Termino com umas palavras do nosso Papa... Na sua Exortação “Sacramento da Caridade”, Bento XVI recorda mais uma vez a coragem dos cristãos perseguidos e que a liberdade religiosa é um direito fundamental do homem em qualquer parte do mundo:
“Devemos verdadeiramente dar graças ao Senhor por todos os bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos que se prodigalizam a anunciar o Evangelho e vivem a sua fé sob risco da própria vida. Não são poucas as regiões do mundo onde o simples ir à igreja constitui um testemunho heróico que expõe a vida da pessoa à marginalização e à violência. Nesta ocasião, quero também reiterar a solidariedade da Igreja inteira a quantos sofrem por falta de liberdade de culto. Nos lugares onde não há a liberdade religiosa, sabemos que falta, no fim de contas, a liberdade mais significativa, pois é na fé que o homem exprime a decisão íntima relativa ao sentido último da própria existência; por isso, rezemos para que se alargue o espaço da liberdade religiosa em todos os Estados, a fim de os cristãos e os membros das outras religiões poderem livremente viver as suas convicções, pessoalmente e em comunidade.”
Mena
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